Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega a Paris, na França, para visita de Estado até 9 de junho. Entre os indicadores, saem os PMIs de maio e o fluxo cambial semanal.
O Banco Central (BC) realiza dois leilões de linha de até US$ 1 bilhão, além do leilão habitual de rolagem de swap cambial (derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas).
Em São Paulo, o presidente do BC do Brasil, Gabriel Galípolo, participa do lançamento do Pix Automático, enquanto o diretor de Regulação, Gilneu Vivan, concede entrevista coletiva, e a diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Izabela Moreira Correa, faz palestra no encerramento do evento de lançamento.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), participam da abertura do 11º Fórum Parlamentar do Brics (sigla que representa o bloco de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no plenário da Câmara. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar o julgamento sobre a responsabilização das plataformas digitais por conteúdos ilícitos publicados pelos usuários.
No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Atlanta, Raphael Bostic também discursa nesta manhã. O Banco Central do Canadá anuncia decisão de juros. Na França, prossegue a reunião do Conselho Ministerial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Mercado financeiro hoje: os destaques desta quarta-feira (4)
Exterior reage a tarifas de Trump sob aço e alumínio
Os futuros de Nova York e as principais bolsas europeias seguem em alta leve, com expectativas de aprovação pelo Parlamento de um pacote fiscal na Alemanha, com isenções fiscais para empresas. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) também sobem pelo terceiro dia seguido, enquanto o dólar hoje recua ante outras moedas fortes por tensões tarifárias.
O presidente americano Donald Trump afirmou ser “extremamente difícil” chegar a um acordo com a China e dobrou tarifas comerciais sobre aço e alumínio para 50%, em vigor a partir desta quarta-feira, com exceção dos 25% mantidos para o Reino Unido, por enquanto. A libra ampliou ganhos mais cedo, também reagindo aos PMIs de serviços do Reino Unido e da zona do euro acima das projeções do mercado.
Na Ásia, os mercados acionários se fortaleceram na esteira de Wall Street na terça-feira (3), com a bolsa da Coreia do Sul puxando os ganhos na região após a vitória do candidato oposicionista Lee Jae-myung na eleição presidencial, que prometeu revitalizar a economia e reforçar relações com EUA e Japão.
Lançamento do Pix Automático
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa do lançamento do Pix Automático. Assim como o débito automático tradicional, a novidade permite que o usuário autorize uma vez só e depois os pagamentos acontecem sozinhos, na data combinada, sem precisar lembrar ou refazer o processo a cada mês. De acordo com o Banco Central, a modalidade estará disponível no dia 16 de junho.
BC realiza leilão de dólar
O Banco Central dá continuidade à rolagem dos vencimentos de linha de 2 de julho, com leilões de venda de dólar com recompra programada de até US$ 1 bilhão, previstos para acontecer das 10h30 às 10h35.
Commodities sobem e beneficiam ADRs
O petróleo opera em leve alta, depois de acumular robustos ganhos nas duas últimas sessões em meio à piora das tensões entre Rússia e Ucrânia. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho subia 0,02%, enquanto o do Brent para agosto avançava 0,05%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 1,37%, cotado a 704,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,32% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 1,62%.
O que esperar do Ibovespa hoje?
O fôlego curto das bolsas em NY e os ganhos do minério de ferro na China podem favorecer os ajustes do Ibovespa hoje e apoiar a Vale. Mas as ações da Petrobras podem ficar sob pressão, apesar da alta do petróleo, por conta do pacote de medidas arrecadatórias do governo voltado para o mercado de petróleo e gás.
O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York apontava queda de 0,76% no pré-mercado nesta manhã.
Os investidores seguem de olho também nas negociações entre governo e Congresso em torno das medidas alternativas ao aumento do IOF, que devem ser apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos líderes dos partidos no Congresso no próximo domingo, antes da divulgação ao mercado.
Para analistas, o principal desafio da equipe econômica é garantir apoio também das bases e dos líderes partidários para viabilizar a sua aprovação. Na terça-feira, os sinais de consenso político em torno de propostas estruturantes para resolver o problema fiscal de curto prazo do país deram impulso aos ativos locais.
Esses e outros assuntos estão em destaque no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast