As emissões no mercado de capitais caíram 10,5% no acumulado de de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando o montante de R$ 246,4 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Se considerar apenas o mês de maio, o volume captado foi de R$ 43,6 bilhões.
De acordo com a Anbima, as debêntures ficaram com a liderança em volume emitido, somando R$ 155,5 bilhões no acumulado de 2025, representando um ligeiro recuo de 3,2% ante janeiro a maio de 2024. Deste montante total, a maior quantia captada ficou com o setor de infraestrutura, com 39,9% do total, seguida por pagamento de dívidas, com 21,6% e gestão ordinária, com 16,1%. O prazo médio atingiu 9,2 anos, acima do registrado entre janeiro e maio do ano anterior.
“Após meses com sucessivos recordes, percebemos agora uma acomodação natural do mercado, mas com ofertas ainda em patamares historicamente elevados. As empresas seguem recorrendo ao mercado de capitais para a gestão de seus negócios e para levantar recursos para os seus projetos”, afirmou, em nota, Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
As ofertas de notas comerciais somaram R$ 10,7 bilhões no acumulado de 2325, uma expansão anual de 41,5%. Por meio dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs), as empresas captaram R$ 30,4 bilhões, queda anual de 8%. Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) caíram 32,5%, enquanto os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) recuaram 29%. Em valores absolutos, os
CRIs somaram R$ 18,3 bilhões, enquanto os CRAs alcançaram R$ 12,1 bilhões.
Na renda variável, maio foi o terceiro mês seguido com operação, totalizando R$ 3,5 bilhões, um montante 27,8% inferior ao mesmo período do ano passado.
No mercado externo, as ofertas de renda fixa atingiram US$ 13,1 bilhões em 2025, apresentando um aumento de 18,7%. Entre os tipos de emissores, as empresas lideraram, respondendo por 59,2% do total, com as instituições financeiras ficando com 21,9% e a República com 18,8%.