O UBS BB rebaixou a recomendação para as ações PN do Itaú (ITUB4) de compra para neutro, mas o banco elevou o preço-alvo do ativo de R$ 37 para R$ 40, o que representa um potencial de valorização de 9,98%, no comparativo com o fechamento anterior, na última quarta-feira (9) de R$ 36,37.
Segundo relatório assinado pelos analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye, a alteração na classificação ocorreu pelo potencial de alta limitado do papel em relação ao preço-alvo esperado pelo banco.
“Reconhecemos a sólida tendência operacional do banco, com um forte retorno sobre patrimônio médio (ROAE) de 23% e altos dividendos, que estimamos que alcance cerca de R$55 bilhões nos próximos 18 meses”, dizem os analistas. “No entanto, as ações subiram 38% no acumulado do ano, traduzindo-se em 2 vezes o valor contábil relatado e está entre seus níveis históricos mais altos, limitando seu potencial de reavaliação, em nossa visão.”
O banco atualizou, também, as estimativas para o Itaú, aumentando ligeiramente a projeção de lucros de 2025 a 2027 em 2%, em média, enquanto se reduziu a expectativa de COE (Certificado de Operações Estruturadas), o que levou o UBS BB a aumentar ligeiramente o preço-alvo a ação da instituição.
“Nossas estimativas estão um pouco acima do consenso para 2025 e 2026, pois a orientação do banco parece estar no caminho certo, enquanto um pouco abaixo para 2027 e esperamos que o ROAE do Itaú permaneça em 23%a 24% nos próximos anos”, informou o banco.
Para o UBS BB, o Itaú melhorou sua eficiência ao longo dos anos, alcançando uma relação de custo sobre receita de 41,8% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao apurado em 2022 e 2023 de 43% e 44%, respectivamente.
“Embora já tenha reduzido sua força de trabalho em 5% desde 2022, há uma diferença significativa entre o banco e neo-bancos, como o Nu, que tem 9 mil empregados contra 96 mil do Itaú. Notavelmente, nossa análise de sensibilidade sugere que cada redução de 5 mil na força de trabalho do Itaú em 2027 significaria aproximadamente 45 pontos-base (bbp) na rentabilidade, devido ao controle de custos”, informou o UBS BB.