
Os mercados internacionais operam com viés misto nesta sexta-feira (15), em meio à expectativa pela reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e chefe de Estado russo, Vladimir Putin, que pode sinalizar um cessar-fogo na guerra da Ucrânia.
A possibilidade de distensão geopolítica pressiona o petróleo para baixo, enquanto os juros dos Treasuries sobem e o dólar perde força globalmente, refletindo apostas em cortes moderados de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Pela manhã, os dados econômicos dos EUA vieram mistos — com vendas no varejo acima do esperado e produção industrial abaixo — reforçando a cautela dos investidores diante da condução da política monetária americana.
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No Brasil, o dólar recua e rompe o patamar dos R$ 5,40, acompanhando a desvalorização global da moeda americana frente a divisas principais.
Ao mesmo tempo, a curva de juros futuros cede, mesmo diante das persistentes preocupações fiscais, com o mercado ainda precificando o início do ciclo de cortes da taxa básica de juros, Selic, apenas em 2026.
O Ibovespa, por sua vez, opera em leve baixa, pressionado pelo desempenho negativo das ações de commodities (matérias-primas), enquanto o setor financeiro tenta sustentar o índice após a volatilidade provocada pelos resultados do Banco do Brasil (BBSA3).
Por volta das 13h30, o principal índice da B3 recuava 0,12%, aos 136.186 pontos, enquanto o dólar caía 0,43% frente ao real, cotado a R$ 5,39.
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Entre as ações que compõem o Ibovespa, os resultados corporativos seguem como principal vetor de movimentação. O Banco do Brasil, após divulgar queda de 60% no lucro e aumento expressivo nas provisões, iniciou o dia em forte baixa, mas virou para alta com investidores avaliando o papel como descontado.
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) avançam com números considerados sólidos, enquanto o Nubank (ROXO34) dispara em Nova York após lucro acima das expectativas.
Na ponta negativa, Yduqs (YDUQ3) e Cemig (CMIG4) recuam com resultados fracos. Já o setor de commodities opera em baixa, refletindo a queda do petróleo e do minério de ferro, com destaque para Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e siderúrgicas.
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