

A lua de mel do mercado com o Nubank promete continuar. Mais dois bancos, Bradesco BBI e Santander, elevaram a recomendação para a ação da fintech e o Bank of America, apesar de manter a avaliação, aumentou o preço-alvo para o papel.
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A lua de mel do mercado com o Nubank promete continuar. Mais dois bancos, Bradesco BBI e Santander, elevaram a recomendação para a ação da fintech e o Bank of America, apesar de manter a avaliação, aumentou o preço-alvo para o papel.
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O movimento acontece depois de outros três bancos terem melhorado a sugestão para o papel na semana passada, Itaú BBA, Citi e BTG Pactual, seguindo a divulgação dos resultados do segundo trimestre com lucro acima do previsto, margens em alta e inadimplência sob controle, mesmo com o ambiente de juros altos.
Nesta segunda-feira (25), o papel do Nubank sobe mais 2,54%, cotado em US$ 12,94 às 15h00. O banco digital é avaliado em US$ 69 bilhões, o equivalente a R$ 373 bilhões.
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O Bradesco BBI elevou nesta segunda-feira a recomendação do Nubank de “neutro” para “performance acima da média do mercado”, com aumento do preço-alvo para 2026, em US$ 17,00, de US$ 12,00 da visão para anterior.
Os analistas do BBI Marcelo Mizrahi e Eric Ito ressaltam em relatório que a melhora da recomendação reflete o momento de lucros maiores, impulsionado pelo crescimento da operação brasileira e menores pressões de financiamento, levando a melhorias na margem. Eles elevaram a previsão de lucro do banco digital em 13% para 2025, a US$ 2,6 bilhões, e em 14% para 2026, a US$ 3,6 bilhões. A expectativa de lucro maior vem mesmo em meio de expectativas de provisões mais altas, por causa da expansão mais forte do crédito.
Para o Bradesco BBI, o aumento nos limites de crédito da fintech deve ajudar a acelerar a operação de cartões de crédito no Brasil, enquanto impulsiona os volumes provenientes da base de clientes principal e do Pix parcelado. Nesse ambiente, mesmo com rendimentos mais baixos de depósitos no México, região onde o banco chegou a 12 milhões de clientes, o resultado líquido de juros (NIM, na sigla em inglês) consolidado pode melhorar.
No Santander, a recomendação foi elevada de “Underperform” (desempenho abaixo da média do mercado) para neutro. O banco definiu novo preço-alvo para ação em 2026, a US$ 16,00. Até então, a previsão para o final de 2024 era de preço-alvo a US$ 9,00.
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A avaliação dos analistas do Santander, Henrique Navarro e Anahy Rios, é de que a fintech está de volta ao crescimento com lucro, após um período de quase um ano – segundo trimestre de 2024 ao primeiro trimestre de 2025 – marcado por lucro bruto praticamente estável, piora da inadimplência no Brasil e margem em queda quando ajustadas pelas provisões. No segundo trimestre, tudo isso mudou, com melhora das margens e estabilidade na inadimplência.
Os analistas do Santander observam que o Nubank está perto do ‘break even’ no México, o momento em que para de dar prejuízo. No país, o banco anunciou troca de presidentes na semana passada e conseguiu licença bancária em que poderá, entre outros serviços, fazer o crédito com desconto em folha no país. No Brasil, com a expectativa de queda da Selic em 2026, o custo de captação da fintech deve cair e a inadimplência pode cair. O Santander acredita que o retorno sobre o patrimônio (ROE, em inglês) do banco digital pode bater em 30%.
No Bank of America, a recomendação do analista Mario Pierry para o Nubank foi mantida em “neutra”, mas o preço-alvo foi elevado de US$ 14 para US$ 16. Se as ações do banco digital já subiram quase 13% só este mês – 38% em 2025 – com a melhora das margens da fintech e tendências mais benignas para a qualidade dos ativos do crédito, Pierry ressalta, em relatório, que embora também animado com os dois pontos anteriores, ainda vê tendências mistas para a operação do banco.
Entre pontos em que não animam a tese, o analista do BofA menciona a originação de empréstimos ainda estável, menor ritmo de crescimento das receitas e eficiência mais fraca, além de citar riscos de execução por conta de mudanças no comando do banco, além do maior relação empréstimo/depósito (LDR, em inglês) na operação brasileira. Nas mudanças no nível de direção, ele cita quatro nos últimos seis meses, a última delas com a troca de presidente no México.
“Finalmente, não estamos tão satisfeitos com a notícia de que o fundador e CEO David Velez recentemente vendeu 3,5% de sua participação no Nubank, mesmo que tenha sido por motivos de planejamento patrimonial”, conclui Pierry.
Na semana passada, três bancos – BTG Pactual, Itaú BBA e Citi – elevaram a recomendação da fintech para “compra” e preço-alvo de US$ 18,00. O Citi deu o maior passo, subindo a recomendação do Nubank de “venda” para a “compra”, enquanto o BTG deu esse rating pela primeiro vez. Já o BBA, que havia rebaixado a fintech para neutro em novembro do ano passado, voltou a melhorar a avaliação.
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