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Colunista

Drex: como o Real Digital pode transformar a economia brasileira

Entenda como a moeda digital do Banco Central, vai funcionar, seus benefícios, riscos e impactos para cidadãos, empresas e investidores

Por Eduardo Mira

29/08/2025 | 19:12 Atualização: 29/08/2025 | 19:19

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Conheça o Drex, a versão digital do real, saiba como ele funciona, quais são os benefícios e riscos, e como pode impactar a economia brasileira e o mercado de investimentos. | Foto: Adobe Stock
Conheça o Drex, a versão digital do real, saiba como ele funciona, quais são os benefícios e riscos, e como pode impactar a economia brasileira e o mercado de investimentos. | Foto: Adobe Stock

O Brasil está prestes a dar um passo importante na sua história financeira com o Drex, a versão digital do real. O projeto, liderado pelo Banco Central do Brasil (BCB), não é apenas uma inovação tecnológica: é uma aposta estratégica que pode mudar a forma como cidadãos, empresas e investidores se relacionam com o dinheiro.

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Mas o que está por trás dessa iniciativa? Quais benefícios e riscos estão em jogo? E como ela pode impactar a economia brasileira e o mundo dos investimentos?

O que é o Drex, afinal?

O Drex é o real em versão digital, emitido pelo Banco Central. Diferente do Pix, que é um meio de transferir o real existente, o Drex será dinheiro em novo formato, tal como a nota física que você guarda na carteira ou o saldo da sua conta bancária.

Embora o termo “moeda digital” traga à mente as criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, o Drex é bem diferente. Ele é uma CBDC (Central Bank Digital Currency), ou seja, uma moeda digital emitida e controlada por um banco central. Em outras palavras: não terá cotação própria nem volatilidade, 1 Drex será sempre igual a 1 real.

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Segundo o coordenador do projeto no BC, Fábio Araújo, a ideia é oferecer um “dinheiro programável”, mas sem restringir o uso do cidadão. O Drex poderá ser usado para pagar desde um suco na lanchonete até a compra de um imóvel ou carro, sempre com o mesmo valor do real tradicional.

A grande inovação está na capacidade de habilitar contratos inteligentes (smart contracts). Esses contratos digitais garantem que uma transação só seja concluída se todas as condições forem cumpridas, reduzindo muito as possibilidades de fraudes e golpes. 

A tecnologia por trás do Drex: DLT permissionada

Uma das dúvidas recorrentes sobre o Drex é se ele usará blockchain. A resposta é: sim e não. Mas, calma, vou te explicar. 

O Drex não utilizará uma blockchain aberta como o Bitcoin, que é descentralizada e replicada em milhares de computadores pelo mundo. Em vez disso, será construído sobre uma DLT (Distributed Ledger Technology) permissionada, uma rede digital operada apenas por instituições financeiras autorizadas e reguladas pelo Banco Central.

Segundo Aristides Cavalcante, chefe-adjunto do Departamento de Tecnologia da Informação do BC, isso garante eficiência, escalabilidade e segurança, já que a rede é controlada. É o oposto da lógica libertária das criptomoedas, mas é a única forma de um Banco Central emitir e controlar uma moeda digital.

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Vale ressaltar, porém, que a DLT não estará presente na primeira fase de uso do Drex. Há poucos dias o Banco Central reconheceu que a implementação da DLT é complexa e exige tempo para garantir a segurança e a privacidade. 

Em vez de adiar o projeto, o BC decidiu focar em um problema real e urgente do sistema financeiro, que pode ser resolvido com uma tecnologia já existente e centralizada, que é a reconciliação de gravames, para depois, quando mais testes de segurança forem realizados, aí sim, o Drex passe a fazer todas essas verificações usando a plataforma DLT. 

Segurança cibernética: um novo campo de batalha

Uma das grandes preocupações é quanto à ampliação que o Drex tende a criar para a chamada “superfície de ataque” para criminosos digitais. Com a rede permissionada, cada instituição participante operará nós da DLT, e cada nó pode se tornar alvo de ataques cibernéticos.

Entre os riscos mais citados estão:

  • golpes de engenharia social (como os que têm ocorrido no Pix)
  • ransomware contra instituições
  • comprometimento de carteiras digitais de usuários.

Para mitigar esses riscos, o Drex será tratado como infraestrutura nacional estratégica, com monitoramento contínuo e camadas extras de proteção.

No entanto, ainda é cedo para termos uma opinião definitiva quanto ao grau de vulnerabilidade, já que os testes em situações reais só iniciam no ano que vem. 

Privacidade: o maior desafio

Um dos temas mais delicados quando falamos em CBDCs é a privacidade. Afinal, se todas as transações passam por uma rede controlada pelo Banco Central, isso significa que o governo pode monitorar em detalhes a vida financeira de cada cidadão?

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Aqui, as opiniões ainda divergem. Os críticos afirmam que o Drex pode gerar um “super perfil financeiro” dos cidadãos, com rastreabilidade total, o que abriria espaço para vigilância e controle estatal.

O Banco Central, por outro lado, garante que o Drex respeitará os mesmos princípios constitucionais do sistema bancário atual: nenhuma autoridade terá acesso irrestrito às informações. O sigilo bancário continua valendo, e eventuais quebras só poderão ocorrer via ordem judicial, como já acontece hoje.

Para conciliar rastreabilidade e privacidade, o BC está estudando técnicas avançadas de criptografia, como as Zero-Knowledge Proofs (ZKP). Essa tecnologia permite validar uma transação sem expor todos os dados envolvidos, equilibrando transparência e sigilo.

Essa preocupação com a privacidade não é exclusiva do Brasil. Diversos países que também estudam suas próprias CBDCs enfrentam o mesmo dilema: como garantir transparência no combate a ilícitos financeiros sem transformar a moeda digital em uma ferramenta de vigilância em massa. 

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Na Europa, por exemplo, o Banco Central Europeu já sinalizou que deve adotar mecanismos semelhantes de criptografia avançada para equilibrar rastreabilidade e sigilo. Ou seja, o debate em torno do Drex está conectado a uma discussão global, e, nesse aspecto, o Brasil caminha em sintonia com as principais economias.

Inclusão digital precisa ser planejada  

Além da preocupação com privacidade, muito se tem discutido quanto ao desafio da inclusão digital para brasileiros que não têm acesso à internet de qualidade, os que não possuem smartphones ou simplesmente não sabem lidar com tecnologia. 

Quanto ao acesso a internet e posse de smartphones, vejo como algo um pouco mais simples de equacionar, dados os números atuais. 

De acordo com dados da PNAD Contínua divulgada pelo IBGE em julho de 2024, 93,6% dos lares brasileiros têm acesso à internet e entre a população que não utiliza o serviço, os dois principais motivos são o preço e o desconhecimento sobre como usar. 

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra 

de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2024.

 

Abrangência relevante vemos também quanto ao acesso a aparelhos celulares. A Pnad identificou que em 2024, apenas 11,1% da população não tinha celular (aproximadamente 20,9 milhões de pessoas), sendo os idosos 60+ e pessoas com baixa escolaridade os grupos mais representativos.  

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, 

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2024.

 

Nesse âmbito, me parece que o principal desafio está, na verdade, na inclusão da população idosa, cujo uso de internet tem subido, mas ainda em escalas bem menores do que o restante da população. 

Além disso, devido ao baixo letramento tecnológico desse grupo, ele é o mais vulnerável aos riscos de segurança que eventualmente estejam presentes nas operações com Drex. 

Quando o Drex estará disponível?

O cronograma foi dividido em três fases:

1. Fase de testes (2023–2024): pilotos em ambiente controlado, envolvendo bancos, fintechs e empresas de tecnologia.

2. Lançamento inicial (2026): foco no atacado (wholesale), ou seja, em transações entre bancos e o Banco Central. Isso inclui liquidação de títulos, empréstimos interbancários e registro de garantias.

3. Expansão gradual (a partir de 2028): abertura para o varejo, com uso direto por cidadãos e empresas, além da tokenização de ativos como imóveis e recebíveis.

Ou seja, na prática, o cidadão comum só deve sentir os efeitos do Drex de forma mais ampla no final da década.

Impactos para a economia

Para empresas, a perspectiva é de redução de custos em transações complexas, maior segurança em contratos de alto valor, liquidação mais rápida de títulos e crédito mais acessível.

No entanto, ainda há muita preocupação quanto aos custos de adaptação tecnológica e possíveis tarifas cobradas por intermediários (bancos e fintechs). Algo que ainda não está totalmente claro. 

Para pessoas físicas como eu e você, as vantagens envolvem maior segurança em compras online, com o pagamento só se efetivando após entrega dos produtos adquiridos, financiamentos com juros menores, maior acesso a crédito e até investimentos fracionados a partir de valores baixos.

Para o governo, o Drex pode agilizar o pagamento de benefícios sociais, garantindo rastreabilidade e reduzindo fraudes. Também pode aumentar a eficiência na arrecadação de impostos e no combate a crimes financeiros.

O Drex e os investimentos

No mundo dos investimentos, o Drex pode ser um divisor de águas. Entre os benefícios estão: a liquidação instantânea de títulos públicos, facilidade na compra e venda de ativos tokenizados (como imóveis), maior acesso de pequenos investidores ao mercado, e redução de custos no comércio internacional.

Entretanto, há também riscos muito importantes a considerar e que ainda carecem de aprofundamento das discussões, bem como maior detalhamento pelo Banco Central:

  • maior concentração de dados sensíveis
  • possibilidade de interferência governamental
  • resistência de investidores devido a receios quanto à privacidade.

Enquanto alguns analistas enxergam no Drex um catalisador de inovação financeira, outros temem que ele afaste investidores internacionais preocupados com a rastreabilidade excessiva.

Sendo assim, mesmo o Drex representando um passo inevitável na digitalização do sistema financeiro brasileiro, ainda há um longo caminho pela frente, tanto no âmbito técnico quanto no debate e esclarecimento ao mercado financeiro e à população em geral. 

Como destacou Fábio Araújo, do Banco Central, o sucesso do Drex dependerá de uma palavra-chave: confiança. Sem ela, nenhuma inovação financeira se sustenta.

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