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O Ibovespa hoje abriu em estabilidade, com leve alta de 0,07%, aos 144.302 pontos nesta segunda-feira (6). As atenções do mercado estão no boletim Focus e a balança comercial. Ao longo da semana, saem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro e a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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O tom positivo dos índices de ações em Nova York e do petróleo (0,50%) podem ser insuficientes para empolgar o principal índice da B3 hoje, em um dia de agenda esvaziada de indicadores.
No câmbio, o dólar hoje fortalecido no exterior pressiona o real nesta manhã. Às 10h15 (de Brasília), a moeda americana cedia 0,19%, a R$ 5,3257 – confira detalhes da operação do dólar.
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Os investidores monitoram os desdobramentos da paralisação da máquina pública dos Estados Unidos, que chega ao sexto dia. O mercado aguarda sinais sobre a política monetária do Fed, pela ata do BC americano, prevista para quarta-feira.
No Brasil, o foco da semana está no IPCA de setembro, que será divulgado na quinta-feira. No Focus desta segunda-feira, houve redução na projeção suavizada do IPCA para 12 meses à frente, de 4,28% para 4,21%. No entanto, as medianas das projeções para a inflação de 2026 e 2027 — horizonte da política monetária — permaneceram em 4,28% e 3,90%, respectivamente. A mediana para a Selic no fim de 2025 ficou estável em 15% pela 15ª semana consecutiva, e a de 2026, em 12,25%.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,17%, aos 144.200,65 pontos, acumulando queda semanal de 0,86%. Às 9h51, o Ibovespa futuro subia 0,23%, aos 145.040 pontos.
Os índices futuros de ações em Nova York e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avançam, enquanto as bolsas europeias caem — com destaque para a de Paris, após o primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciar ao cargo, reavivando a crise política na segunda maior economia da zona do euro.
Os investidores esperam nesta semana sinais da política monetária dos Estados Unidos por meio da ata e de discursos de dirigentes do Fed, após o primeiro corte dos juros deste ano em setembro. Os mercados ainda monitoram os desdobramentos do shutdown dos EUA, com riscos de demissões de funcionários federais.
A Bolsa de Tóquio saltou quase 5%, à medida que o iene reagiu em forte queda à escolha da ultraconservadora Sanae Takaichi para liderar o governista Partido Liberal Democrata (PLD) do Japão e, provavelmente, assumir como primeira-ministra.
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (6), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic. A agenda da semana traz o IPCA de setembro na quinta-feira (9).
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A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,81% para 4,80%. Há cinco semanas estava em 4,85%. A taxa está 0,30 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.
Já a mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela 15ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, em 17 de setembro.
O superávit da balança comercial deve diminuir em setembro, na comparação com igual mês de 2024 e também na margem, como reflexo da perda de receita nas exportações, avaliam economistas consultados pelo Projeções Broadcast.
A mediana das estimativas do mercado indica superávit comercial de US$ 2,85 bilhões em setembro, após saldo positivo de US$ 6,10 bilhões em agosto. As projeções para esta leitura variam de US$ 2,40 bilhões a US$ 4,80 bilhões.
O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, projeta superávit comercial de US$ 3,0 bilhões em setembro. Ele avalia que a moderação no saldo da balança reflete, em boa parte, a valorização do real ante o dólar, que tem servido como um estímulo extra para as importações.
“Esperávamos uma redução das importações com a desaceleração da atividade, mas não é o que está acontecendo, por conta do câmbio”, afirma.
Ele considera, porém, que os riscos de um processo de desvalorização do real ante o dólar à frente são altos, seja por uma eventual tensão com os Estados Unidos ou pelas eleições domésticas.
A indicação de abertura em alta das bolsas de Nova York e a valorização do petróleo podem estimular o Índice Bovespa hoje, mas riscos políticos e fiscais ficam no foco, além da compra de 70% da Emae pela Sabesp (SBSP3).
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Ficam ainda no radar a balança comercial e o boletim Focus — este último pode influenciar principalmente os juros futuros, que já vão se deparar com a elevação dos rendimentos dos Treasuries. O dólar hoje fortalecido no exterior pode pressionar para baixo o real.
As atenções ainda se voltam às movimentações políticas sobre o tarifaço e ao debate sobre a eleição de 2026, além do fiscal. Estudo produzido pela Transparência Brasil mostra que, em 2024, 98% dos promotores e procuradores de 25 unidades do Ministério Público da União (MPU) e dos Estados receberam remuneração anual acima do teto legal.
Quanto às tarifas, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse estar confiante, mesmo que ainda não haja data definida para a reunião entre os governos do Brasil e dos EUA.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro será o principal dado da agenda econômica brasileira nesta semana. No cenário internacional, investidores acompanham a divulgação da ata da reunião de setembro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e discursos de dirigentes da instituição, incluindo o presidente Jerome Powell, em busca de sinais sobre a política monetária americana. Além disso, o impasse sobre o orçamento dos Estados Unidos e a possibilidade de paralisação parcial do governo continuam no centro das atenções.
Enquanto isso, o Ibovespa hoje acompanha o boletim Focus, a balança comercial de setembro. Já na terça-feira (7), serão informados os Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) do mês passado e a produção e vendas de veículos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
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Ao longo da semana, o IPCA de setembro sai na quinta-feira (9), assim como o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de outubro.
Na política, na terça-feira, há expectativa pela reunião da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 1303/2025, que traz alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A MP perde validade na quarta-feira (8).
Na agenda econômica internacional, o Fed divulga a ata da última reunião de política monetária na quarta-feira. Há declarações de vários dirigentes do BC Estados Unidos ao longo da semana, inclusive do seu presidente Jerome Powell, na quinta-feira.
Por ora, a divulgação de indicadores oficiais dos EUA continua suspensa enquanto durar a paralisação do governo.
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Nesta segunda-feira, destaque à participação da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em evento. Na China, o feriado da Semana Dourada termina na quarta-feira.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Anna Scabello, Gabriela Jucá, Daniel Tozzi, Maria Regina Silva e Silvana Rocha, do Broadcast
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