As ações da Usiminas (USIM5) fecharam em queda de 1,41% no Ibovespa nesta sexta-feira (24), cotadas a R$ 4,90, após divulgar seu balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Os números dividiram os analistas.
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As ações da Usiminas (USIM5) fecharam em queda de 1,41% no Ibovespa nesta sexta-feira (24), cotadas a R$ 4,90, após divulgar seu balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Os números dividiram os analistas.
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Segundo o Itaú BBA, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 434 milhões, alta de 6% sobre o segundo trimestre e de 2% em relação ao ano anterior, praticamente em linha com as projeções. O avanço foi sustentado por leve melhora tanto na siderurgia quanto na mineração, com redução de custos e aumento de embarques.
O banco destacou que a empresa espera Ebitda estável para o aço no quarto trimestre (4T25), com custos menores compensando volumes sazonais mais fracos, o que é considerado positivo diante da tradicional desaceleração do setor no fim do ano.
A unidade de aço registrou vendas de 1,104 milhão de toneladas, alta de 2% no trimestre e queda de 2% em 12 meses, enquanto a produção de laminados ficou estável em 1,123 milhão de toneladas. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) caiu 0,7%, refletindo menor preço de insumos e melhor eficiência operacional. Já o Ebitda da siderurgia ficou em R$ 308 milhões, avanço de 7% na comparação trimestral.
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Na mineração, o desempenho foi mais robusto: os embarques atingiram 2,503 milhões de toneladas, alta de 9% em um ano, com produção de 2,4 milhões de toneladas (+10,3% a/a). O Ebitda do segmento subiu 13%, para R$ 130 milhões, impulsionado por preços do minério de ferro cerca de 6% maiores e leve incremento nos volumes.
O fluxo de caixa livre foi um dos destaques positivos, alcançando R$ 613 milhões, sustentado pela liberação de capital de giro de R$ 586 milhões. Isso permitiu redução da dívida líquida em R$ 327 milhões e queda da alavancagem para 0,2 vez, patamar considerado saudável.
Por outro lado, o resultado foi impactado por baixas contábeis significativas, com impairment (ajuste no valor contábil de um ativo que passou por depreciação) de R$ 2,2 bilhões na unidade de aço e R$ 1,4 bilhão em ativos fiscais diferidos, o que pressionou o lucro líquido e reforçou os desafios estruturais da operação.
O BTG Pactual classificou o balanço como “fraco, porém dentro do esperado”, destacando que a margem Ebitda da siderurgia – 5%, a menor entre os pares – evidencia o ambiente competitivo e os preços deprimidos. O banco manteve recomendação neutra para USIM5, com preço-alvo de R$ 5,00, e vê o papel como uma “aposta de curto prazo dependente da agenda antidumping (contra a prática de vender produtos a preços baixíssimos para eliminar a concorrência)”.
De acordo com o analista Gabriel Barra, do Citi, o governo deve decidir até o fim de 2025 sobre as medidas antidumping para aço laminado a frio e pré-pintado, e no primeiro trimestre de 2026 para galvanizados e laminados a quente, o que pode se tornar um gatilho positivo para o setor, se confirmado.
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