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A semana começa com foco nos Estados Unidos, onde o Senado deu o primeiro passo para encerrar a paralisação de 40 dias do governo Trump, a mais longa da história. No Brasil, as atenções se voltam para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), além da ata do Copom e o IPCA de outubro ao longo da semana. O Ibovespa hoje acompanha o Boletim Focus, na expectativa após a mais longa sequência de altas desde 1994.
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Ainda na agenda econômica hoje, o Banco Central (BC) faz coletiva sobre a regulamentação da negociação com ativos virtuais. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o diretor de Assuntos Internacionais, Paulo Picchetti, participam das Reuniões Bimestrais promovidas pelo BIS, em Basileia, Suíça.
Nos próximos dias, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) será publicada na quarta, e a do Varejo (PMC), na quinta-feira (13), enquanto o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de novembro, na sexta-feira (14).
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Entre as empresas componentes da carteira do Ibovespa que publicam balanços estão Braskem, Itaúsa, Natura e Sabesp hoje; B3 e BTG Pactual, na terça (11); Banco do Brasil e Equatorial Energia, na quarta-feira (12); JBS e Nubank, na quinta; Azul e Cosan, na sexta – confira o calendário da semana.
No exterior, o avanço das negociações sobre o shutdown alimenta expectativas pela retomada da divulgação de indicadores oficiais de inflação e emprego, suspensos durante a paralisação.
A agenda americana está vazia hoje e amanhã, quando o Feriado do Dia do Veterano deixará o mercado de Treasuries (títulos da dívida estadunidense) fechado. A partir de quarta, devem ganhar as atenções a participação de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em eventos, além do balanço trimestral da Disney, na quinta-feira.
Nesta segunda, prossegue a Cúpula Celac-UE, em Santa Marta, na Colômbia. Na terça, no Canadá, acontece o encontro de ministros de Relações Exteriores do G7 ( grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
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Na Europa, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) publica relatório mensal e o Eurogrupo reúne-se na quarta; o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro do terceiro trimestre sai na sexta e uma série de membros do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE) participam de eventos nos próximos dias.
Na China, dados de produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos em outubro serão publicados na quinta-feira.
As bolsas da Ásia, Europa e Nova York sobem nesta segunda-feira, com expectativa de fim da paralisação do governo Trump, após avanço no Senado.
Os senadores aprovaram, por 60 a 40, um acordo bipartidário que estende o financiamento do governo até janeiro, prevê votação em dezembro sobre os créditos fiscais do Obamacare e reverte demissões de servidores.
Apesar da oposição do líder democrata Chuck Schumer, o republicano John Thune defendeu o acordo para conter os efeitos do shutdown, como cancelamento de voos e atraso de salários. Os rendimentos dos Treasuries avançam e o dólar recua.
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Também está no foco o “dividendo tarifário” de US$ 2.000 proposto por Trump, que, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, pode ser viabilizado via cortes de impostos. O economista André Perfeito avalia que a medida pode deteriorar ainda mais a situação fiscal do país.
O boletim Focus do Banco Central atualizou, nesta segunda-feira (10), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic. A agenda da semana inclui a ata do Copom, com os detalhes da decisão da taxa de juros na semana passada.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 segue em 4,55%. A taxa está 0,05 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 20ª semana consecutiva, após o Copom ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 5 de novembro.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta diante da perspectiva de que a paralisação do governo Trump, que pode ajudar a impulsionar a demanda por petróleo nos EUA, compensando temores sobre o aumento da oferta global da commodity. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para dezembro subia 0,77%, a US$ 64,12, enquanto o do Brent para janeiro avançava 0,87%, a US$ 60,27.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, registrou leve baixa de 0,07% no contrato futuro para entrega em janeiro de 2026, cotado a 765 yuans, o equivalente a US$ 107,39 a tonelada.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,99% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) recuavam 0,31%.
O apetite por risco no exterior e a alta do petróleo podem dar novo impulso à Bolsa, após o Ibovespa fechar na sexta-feira (7) nos inéditos 154.063 pontos, com 13 altas seguidas e 10 recordes consecutivos — a sequência mais longa desde 1994.
Entretanto, o índice também mostra sinais de perda de fôlego, segundo análise técnica, com possibilidade de realização de lucros ou correção no curto prazo — apesar da tendência estrutural ainda positiva.
O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York subia 0,68% no pré-mercado nesta manhã.
Os juros futuros devem oscilar pouco, à espera da ata do Copom, enquanto o avanço dos retornos dos Treasuries pode pressionar as taxas para cima. No câmbio, o dólar recuou a R$ 5,3357 na sexta-feira, menor nível em um mês, e fica sob pressão da queda no exterior, mas pode voltar a subir pontualmente com realização de lucros.
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Economistas têm dúvidas se as projeções de inflação do Banco Central, de 3,6% para 2026 e 3,3% para 2027, já incorporam os efeitos da reforma do Imposto de Renda (IR). O mercado aposta no início da queda da Selic entre janeiro e março de 2026.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que sancionará até amanhã o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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