Bitcoin sobe e volta a ser negociado acima de US$ 90 mil com apostas de corte de juros nos EUA e maior demanda institucional por ETFs. (Imagem: Adobe Stock)
As apostas para o corte de juros nos Estados Unidos na próxima semana têm sustentado os ganhos do bitcoin nos últimos dois dias. Nesta quinta-feira (4), a maior e principal criptomoeda do mercado opera no campo positivo com altas de 0,35%, sendo negociada a US$ 93,1 mil. Os dados são da plataforma CoinMarketCap.
Olhando apenas para a fotografia do dia, a percepção inicial é que o BTC segue com uma valorização tímida. No entanto, essa conclusão muda de configuração quando se observa o desempenho do ativo ao longo desta semana. Desde a mínima de US$ 84 mil, alcançada na segunda-feira (1), até às 8h30 (de Brasília) desta quinta-feira (4), a moeda digital já avançou 10,4%.
A recuperação do BTC reflete o otimismo dos investidores com a reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) que vai decidir os rumos da política monetária dos Estados Unidos. Segundo a ferramenta CME FedWatch, 89% dos agentes de mercado têm dado como certa a decisão do Fed em reduzir 0,25 ponto percentual os juros americanos no encontro marcado para os dias 9 e 10 de dezembro.
A alta recente, porém, ainda não consolida em uma recuperação consistente para a criptomoeda. Guilherme Prado, country manager da Bitget, explica que a cotação do BTC permanece abaixo da média móvel de 100 e 200 dias, o que mantém o viés de médio prazo como neutro ou cauteloso para o bitcoin.
“No curto prazo, o BTC deve testar a faixa de US$ 90.000
US$ 98.000. Caso não se sustente, podemos voltar ao patamar dos US$ 80.000 novamente. A tese de longo prazo se mantém forte, pois a demanda institucional está ativa, embora a correção tenha sido dolorosa”, afirma Prado.