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- Assembleia Geral de Credores (AGC), realizada nesta terça-feira (8), deverá definir o fatiamento da empresa em 5 unidades, sendo que 4 delas deverão ser vendidas integralmente e uma última, a rede de fibra, poderá ter 51% do total repassada para um investidor que irá injetar dinheiro na companhia
- A OI é um dos maiores cases de 2020, não apenas do ponto de vista de rentabilidade, mas do ponto de vista de ensinamentos. Uma ação negligenciada por muitos investidores e analistas, devido ao seu altíssimo risco, mas que vem se mostrando valente em sua recuperação
- O que todo investidor precisa aprender e foi algo que eu aprendi em 2020 com o Eduardo Mestieri, sócio e analista da gestora Alaska, é que, muitas vezes, olhamos somente os números e esquecemos de observar os executivos que estão à frente das companhias
Na manhã desta terça-feira (8), as ações da Oi (OIBR3 e OIBR4) operaram em alta de quase 10% após a empresa ter aceitado os R$ 16,5 bilhões da TIM, VIVO e Claro. Ainda há a possibilidade de uma oferta maior, que pode inflar o valor de venda. Mas de qualquer maneira, agora o consórcio tem prioridade para cobrir qualquer nova proposta, o que pode inibir outros players de tentar comprar a unidade de telefonia móvel.
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O processo deverá ter um desfecho ainda em 2020. Além disso, a Assembleia Geral de Credores (AGC), realizada nesta terça-feira (8), deverá definir o fatiamento da empresa em 5 unidades, sendo que 4 delas deverão ser vendidas integralmente e uma última, a rede de fibra, poderá ter 51% do total repassada para um investidor que irá injetar dinheiro na companhia.
A OI é um dos maiores cases de 2020, não apenas do ponto de vista de rentabilidade, mas do ponto de vista de ensinamentos. Uma ação negligenciada por muitos investidores e analistas, devido ao seu altíssimo risco, mas que vem se mostrando valente em sua recuperação.
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Todo este movimento poderia ter ocorrido no ano passado ou retrasado, mas para isso, precisaria ter um bom “general”, principalmente para ter a coragem de vender a principal e mais conhecida unidade de negócio da empresa, a telefonia móvel.
Isso só foi possível com entrada do Rodrigo Abreu, o CEO da OI que está colocando em prática o audacioso plano de reduzir a empresa em uma ou duas unidades de negócio extremamente rentáveis e com alto potencial de crescimento.
Na hora de investir, pesquise sobre os gestores
Por ser um país continental, o Brasil tem um déficit muito grande de internet via fibra. As grandes operadoras priorizaram as áreas com grande densidade de pessoas. O que todo investidor precisa aprender e foi algo que eu aprendi em 2020 com o Eduardo Mestieri, sócio e analista da gestora Alaska, é que, muitas vezes, olhamos somente os números e esquecemos de observar os executivos que estão à frente das companhias.
Os profissionais deveriam ser o primeiro fator na tomada de decisão. Por exemplo, apesar de a Luisa Trajano ser a alma da empresa, a Magalu não seria a mesma sem Fred Trajano. E ponto final.
Hoje, nas empresas que invisto, procuro entender quem são e como pensam os executivos à frente das companhias e como eles pensam.
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A internet disponibiliza uma série de entrevistas e históricos em que é possível traçar um cenário mais confiável. Por exemplo, existem empresas de capital aberto em que executivos envolvidos em crimes ocupam cargos de direção ou no conselho. É preciso analisar se este tipo de postura é interessante para a empresa e, consequentemente, para o investidor.
Transparência e compliance colaboram para recuperação da IRB
Um outro case interessante é o do IRB, que perdeu grande parte dos seus fundamentos e a credibilidade no mercado devido à corrupção e á manipulação de dados.
A postura contundente do novo CEO, Antônio Cássio dos Santos, durante a demonstração de resultados do primeiro trimestre, diz muito sobre o executivo, mesmo não sendo o único fator determinante para a recuperação da empresa.
Em vez de criticar quem fez as denúncias, como fizeram no começo do ano, o executivo fez o contrário. Elogiou quem denunciou e usou de palavras duras para falar sobre os ex-funcionários que roubaram a empresa. O grande ensinamento da OI é: Jamais deixe de olhar a fundo as pessoas que estão no comando da empresa.