- A palavra “risco” dentro do mercado financeiro está muito ligada à volatilidade de um ativo
- Mas, ao meu ver, o verdadeiro risco é não saber o que está fazendo ou o por quê está investindo em determinado ativo
- É nesse momento que entra o tal do “gerenciamento de risco”
A palavra “risco” dentro do mercado financeiro está muito ligada à volatilidade de um ativo. Em teoria, quanto mais volátil um ativo é, maior é o risco que ele apresenta. Ao meu ver, o verdadeiro risco é não saber o que está fazendo ou o motivo de investir em determinado ativo. Mais do que isso, não saber como o fazer.
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É nesse momento que entra o tal do “gerenciamento de risco” na alocação de recursos. Hoje vou mostrar para vocês como fazer isso de maneira inteligente!
O que é gerenciamento de risco?
O próprio nome já diz: são atitudes, precauções para diminuir os riscos. Dentro do mercado, parte desse gerenciamento de risco é feito por meio das estratégias automáticas de ganho e perda que cadastramos em nossas plataformas operacionais.
Podemos dizer que, na bolsa de valores, o gerenciamento de risco é pequeno quebra-cabeça: para dar certo, todas as peças precisam se encaixar da maneira correta. Uma estratégia bem definida com uma meta de ganho e um limite de perda funcional é uma peça. Vamos entender as outras.
Alocação de recursos
Outra peça importante e indispensável no quebra-cabeça é a alocação dos seus recursos por ativo negociado (ou por operação). Não é recomendado que você coloque 100% do seu capital em um único investimento ou operação. Nem que você fique apenas em renda fixa ou apenas em renda variável.
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A depender do seu perfil de investidor, é óbvio que você terá uma preferência por mais ou menos risco. Mas, algo que eu e meu irmão gostamos de fazer (até com os investimentos da Atom), é usar uma base de alocação 90-10:
- 90% para investimentos de baixo risco;
- 10% para investimentos com certo “risco”.
Mexemos nas proporções conforme o ciclo da economia se movimenta. Ou seja, se as taxas de juros estiverem altas, os títulos de renda fixa são mais atrativos do que papéis ou negociações com mais volatilidade. E vice-versa.
Ter em mente essa distribuição de recursos é importante principalmente quando negociamos contratos futuros, visto que as corretoras permitem uma alta alavancagem e um stop mal calculado pode custar todo seu dinheiro. Além disso, essa alocação permite que você saiba o quanto você pode se expor em operações mais longas e como será a distribuição do seu lote total pelas regiões de preço.
Limitando o risco ao se expor
A terceira peça do gerenciamento de risco tem a ver com a escolha dos ativos que você vai negociar e investir. No livro “O Mais Importante Para o Investidor”, dos capítulos cinco a sete, o autor discorre sobre entender, reconhecer e controlar os riscos ao investir no mercado de ações. É interessante que ele explica como a percepção de risco pode variar de uma pessoa para a outra e como isso é espelhado na sociedade.
No exemplo dado pelo autor Howard Marks, ele cita algo que acontece muito: pessoas compram quando o ativo X já se valorizou demais, acreditando em um otimismo infundado. Quando o mercado corrige seus preços e essas pessoas perdem dinheiro, dizem que o mercado ou aquele ativo é muito arriscado.
No entanto, do outro lado da moeda, os investidores que compraram as ações X a preços baixos, quando a ação era “desconhecida”, lucram com a valorização do papel e, ao perceber que ela voltou a preços baixos, podem retomar a compra – se o estudo fundamentalista aponta uma oportunidade de valorização.
Percebe a diferença?
A ação segue sendo a mesma. Porém, as percepções são diferentes e a grande massa acredita num risco que parece grande demais, quando na verdade, era apenas uma questão de estar bem posicionado.
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Ao escolher papéis para investir olhe atentamente os gráficos e complete o estudo com a análise fundamentalista. Não tenha preguiça de estudar. Quanto mais você entrar em preço atrativo em uma empresa saudável, mais lucrativo o mercado financeiro será para você.
Planejamento
E a última peça desse quebra-cabeça, é o planejamento. Ou seja, pegar tudo isso e colocar organizado numa planilha do computador ou caderno. Isso é um mapa, uma orientação para te dar tranquilidade quando estiver fazendo suas operações – seja day trade ou um swing. Isso fará total diferença nos seus resultados ao final do mês.
Lembre-se de manter a diversificação, respeitar seus limites operacionais, estudar bem os ativos que pretende negociar e seguir fielmente o plano que foi traçado durante todo esse processo.