O que este conteúdo fez por você?
- Ao contrário do que muitas pessoas pensam, planejamento financeiro está muito mais ligado a comportamento do que a planilhas e contas matemáticas.
- É preciso tomar consciência do que é possível fazer para melhorar a situação financeira de cada pessoa levando em consideração o seu contexto e incentivá-las a tomarem as rédeas de suas vidas.
- Veja os 6 primeiros passos para você dar em 2022 e melhorar a sua vida financeira de uma vez!
Como falamos no último artigo dessa coluna, o ano de 2022 chegou e com ele o sentimento de esperança e renovação. Porém, isso só vai se concretizar de fato se mudarmos nossas atitudes, principalmente em relação às finanças pessoais.
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Uma das coisas que mais falo aos meus alunos da Multiplicando Sonhos é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, planejamento financeiro está muito mais ligado a comportamento do que a planilhas e contas matemáticas. É a forma como você enxerga e usa o dinheiro que faz a diferença no fim do mês (e, claro, uma boa dose de organização).
Além disso, precisamos urgentemente desconstruir a ideia de que é preciso ganhar bem para ter as contas em dia. Existem pessoas milionárias endividadas, assim como pessoas que ganham um salário mínimo e nunca tiveram o nome sujo na vida.
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Obviamente, sabemos que o custo de vida está alto e a inflação corrói principalmente a renda daqueles que ganham pouco. Uma mãe que sustenta uma casa sozinha e ganha um salário mínimo certamente não conseguirá fechar as contas no final do mês e isso não significa necessariamente que a culpa é dela. Não podemos ser alienados a ponto de achar que só a força de vontade resolve tudo. Mas também não podemos incentivar que as pessoas fiquem paralisadas por conta das dificuldades que enfrentam.
É preciso tomar consciência do que é possível fazer para melhorar a situação financeira de cada pessoa levando em consideração o seu contexto e incentivá-las a tomarem as rédeas de suas vidas. Nesse sentido, gosto muito de uma frase do Nido Qubein, um empresário norte-americano, que diz: “suas circunstâncias atuais não determinam para onde você pode ir. Elas meramente dizem onde você começa”.
Então, vamos começar a mudar a sua vida financeira? Separei 6 primeiros passos para você dar em 2022:
1 – Começar a controlar seus hábitos de consumo
Seja sincero consigo mesmo e se pergunte sobre o que você tem comprado ultimamente. São coisas que você realmente precisa? E mesmo quando não tão necessárias, são coisas que você de fato usa depois que as compra?
Vivemos em um mundo onde o consumismo é constantemente estimulado pela publicidade e pelo marketing. Por isso, é preciso ter muito autocontrole e autoconhecimento para não se deixar levar por esses mecanismos.
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Uma dica que eu dou para quem está começando a olhar para isso é criar uma lista dos produtos que você precisa comprar num futuro próximo. Então, sempre que estiver em uma loja prestes a comprar algo, cheque se esse item está na lista que você fez previamente. Se não estiver, provavelmente não é tão necessário assim, o que indica que você está comprando por impulso.
Outra dica que você deve anotar ai no seu celular para nunca mais esquecer são três perguntas que você deve fazer antes de qualquer compra:
– Eu quero realmente isso?
– Eu posso compra isso?
– Eu preciso realmente disso?
Se a resposta for não para alguma delas, desista da compra!
2 – Criar uma reserva de emergência já
Uma das coisas que mais fará diferença na sua vida certamente será a reserva de emergência. Ter uma quantia de dinheiro equivalente a aproximadamente 6 vezes as suas despesas mensais vai te garantir tranquilidade para tomar melhores decisões.
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Com ela, você não vai precisar recorrer a empréstimos caso ocorra algum imprevisto e vai economizar muito ao não ter que pagar juros. Ao contrário, usará os juros a seu favor, com o seu dinheiro rendendo em uma aplicação de renda fixa.
Além disso, se precisar comprar algo mais caro e que tenha desconto para pagamento à vista, poderá aproveitar esse desconto utilizando esse dinheiro. Mas depois você deve repor a quantia, ok?
Para montá-la, junte um pouco mês a mês e aplique em investimentos de alta liquidez. Pode ser títulos de renda fixa ou uma conta remunerada, como preferir.
Já ouvi muitos profissionais do mercado financeiro falando que: mais importante do que o valor que você guarda, é a frequência com que você faz isso. A constância é importante e tornar isso um hábito faz diferença. É claro que a quantia importa, mas a mudança no comportamento vem em primeiro lugar. Depois você vai traçando seus objetivos… Por isso, eu sempre falo para meus alunos e com você leitor não é diferente: poupe, mas poupe sempre! Lá na frente você me fala o resultado.
3 – Aprender a usar o cartão de crédito a seu favor e não contra você
Muitas pessoas enxergam o cartão de crédito como um grande vilão, mas isso não é necessariamente verdade. Ele pode ser um grande aliado também, tudo depende da forma como você o usa.
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Assim como os juros, o cartão de crédito também está relacionado com tempo e dinheiro. Ele permite que você compre algo agora e pague mais tarde, certo? Logo, se você não pagar as faturas em dia, pagará juros altos por isso.
Agora, o que nem todo mundo percebe, é que se você já tiver o dinheiro para fazer a compra, mas optar pelo cartão de crédito, poderá deixar o dinheiro rendendo em uma conta remunerada até o dia do pagamento da fatura. Ao longo do tempo, esse comportamento passa a ser vantajoso.
Vale lembrar também que muitos cartões de crédito possuem sistemas de pontos e milhas, o que também pode te trazer benefícios. Mas, é claro, tudo depende do seu perfil de consumidor. Caso você já tenha problemas com dívidas, é melhor evitar. Prefira o pagamento à vista.
4 – Estabelecer metas financeiras palpáveis
Muita gente acaba não realizando sonhos porque não sabe transformá-los em metas. Por isso, que tal anotar em um papel os seus desejos financeiros para esse e os próximos anos e criar planos para concretizá-los?
Vou te dar um exemplo: suponha que o seu desejo seja comprar uma casa. O primeiro passo é saber quanto custa essa casa, pesquisando quanto custa um imóvel na localização e tamanho que você deseja.
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Em seguida, você deve estabelecer um valor mensal e um tipo de investimento para aplicar o dinheiro com o objetivo de comprar ou dar entrada na casa no prazo que você julgar ideal e possível. Pronto, você já transformou o seu sonho em uma meta e a dividiu em pequenas metas mais fáceis de alcançar.
5 – Parar de se comparar com as outras pessoas
Como eu disse, o principal fator para se ter uma vida financeira saudável é o autoconhecimento. E você não vai conquistá-lo olhando para os lados.
Pare de se preocupar com o carro novo do seu vizinho, a viagem que a sua prima está fazendo e foque em você. O que você quer? O que te faz feliz? E o que está te impedindo de chegar nesses lugares? É nisso que deve estar o seu foco.
6 – Comece a investir de uma vez por todas
Muita gente ainda tem medo ou preguiça de investir porque tem dificuldade em escolher uma aplicação em meio a tantas opções ou acha que precisa ter uma grande quantia de dinheiro guardado para começar. Isso não é verdade.
Crie uma conta gratuita em uma corretora de investimentos, confira as aplicações disponíveis, estude (tem muito material gratuito na internet) e comece aos poucos. Compre um título do Tesouro Direto, por exemplo, para sentir como funciona.
Aos poucos, você vai adquirindo mais confiança e experiência. Ao mesmo tempo, aumenta e melhora a sua carteira de investimentos.
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Tá vendo? É aos poucos que se constrói uma vida financeira saudável e esse é o momento propício para começar. Comece agora!
Feliz 2022!
Colaboração: Giovanna Castro