O que este conteúdo fez por você?
- O mercado financeiro olha com atenção para as oportunidades de desenvolvimento econômico, profissionalização e independência
- Mas eu diria que falta olhar com mais carinho para a escola pública, enxergando o potencial de crescimento que há nela
- Muitas vezes, a escola só precisa de uma visita, alguém que converse com os alunos, mostre a eles uma realidade diferente e os motive a ir além
Há seis anos, tenho dedicado minha vida a levar educação financeira para escolas públicas da periferia de São Paulo e cursinhos populares de todo o Brasil. E foi mergulhando na realidade dessas instituições, dos professores, alunos e famílias, que percebi: o potencial delas é muito maior do que eu imaginava.
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O mercado financeiro olha com atenção para as oportunidades de desenvolvimento econômico, profissionalização e independência. Mas eu diria que falta olhar com mais carinho para a escola pública, enxergando o potencial de crescimento que há nela – apesar de reconhecermos que alguns avanços têm sido feitos nos últimos anos.
Gosto de fazer uma analogia entre a escola pública e um IPO (Initial Public Offering), quando uma empresa abre seu capital na Bolsa de Valores. O potencial está ali, há empresários (educadores) interessados no crescimento e muita matéria prima (alunos).
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O que falta são investidores capazes de impulsionar o negócio. Onde estão esses investidores? Nas grandes empresas e também em cada um que está lendo este artigo.
Análise fundamentalista
Assim como em qualquer investimento, antes de fazer um aporte, é preciso estudar aquele ativo. As escolas públicas têm suas particularidades e existem formas mais eficazes de ajudá-las a formar jovens capazes, com a autoestima elevada e com os conhecimentos necessários para inovar, crescer e prosperar.
Olhando sob o ponto de vista de quem vive na Faria Lima (avenida de São Paulo onde está a maior parte das instituições financeiras), pode parecer que para ajudar na educação é preciso muito dinheiro e tecnologia. Mas, muitas vezes, a escola só precisa de uma visita, alguém que converse com os alunos, mostre a eles uma realidade diferente e os motive a ir além.
“Nossa escola está localizada no meio de uma comunidade muito carente, onde os alunos não têm muito acesso a pesquisas e internet. Por isso, as ONGs contribuem trazendo uma diversidade de conhecimentos aos quais nossos alunos não têm acesso”, diz Sandra Galisches Pereira, vice-diretora da Escola Estadual Assis José Ambrósio, no Jardim Peri, zona norte de São Paulo.
Mesmo sem grandes aparatos tecnológicos e recursos financeiros, a Multiplicando Sonhos entrou na E.E. Assis José Ambrósio e conversou com os jovens. Iniciou debates que eram desconhecidos mesmo por aqueles que estão inseridos nas redes sociais, já que vivemos em bolhas na internet.
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Falamos de reserva de emergência, empreendedorismo, investimentos e mercado de trabalho. Coisas de que muitos ali nunca tinham sequer ouvido falar, mas que despertaram a curiosidade, já que tinham tudo a ver com o dia a dia deles e com uma possibilidade de vida melhor.
Risco x retorno
Ao contrário da premissa básica dos investimentos, de simetria inversa entre risco e retorno, o investimento em escolas públicas é o único que tem um baixo risco com um alto potencial de retorno.
Mobilização, algumas horas da sua semana e um pequeno investimento financeiro para mudar a vida de dezenas, centenas ou milhares de jovens podem ser suficientes– e quando falamos em jovens, estamos falando também do futuro do País. “Nossos alunos receberam a Multiplicando Sonhos muito bem. Eles ficaram super empolgados e curiosos sobre o que seria trabalhado”, diz Sandra. “A Multiplicando Sonhos fez a diferença na vida dos nossos estudantes, ajudando-os a enxergar uma realidade onde eles podem ir além dos seus propósitos, com um novo horizonte.”
O retorno foi de curto, médio e longo prazo. Ao longo das aulas, acompanhamos os jovens transformando as suas vidas, desde uma conversa com os pais sobre como quitar as dívidas da família, até aqueles que abriram uma lojinha, além dos que se inscreveram em vestibulares e entraram para a universidade.
E aí, quer investir na escola pública também? Acesse o site da Multiplicando Sonhos e seja um voluntário ou faça uma doação.
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Colaboração: Giovanna Castro