- A reserva de emergência serve como um colchão para amortecer possíveis quedas, em épocas de crise, e também para gerar a sensação de bem-estar e segurança financeira;
- O valor para uma boa reserva de emergência e o método ou ativo para a aplicação do dinheiro dependem de alguns fatores;
- Ela também precisa estar em um ativo que permite que você saque o dinheiro de forma rápida, sem perder nenhum real por isso.
A reserva de emergência é a base para a construção de uma vida financeira saudável. Ela serve como um colchão para amortecer possíveis quedas, em épocas de crise, e também para gerar a sensação de bem-estar e segurança financeira, gerando autoconfiança suficiente para alçar voos mais ousados.
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Todo educador que se preze, ao ser perguntado sobre como começar a investir, vai dizer: comece pela reserva. Mas apesar de o conselho ser o mesmo para todos, a execução é individualizada.
O valor para uma boa reserva financeira e o método ou ativo para a aplicação do dinheiro dependem de alguns fatores: o tipo de trabalho que a pessoa exerce, seu estilo de vida, conhecimento financeiro e hábitos de consumo.
Como calcular o valor da reserva de emergência?
Para pessoas que trabalham em regime CLT, têm uma profissão estável e casa própria, recomendo uma reserva equivalente a, pelo menos, três vezes o valor do seu custo de vida mensal.
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Ou seja, se esta pessoa perder o emprego amanhã, terá os três meses de seguro desemprego, mais três meses de sua reserva, totalizando seis meses de gastos pagos garantidos.
Já para quem é autônomo, a recomendação é salvar, no mínimo, o equivalente a seis meses de custo de vida mensal (não o quanto você recebe, mas sim o quanto você gasta), caso a sua casa seja própria.
Se vive de aluguel, oito meses de custo de vida garantidos é o ideal, já que esta tende a ser uma despesa alta e obrigatória, aumentando o risco de endividamento, entre consequências mais graves, em caso de demora para recolocação.
Empresários devem ter condições de se manter por até um ano sem lucro algum da empresa. Isso porque o risco é maior – lembre-se, na pandemia, muitos tiveram que fechar as portas inesperadamente e por tempo indeterminado.
Comece devagar, mas comece
Algumas pessoas que não têm o hábito de guardar dinheiro podem se assustar quando falamos em poupar o equivalente a seis meses ou até um ano de custo de vida. Mas, entenda: ter um mês salvo, é melhor do que não ter nenhum.
Crie metas parceladas, tornando mais fácil a jornada rumo à reserva financeira ideal. Primeiro, se comprometa a guardar o equivalente a metade do seu custo de vida mensal.
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Para isso, você precisará anotar tudo o que gasta, criando maior consciência financeira. Se hoje não sobra nada do seu salário no fim do mês, veja onde você pode reduzir gastos e guarde esta quantia logo que receber o dinheiro.
Assim que atingir o valor estipulado, vá aumentando gradualmente a meta, até chegar na reserva de emergência ideal. Depois, será hora de investir para o futuro, mas isso é papo para outro artigo.
Como fazer a reserva de emergência render, sem bloquear o dinheiro?
A reserva de emergência precisa estar em um ativo de alta liquidez, isto é, que permite que você saque o dinheiro de forma rápida, sem perder nenhum real por isso.
Ao mesmo tempo, é bom ter uma rentabilidade que cubra o valor da inflação e, de preferência, um pouco mais.
Para pessoas que não têm o hábito de lidar com ativos financeiros, é indicado que utilizem uma conta digital com rentabilidade acima de 100% do CDI.
Já para quem tem intimidade com títulos bancários, o Tesouro Direto, entre outros de renda fixa, podem ser interessantes.
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Agora, não há mais desculpas para não começar a sua reserva de emergência!