Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

Escreve semanalmente às quintas-feiras

Fabrizio Gueratto

O banco digital 3.0 já é uma realidade

Agora, o ecossistema financeiro é criado especialmente para um nicho de mercado

Metaverso é a grande aposta para o futuro da tecnologia. Foto: Envato Elements
  • Considero o 1.0 os bancos tradicionais, com agências, em que a maioria dos clientes tinham conta em um único banco e o espaço físico da agência era também um ponto de segurança emocional
  • O que pouca gente está percebendo é a era dos bancos digitais 3.0, em que um ecossistema financeiro é criado especialmente para um nicho de mercado
  • Essa revolução vem sendo liderada pelo Banco Modal, que consegue colocar de pé um banco digital em até 60 dias

O Facebook, para sair na frente e se lançar como o pioneiro no metaverso, mudou até mesmo o nome da empresa. Sim, provavelmente este novo mundo vai fazer parte da nossa realidade em poucos anos, assim como as redes sociais fizeram uma revolução na década passada.

Porém, existe um outro movimento que está em processo: o banco digital 3.0.

Eu considero o 1.0 os bancos tradicionais, com agências, em que a maioria dos clientes tinham conta em um único banco e o espaço físico da agência era também um ponto de segurança emocional para os clientes deixarem seu dinheiro e seus investimentos.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Depois, veio a era 2.0, com os bancos digitais sendo criados, sem taxa, sem agência, sem burocracia. A partir daí, ficou comum as pessoas terem mais de uma conta concorrente.

O que pouca gente está percebendo é a era dos bancos digitais 3.0, em que um ecossistema financeiro é criado especialmente para um nicho de mercado. Recentemente, foi isso que aconteceu com a Bossanova, liderada pelo mega-investidor de startups João Kepler. A companhia criou o Bossa Bank, um banco digital totalmente focado no ecossistema de startups.

Agora, surge o Art Bank, um banco focado na indústria da música, liderada pela Tao, empresa fundada pelo empresário Ivo Machado, focada em monitorar o uso de direito autoral de artistas por rádios, TVs e plataformas de streaming. Nomes de peso, como José Berenguer (CEO do Banco XP) e o jogador de futebol Daniel Alves, estão entre os investidores.

Na prática, o Art Bank será responsável pela gestão financeira de todo o dinheiro recebido pelos artistas da plataforma e, no futuro, o banco poderá oferecer soluções para os fãs desses artistas. É uma revolução no sistema financeiro. É algo parecido com o que aconteceu com o mercado de cartão de crédito, que antigamente era apenas um plástico que facilitava para a pessoa não precisar sair com o dinheiro e ter a possibilidade de pagar depois de 30 dias. Porém, depois vieram os benefícios, como milhas, desconto em carros e cashback.

Essa revolução vem sendo liderada pelo Banco Modal, que consegue colocar de pé um banco digital em até 60 dias. Foi o que fizeram para o Bossa Bank e Art Bank .

Na prática, toda a estrutura financeira roda pela licença bancária Modal, mas visualmente a identidade visual do aplicativo é da empresa parceira. A dúvida que não sei responder é: E quando juntar o banco digital 3.0 com o Metaverso. Teremos uma nova revolução no sistema financeiro?