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- Parece brincadeira, mas a Eletrobras que foi pseudo privatizada pode voltar para o controle do governo
- Não existe nada que está no controle do Estado que seja mais eficiente do que o que está no controle da iniciativa privada
- A privatização gera eficiência e o corte de funcionários é na verdade uma adequação que deveria existir desde o começo
Parece brincadeira, eu sei, mas a Eletrobras que foi pseudo privatizada pode voltar para o controle do governo. Um documento protocolado na SEC (a CVM dos Estados Unidos) no ano passado, já alertava para esta possibilidade e agora com a recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o risco aumentou. Esta semana, a empresa comunicou aos órgãos reguladores do EUA que está fazendo um estudo para avaliar os fundamentos legais para contestar a privatização.
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Eu fico imaginando um investidor estrangeiro, que investiu ou pensou em investir na Petrobras vendo uma notícia dessas. É muito simples. Não existe nada que está no controle do Estado que seja mais eficiente do que o que está no controle da iniciativa privada. Absolutamente, nada.
Costumo fazer a comparação com o metrô de São Paulo, que é muito bom, por sinal. Limpo, organizado. Mas depois que você anda na linha amarela, um trecho novo construído nos últimos anos e que os trens nem se quer possuem maquinistas e existem portas de vidro para que as pessoas não caiam nos trilhos enquanto aguardam a chegada dos vagões, você tem uma ideia melhor do é a privatização.
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Existe um case de privatização no Reino Unido que revela em números o que estou falando. A BP (British Petroleum), quando estatal, dava um prejuízo de US$ 1 bilhão e empregava 129 mil funcionários. Após o controle estar na iniciativa privada, ela passou a dar lucro de R$ 5 milhões e seu quadro de funcionários foi reduzido para menos da metade, 53 mil pessoas.
Você pode até pensar que a privatização gera desemprego, mas isto é uma meia verdade. No fim das contas, a privatização gera eficiência e o corte de funcionários é na verdade uma adequação que deveria existir desde o começo, ou seja, foram criadas vagas desnecessárias por culpa da ineficiência.
O presidente Lula criticou o aumento de salário dos executivos após a privatização. Mas precisa ser colocada nesta conta o custo da ineficiência, como o número de funcionários superior ao que realmente precisa, a corrupção e até mesmo o custo de oportunidade, que é aquele dinheiro que poderia ser investido de forma correta para crescimento da empresa e estava parado.
A reestatização da Eletrobras seria um enorme retrocesso. Não existe nada público que seja mais eficiente que o privado. Nada.
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