• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Por que o “fee fixo” do assessor não resolve o conflito de interesse

Tive acesso a uma proposta contratual e ela mostra que o conflito segue vivo e ainda traz mais um custo para clientes

Por Luciana Seabra

03/07/2023 | 11:17 Atualização: 03/07/2023 | 11:17

Receba esta Coluna no seu e-mail
Foto: Envato
Foto: Envato

Ainda pouco difundido, o modelo de “fee fixo” tem sido citado por alguns como a solução para o conflito na relação entre assessor e cliente ao investir por meio de uma corretora.

Leia mais:
  • Otimismo na Faria Lima, acalanto para investidores de longo prazo
  • Private equity: 5 pontos que você precisa saber antes de entrar nessa balada
  • Assessores, gerentes e clientes: uma DR necessária
Cotações
15/11/2025 0h48 (delay 15min)
Câmbio
15/11/2025 0h48 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

No modelo, o profissional é remunerado pelo cliente – que paga um percentual sobre o seu patrimônio anualmente e recebe de volta, como um desconto, as comissões pagas ao assessor pelos produtos que preenchem a carteira.

Assim, a construção do portfólio se livra dos conflitos existentes quando o profissional recebe um valor diferente dependendo do investimento escolhido, como é de praxe, chegando ao melhor resultado para quem investe, certo? Errado.

Publicidade

Tive acesso a uma proposta contratual de “fee fixo” recebida pela cliente de uma grande corretora. Vejo ao menos quatro problemas para quem opta pelo modelo.

O primeiro e principal problema, que mantém o conflito de interesses mais vivo do que nunca, está em uma das primeiras cláusulas. Ela é clara de que o valor fixo pago pelo cliente remunera o agente autônomo, mas não está inclusa nela a parcela de remuneração devida à corretora pela atividade de distribuição nem custos operacionais.

Por que isso é um problema? Vejamos o caso do gestor de um fundo de investimento que quer ser distribuído na plataforma de uma grande corretora. Ele precisa pagar por isso uma comissão, o chamado rebate. Desse valor, um pedaço fica com a corretora e outro com o agente autônomo, uma espécie de franquia dela, pra facilitar seu entendimento.

Onde o conflito nasce? Na definição desse rebate.

Publicidade

Gestoras mais novas, de pior qualidade ou com maior dificuldade de distribuição por qualquer outro motivo têm menor poder de negociação e precisam pagar valores maiores pra terem seus fundos distribuídos. Algumas das mais consolidadas, com melhor histórico de longo prazo, pagam pouca ou zero comissão. Até porque têm os clientes cativos no universo institucional e de grandes fortunas.

Ao escolher que produtos vai distribuir em suas prateleiras, ao educar suas franquias sobre eles, ao premiá-las, você há de concordar que a corretora tem um viés para produtos que pagam mais comissão – que é inversamente proporcional à qualidade.

Esse viés foi eliminado no modelo “fee fixo”? Não. O contrato é claro de que a parte da corretora segue intacta, variando de acordo com o produto. Ou seja, o “fee fixo” não é tão fixo assim.

O agente autônomo passa a trabalhar com os dois modelos, à escolha do cliente. Porém, a análise de qual ele bebe, o cardápio de produtos que ele tem à mão, o educacional ao qual é submetido, tudo isso segue conflitado.

Publicidade

No limite, pode ser que um produto que não pague boa comissão sequer chegue ao conhecimento desse agente autônomo. Ou na certa não será o propagandeado na oferta da semana, com uma comissão alta na cabeça.

Pois bem, esse é só o primeiro problema. Vamos ao segundo. O contrato também é claro de que o percentual fixo será cobrado sobre a integralidade (sendo essa palavra sublinhada) dos recursos e ativos do cliente custodiados naquela corretora.

Nesse caso, eu nem tinha percebido, quem me chamou a atenção para o problema foi um cliente. Frustrado com os CRAs, COEs e afins em que se arrependeu de ter travado seu dinheiro em resposta à insistência do agente autônomo, ele resolveu avaliar a alternativa de “fee fixo”.

Foi daí que esse cliente percebeu – e não conseguiu convencer seu assessor do contrário – que o custo anual ia recair sobre a totalidade do seu patrimônio. Ou seja, também sobre os investimentos que tinham entrado na sua carteira por conta das conhecidas altas comissões pagas na cabeça para distribuição daqueles produtos financeiros. E que ele não poderia resgatar sem punição.

Publicidade

Ou seja, para tentar consertar um problema causado pelas comissões altas pagas à corretora, esse cliente teria que pagar mais um valor à mesma corretora – o que de longe não me parece a melhor solução.

Como se não bastasse, o contrato é confuso e misturado à lista dos rebates/devoluções a que o cliente fará jus ao contratar o fee fixo aparecem vários “atenção: não haverá devolução”.

E aí está o terceiro problema. Li várias vezes o documento e não está claro pra mim tudo o que está incluso e o que não está, mas um trecho que chama a atenção é o dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs), famosos por pagarem comissões altas para os assessores. Esses são campeões de insatisfação entre investidores que chegam a mim, travados por anos em um produto que não entenderam bem ao comprar.

Pois bem, na lista de benefícios que o cliente de “fee fixo” recebe está “devolução através de entrega de COEs adicionais em favor do cliente”. Ah, então ao aderir ao contrato, ele vai ter o “privilégio” de acessar mais COEs? Isso é bom?

Publicidade

E a lista de exclusões não para aí. O custo de corretagem incidente sobre cada operação com renda variável também não está incluso no fee fixo, o contrato informa. Essa é outra famosa pelo conflito que gera, enviesando a força de venda a estimular o giro de carteira, sendo que o investimento em Bolsa para o longo prazo costuma ser o de melhor resultado.

Para fechar, chegando ao meu quarto ponto, ainda cabe discutir se o valor que o cliente paga para integrar o modelo supostamente menos conflitado não é oneroso demais. Na proposta que a cliente repassou a mim, ele começa em 1% do patrimônio dela ao ano.

Os rebates infelizmente não são transparentes, mas, pela minha experiência, especialmente se os ativos que compõem a carteira forem bons, mesmo depois de revertidas as comissões, haverá um custo adicional não desprezível para essa cliente, que se somará às várias taxas que já são pagas nos produtos.

Dado que o conflito segue vivo – e pulsante – o “fee fixo”, que tem sido tão propagandeado, é aos meus olhos nesse caso somente mais uma fonte de receita para a corretora. E, sendo assim, está longe de ser a melhor opção para clientes.

Publicidade

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
  • COE
  • Corretoras
  • Gestoras
  • Investidores
  • Investimentos

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    O fundo imobiliário que nunca teve calote: o segredo da AF Invest para atravessar crises e entregar 74% de retorno até 2025

  • 2

    Como montar uma carteira de fundos imobiliários equilibrada entre FIIs de tijolo e papel

  • 3

    Banco do Brasil (BBAS3) decepciona com corte no lucro e mercado já fala em recuperação lenta e dividendos fracos

  • 4

    Crise no Banco do Brasil: o plano da diretoria para sair do cenário de lucro em queda, calotes em alta e dividendos fracos

  • 5

    BB no fundo do poço no 3T25: as previsões pessimistas de lucro em queda de 66% e até R$ 19 bi de provisão contra calote

Publicidade

Quer ler as Colunas de Luciana Seabra em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Logo E-Investidor
INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Imagem principal sobre o INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Logo E-Investidor
INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Imagem principal sobre o Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Logo E-Investidor
Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Imagem principal sobre o Fies: até quando estudantes podem renegociar dívidas? Veja prazo
Logo E-Investidor
Fies: até quando estudantes podem renegociar dívidas? Veja prazo
Imagem principal sobre o É possível colocar um microchip gratuitamente no meu pet?
Logo E-Investidor
É possível colocar um microchip gratuitamente no meu pet?
Imagem principal sobre o Como reduzir as despesas com pet sem comprometer o bem-estar?
Logo E-Investidor
Como reduzir as despesas com pet sem comprometer o bem-estar?
Imagem principal sobre o Detran-SP: quais os documentos obrigatórios na retirada
Logo E-Investidor
Detran-SP: quais os documentos obrigatórios na retirada
Imagem principal sobre o Isenção de IPI: quais são as condições para solicitar o benefício?
Logo E-Investidor
Isenção de IPI: quais são as condições para solicitar o benefício?
Últimas: Colunas
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco
Fabrizio Gueratto
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco

Conferência global em Belém consolida a transição climática como variável financeira e força investidores a recalibrar portfólios diante do novo custo do carbono

13/11/2025 | 14h54 | Por Fabrizio Gueratto
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes
Einar Rivero
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes

Paralisação do governo americano interrompe divulgação de indicadores e deixa o Federal Reserve sem bússola para definir o rumo da taxa básica

12/11/2025 | 14h00 | Por Einar Rivero
Valid (VLID3): a small cap que domina a arte da adaptação e paga metade do lucro em dividendos
Katherine Rivas
Valid (VLID3): a small cap que domina a arte da adaptação e paga metade do lucro em dividendos

Ela fabrica seu cartão, seu documento, sua CNH e agora quer um espaço na sua carteira de ações; a small cap de crescidendos que o mercado quase esqueceu

11/11/2025 | 17h26 | Por Katherine Rivas
Você não precisa ter ouro na carteira!
Vitor Miziara
Você não precisa ter ouro na carteira!

Pronto, respondida uma das maiores perguntas que recebo todos os dias no meu instagram

11/11/2025 | 14h39 | Por Vitor Miziara

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador