- A autoconsciência é muito importante para o sucesso na carreira e na vida pessoal. Pessoas mais autoconscientes tendem a ter um melhor desempenho no trabalho e liderar com mais eficácia
- Cada vez mais seremos definidos por nossas competências e habilidades e menos por nossos empregos
- O medo de errar e de estar cara a cara com o desconhecido acabam bloqueando as pessoas em seus processos criativos e aí mais uma vez o autoconhecimento entra como uma alternativa para desbloquear essas barreiras impostas
Investir em você significa, em primeiro lugar, conhecer a si mesmo, seus medos e sua emocionalidade, aprender coisas novas, correr riscos de forma inteligente e explorar oportunidades para melhorar sua vida, pois o quanto você investe em si mesmo determinará o que você experimentará e realizará na vida.
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Seja você um(a) investidor(a), executivo(a), funcionário(a), empreendedor(a), ou simplesmente alguém que deseja se conhecer melhor, saiba que esse processo leva tempo, exige foco, dedicação, investimento financeiro e principalmente ter autoconsciência.
A psicóloga Tasha Eurich em seu livro ‘Insight’, revelou, através de diversas pesquisas, que 95% das pessoas pensam que são autoconscientes, mas apenas 10-15% realmente são. Mas afinal, o que é autoconsciência? É a capacidade de conhecer o próprio pensamento e de olhar para si com isenção e honestidade.
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A autoconsciência é muito importante para o sucesso na carreira e na vida pessoal. Pessoas mais autoconscientes tendem a ter um melhor desempenho no trabalho e liderar com mais eficácia. Investidores que conhecem a si mesmo correm riscos e tomam decisões de forma mais inteligente.
E, diante desse caminho de descobertas e possibilidades de desenvolvimento, existem alguns fatores que podem impulsionar você para se diferenciar como investidor e te auxiliar na descoberta de novos caminhos para sua vida.
Autoconhecimento para crescer exponencialmente
Conhecer a si mesmo implica em saber o que gosta e o que não gosta; ter conhecimento sobre as próprias habilidades; conhecer a própria personalidade, as emoções e entender as razões que conduzem os seus comportamentos. Tudo isso sem julgar ou colocar em prática a autocrítica. É também a capacidade de se conhecer por inteiro e identificar defeitos e qualidades.
Se você está em busca de desafios, possui uma mentalidade de aprendizagem e crescimento, sabe o que quer aprender e tem interesse na descoberta do que é capaz, está no caminho certo para crescer exponencialmente. Para aqueles que estão começando a dica é: curta essa jornada. Para aqueles que acham que é perda de tempo, a vida irá mostrar as oportunidades para você conhecer esse caminho.
Esse processo nem sempre é tão fácil, mas pode ser transformador. No início da pandemia, em abril de 2020, comecei a estudar o canto lírico com o objetivo de resgatar um sonho antigo e ao mesmo tempo fazer algo que sempre gostei que é cantar, em um momento complexo de nossas vidas. Não tinha ideia do que aprenderia com esse processo. Depois de pouco mais de um ano de muita dedicação e transpondo desafios nas aulas, tive a primeira experiência em um estúdio de gravação. Foi uma experiência daquelas que ficarão para sempre na memória.
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Nesse período aprendi a respirar, utilizar a técnica do canto natural da voz, a entender melhor a interação entre o cantor e a orquestra e várias mágicas aconteceram como: ficar menos ansioso, ser mais observador e ter mais paciência. A música me transformou e me permitiu conhecer novas emoções, ser mais criativo, potencializar os meus sentidos e ser muito mais feliz.
Você como marca habilitadora do seu futuro
Cada vez mais seremos definidos por nossas competências e habilidades e menos por nossos empregos. Elas são fundamentais no processo de auto-observação e vão influenciar em nossas escolhas, melhorar as relações humanas, ajudar na vida profissional e auxiliar nas decisões de investimentos. Por isso que é tão importante investir em nós mesmos. Já parou para pensar quais são as competências e habilidades que você utilizou como base para construir a sua marca pessoal?
As marcas pessoais começaram a ser tão valorizadas pelo mercado quanto as marcas empresariais. Esse é um fenômeno que vem se intensificando nos últimos anos. Uma marca pessoal é a combinação única de habilidades e experiências que fazem de você quem você é.
A explosão das redes sociais e a economia compartilhada fez com os influencers ganhassem voz e notoriedade no mundo das marcas. Mas você não precisa ser um desses nomes renomados para ser referência e ter uma marca pessoal de valor. É apenas uma questão de criar e organizar continuamente sua presença digital. Sua honestidade, transparência e autenticidade serão os diferenciais no longo prazo. O autoconhecimento irá te auxiliar no desenvolvimento das novas habilidades e conhecimentos necessários para atingir esse objetivo.
Independentemente do momento que passamos como sociedade, seus conhecimentos e habilidades permanecem com você e isso fará diferença nos próximos anos. Sempre que houver movimentos turbulentos no mercado, você não permitirá que as condições ou situações externas tenham interferência em você, valorizando o investimento no autoconhecimento e potencializando você como marca no futuro.
Criatividade como tecnologia humana
O cérebro humano tem a capacidade de armazenar todas as informações que ele captura. De acordo com Leonard Mlodinov, em seu livro ‘Subliminar’, o sistema sensorial envia ao cérebro cerca de 11 milhões de bits de informações por segundo e tudo é armazenado no subconsciente. Mas somente 40 bits de informação são liberados para a consciência.
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Nosso cérebro faz isso para economizar energia e deixando de lado a parte técnica, isso significa que, quando temos uma “ideia”, na verdade estamos acessando o nosso subconsciente para trazer essa “ideia” ou informação para a consciência. Então significa dizer que quanto mais informação e coisas diferentes fizermos o cérebro registra e com isso aumenta a nossa capacidade “criativa”.
Os exercícios de imaginação e ideação fazem com que o cérebro crie novas sinapses, que é a comunicação entre os neurônios, estimuladas por atividades externas. Além disso o cérebro tem a capacidade de expansão, mais conhecida como neuroplasticidade. Quanto maior a plasticidade cerebral melhor a capacidade cognitiva das pessoas. Sendo assim, quando colocamos a imaginação em ação é que começamos o processo de dar asas a nossa criatividade.
A neurocientista Tara Swart resume a importância da neuroplasticidade da seguinte forma: “Encorajar a neuroplasticidade do cérebro é a chave para uma aprendizagem e inteligência emocional na fase adulta, o que ajuda as pessoas a permanecerem mais abertas, intuitivas e capazes de superar preconceitos”.
Entretanto existem barreiras para o estímulo da criatividade, sendo o medo a principal delas. O medo de errar e de estar cara a cara com o desconhecido acabam bloqueando as pessoas em seus processos criativos e aí mais uma vez o autoconhecimento entra como uma alternativa para desbloquear essas barreiras impostas.
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A criatividade, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, está presente na lista das principais competências para o futuro e se desenvolvida em conjunto com o autoconhecimento pode ser considerada como a “tecnologia humana” que vai habilitar o crescimento das pessoas em um mundo em que a velocidade das mudanças é cada vez mais intensa.