- De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a infertilidade afeta 48 milhões de casais que desejam procriar.
- Apesar de não ser um valor barato para grande parte dos casais, uma forma de baratear o procedimento é por meio da doação de óvulos.
A fertilização in vitro (FIV), uma das técnicas de reprodução humana assistida mais utilizada no mundo e responsável pelo nascimento de mais de 7 milhões de bebês desde 1978, quando os cientistas britânicos Robert Edwards e Patrick Steptoe realizaram o procedimento pela primeira vez com sucesso. A técnica tem como objetivo coletar óvulos dos ovários da mulher e fertilizá-los com sêmen em laboratório.
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade afeta 48 milhões de casais que desejam procriar. Assim, a fertilização in vitro pode ser uma ótima solução para este problema, porém, custa dinheiro. Nesta matéria, o E-Investidor separou dados que estimam o valor médio da fertilização e fatores que influenciam no preço.
Primeiramente, a mulher deve fazer alguns exames a pedido de seu médico, pois a individualidade do corpo e da saúde da mulher são fatores que podem influenciar no valor. Segundo a clínica de fertilização Genics, de São Paulo, os procedimentos de cada etapa da fertilização in vitro são, respectivamente: estimulação dos ovários, por meio de hormônios; monitoramento e manipulação dos óvulos no centro cirúrgico; coleta do sêmen; análise da qualidade dos óvulos fecundados e dos embriões; preparação do útero por meio de medicamentos; e, quando indicado, o congelamento de óvulos para futuras tentativas.
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Os exames exigidos costumam ser de sangue, de imagem e genéticos. Segundo a Resolução nº 1.974/11, do Conselho Federal de Medicina (CFM), é proibido que as clínicas divulguem os preços da fertilização in vitro e de outros procedimentos médicos, porém, a clínica Genics estima seu preço entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.
Em comparação, a clínica Mater Prime, também em São Paulo, estima o valor entre R$ 15 mil e R$ 25 mil. De acordo com a clínica, a infraestrutura do lugar (como possuir um laboratório próprio), os medicamentos individuais de cada paciente após a fertilização e o congelamento dos óvulos são outros fatores que influenciam no custo do procedimento.
Em alguns casos, o tratamento fica mais caro porque os medicamentos recomendados para a paciente são vendidos apenas em distribuidoras especializadas. Além disso, também pode ser recomendado que a paciente congele seus materiais, o que é chamado de criopreservação, indicada quando é necessário congelar os embriões ou óvulos excedentes, caso seja necessária uma segunda tentativa ou até mesmo para um segundo filho. Com isso, será cobrado uma anuidade ou mensalidade.
Apesar de não ser um valor barato para grande parte dos casais, uma forma de baratear o procedimento é por meio da doação de óvulos. Segundo Huntington Pró-Criar, clínica de fertilização em Belo Horizonte, para doadoras de até 35 anos, as chances do procedimento ser bem sucedido chegam a 50%.
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