O que este conteúdo fez por você?
- A harmonização facial trata-se de um procedimento médico que, além de corrigir assimetrias, pode auxiliar em casos de disfunções faciais
- Valores podem chegar até R$ 15 mil, segundo especialista
- Procedimento pode trazer riscos à saúde, por isso, orientação é que se busque por profissionais autorizados, como médicos dermatologistas, cirurgiões-plásticos e cirurgiões-dentistas
De jovens a idosos: a harmonização facial caiu no gosto popular. Impulsionada desde por ex-BBBs, como Eliezer do Carmo Neto, a atores como Stênio Garcia, de 91 anos, os procedimentos estéticos estão cada vez mais requisitados.
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Mas, afinal, o que é a harmonização facial? Segundo Thalita Queiroz, mestre e doutora em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, em Implantes e em Harmonização Orofacial, o procedimento trata de alinhar assimetrias na face, a fim de ficar esteticamente mais harmônico, além de ser indicada para diversos casos de médicos.
“A harmonização serve não só para gerenciar o processo de envelhecimento, mas também para compensação de desarmonias dentoesqueléticas, de caráter genético, além de toda parte funcional, por meio da aplicação das toxinas para inúmeras situações, como espasmos faciais, disfunções de articulações, casos de dor”, explicou.
Qual é o preço?
Essas intervenções são feitas por meio de materiais como ácido hialurônico, bioestimuladores, fios de sustentação e toxina botulínica (o conhecido botox). A quantidade a ser aplicada, o método e o produto, segundos as especialistas, irão depender de cada caso.
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Por conta da individualização, os preços podem variar. A exemplo, Queiroz cita que 1 mililitro de ácido hialurônico custa, em média, no consultório, de R$ 1 mil a R$ 2 mil reais. “Já bioestimuladores variam muito o preço porque temos uma infinidade deles”, complementa.
Um tratamento completo, que leva toxina, ácido hialurônico e bioestimuladores (seja por meio de tecnologias como ultrassom microfocado, laser ou injetáveis) pode variar de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Mas a profissional enfatiza que tudo depende de cada paciente, histórico médico e queixas: idade, flacidez, perda estrutural, dentre outros fatores.
Elisete Crocco, chefe do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, também lembra que o cálculo não envolve somente dos produtos, mas uma somatória de fatores que engloba o próprio profissional.
“São inúmeras variações. Também temos valores que envolvem quem é o profissional, a hora de trabalho dele, o pró labore, os custos da sua estrutura física, dos prestadores de serviço, de contas e aluguel, e até nossas horas de investimento em cursos e especializações”, diz.
Harmonização facial pode trazer riscos
Como toda intervenção médica, a harmonização envolve riscos à saúde. Por isso, é necessário a busca por profissionais qualificados para realizar os procedimentos. “Outros profissionais que fazem isso estão exercendo o que a gente chama de exercício ilegal da medicina. Mesmo que algum conselho fale que eles têm autorização para usar, a ordem de um conselho não é superior às leis em vigor”, explica Crocco.
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Os profissionais habilitados para fazer a harmonização facial são:
- Médicos dermatologistas;
- Cirurgiões plásticos;
- Cirurgiões-dentista.
A orientação para os pacientes consiste em checar se o profissional possui o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e está habilitado por meio do Registro de Qualificação de Especialidade (RQE). Para cirurgiões-dentistas, é necessário pesquisar o registro no Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Queiroz também enfatiza que, além de procurar profissionais capacitados, é necessário ficar atento à utilização de materiais adequados, com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da necessidade de seguir as regras de biossegurança.