Sempre vejo comparações entre empregos CLT e o “PJ”, principalmente quando colocamos na conta os tão atrativos benefícios e é obvio, o 13° salário.
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O último pagamento do ano sempre soa como um bônus para o trabalhador CLT, como se os empregadores fossem muito bonzinhos. Afinal, é época de Natal, então porque não sair dando dinheiro para os funcionários? (Sim, tom totalmente irônico)
O 13° salário não existe. Ele é meramente um ajuste matemático para pagar de fato pelo o que você trabalhou. Ele não é nada menos do que isso e a conta é bem simples pra entender.
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Esse “bônus” foi instituído em 1962 como um pagamento de “salário extra” ao trabalhador – mas tudo não passou de uma jogada de marketing de Getúlio Vargas, que ficou conhecido como “o Pai dos Pobres”.
A conta é simples e rápida:
Enquanto o ano sempre conta com 52 semanas, os meses variam entre 4 semanas e alguns 5 semanas. Você já se perguntou por que ganha a mesma coisa mesmo trabalhando em meses com semanas a mais?
É exatamente pra isso que veio o 13°.
Se a gente dividir 52 semanas em 4 (considerando um mês padrão de 4 semanas), temos um total de 13 meses. Ou seja, quando ajustamos todos os meses para o mesmo número de semanas, vemos que trabalhamos um mês inteiro a mais no ano, mas recebendo somente 12 salários.
A diferença é que passamos a ganhar por mês em vez de dia ou semana trabalhada. Você percebeu que nessa conta sumiram com uma parte da nossa hora/trabalho?
Resumindo: o 13° não é um bônus, ele é um direito devido pelo o que você trabalhou. Não vou nem entrar no mérito de que você recebe isso parcelado em 2 vezes ao ano, sendo que uma delas casa bem com a época dos impostos.
Considerando que você achava que o 13° era um bônus, e por isso merecia gastar, trate esse capital como o seu salário, retirando despesas e depois separando parte para investir antes de sair por aí gastando. Vale lembrar que esse dinheiro deveria ser pago proporcionalmente todo mês, mas seguraram e ele não rendeu nada para você.
Aliás, o que você fez com o seu 13°?