- A questão geopolítica vem acumulando já faz um tempo com Ucrânia x Rússia, Israel x Palestina e agora o Irã que resolveu atacar Israel aumentando ainda mais a tensão na região;
- Não há como saber quando uma guerra vai começar, quanto tempo vai durar, impactos e muito menos quem sairá vivo e é por isso que proteção é o primeiro instinto na carteira de investimentos;
- Seguindo a linha de proteção, os investidores mundiais têm sempre duas saídas para guardar o dinheiro.
Você com certeza deve ter visto nos últimos dias um monte de matérias falando sobre a alta do ouro, que vai fazendo novas máximas históricas dia após dia. A questão geopolítica vem acumulando já faz um tempo com Ucrânia versus Rússia e Israel contra Palestina, mas agora entra no palco dos conflitos o Irã, que resolveu atacar Israel aumentando ainda mais a tensão na região.
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Deixando de lado minha opinião pessoal sobre guerra – quem está certo, errado ou se está todo mundo errado –, a questão principal aqui diz respeito ao fato de a maioria dos investidores estarem dormindo mais nervosos ultimamente, com receio de que o conflito amplie e a gente veja nosso patrimônio dilapidado do dia pra noite em uma corrida por liquidez e proteção.
Meu primeiro conselho foca o aspecto mais básico, mas pouco destacado pelos investidores: liquidez. Se você está com receio ou perdendo parte do sono por conta dos seus investimentos, o mais aconselhável consiste em diminuir a exposição ao risco, trazer o dinheiro para “casa” e deixá-lo na renda fixa, onde renderá juros por meio de ativos com liquidez diária, de preferência, para que o investidor consiga mexer no dinheiro e voltar rápido para o mercado caso o cenário melhore.
Guerra é guerra e ninguém sabe o desfecho. Não há como prever quando vai começar, quanto tempo vai durar, os impactos e muito menos quem sairá vivo do conflito. Por isso que proteção é o primeiro instinto na carteira de investimentos.
Onde guardar o dinheiro em um cenário de incertezas
Seguindo a linha de proteção, os investidores globais têm duas saídas para guardar o dinheiro: títulos públicos americanos e ouro. O primeiro segue um racional de que se houver uma guerra com todo mundo envolvido, provavelmente o último a cair será o governo americano. Além disso, a maior parte do dinheiro investido no mundo está mobilizado em dólar, de americanos, então é natural ver o dinheiro voltando “para casa”, financiando o governo e mantendo uma certa segurança.
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No segundo caso podemos trazer o conceito de que se tudo explodir, ouro brilha e pode ser usado para trocar por comida. Óbvio que esse não é mais hoje o pensamento racional sobre a situação, mas antigamente era. A ideia do ouro como jeito de ter dinheiro em um metal, em que nenhum país é dono ou tem influência, segue aceita no mercado.
Mas, o que os dois tem em comum?
Ambos exigem dólares para que o investidor possa comprá-los e por isso a moeda americana vem ganhando força nos últimos dias.
O DXY, que é um “índice dólar” que mede a variação da divisa contra outras seis moedas, vem subindo forte dia a após dia e apenas na última semana valorizou quase 2%. Parece pouco, mas pensa que é o dólar contra seis moedas. Ou seja, uma valorização nominal gigante ao considerar o total de dólares que existe no mundo.
A explicação é simples: dinheiro voltando para casa. Investidores gringo vendendo outros ativos pelo mundo, comprando dólares e trazendo o dinheiro para casa para investir nos títulos públicos americanos ou em ouro.
No Brasil
Aqui no Brasil o efeito “dólar” não foi diferente e nos últimos dias o real se desvalorizou. Agora a cotação bate os R$5,20 enquanto escrevo esse artigo. A tendência é que se a questão geopolítica piorar, a busca por dólar vai continuar.
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Semana que vem volto para falar de risco, para quem quer comprar o stress da guerra. E durante a semana vou colocar algumas ideias no grupo do Whatsapp que já deixo o convite pra você entrar.