O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta segunda-feira (15), com reação aos desdobramentos no Oriente Médio, renovando suas máximas históricas. Por sua vez, a reação foi contida, já que apesar da escalada das tensões após o ataque do Irã contra Israel no final de semana, há a avaliação de que o conflito pode não se espalhar, e que a demanda do ouro como refúgio de segurança já havia sido precificada.
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Além disso, o metal lida com uma forte alta dos juros dos Treasuries, que tendem a competir com a commodity na busca por ativos seguros. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,37%, a US$ 2.383,00 a onça-troy.
O Irã levou adiante suas ameaças e realizou um ataque aéreo no fim de semana contra Israel, em retaliação a um ataque no início de abril contra o consulado iraniano na Síria que matou lideranças militares iranianas. Apesar da escalada das tensões no final de semana, o Oriente Médio não está à beira de um conflito regional mais amplo, avalia o Wells Fargo.
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Para o banco americano, os eventos mais recentes devem ter impacto limitado nas perspectivas para a economia global e o mercado financeiro. A instituição acredita que os próximos passos dependerão da resposta de Israel aos ataques do Irã, mas que nenhum dos atores envolvidos almeja a deterioração das condições a ponto de deflagrar uma guerra mais generalizada.
Na visão do TD Securities, os mercados de matérias-primas estão fixando preços num nível heterogêneo de prêmio de risco, com pouca evidência de procura de refúgio seguro no ouro. O Deutsche Bank comenta que o mercado já havia passado por uma onda de cautela na sexta-feira, com a iminência do ataque iraniano, por isso hoje havia alguma recuperação, “já que as chances de uma escalada imediata pareciam limitadas, baseada na retórica em resposta aos ataques até agora”.