Falamos muito na diversificação internacional, mas na maior parte das vezes os exemplos são de ativos nos EUA. S&P 500, treasuries e bonds, e sobretudo em dólares norte-americanos. O que pode não ser a melhor estratégia.
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Falamos muito na diversificação internacional, mas na maior parte das vezes os exemplos são de ativos nos EUA. S&P 500, treasuries e bonds, e sobretudo em dólares norte-americanos. O que pode não ser a melhor estratégia.
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Só como exemplo, o dólar valia 0,95 euros em 1º de janeiro passado. Hoje vale 0,86, queda de quase 13%. Isso em termos de investimentos no exterior é um valor enorme. O S&P 500 apresentou uma valorização de 15% no mesmo período, só que se você tem uma vida mais voltada para a Europa (ou o resto do mundo) isso se traduz em meros 2% de ganho. Triste, não é?
Claro, não há aqui uma sugestão de tirar todo o seu investimento em dólares e transformá-lo em euros, até porque prever o comportamento de câmbio é uma tarefa que sabemos impossível. Já disse um economista brasileiro que “câmbio é uma invenção de Deus para humilhar economistas”. Então não acredite em previsões nessa área. Mas a diversificação pode e deve ser ativa em moedas.
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E aí entra o nosso desconhecimento sobre a economia europeia. Conhecemos de cor o nome de uma série de empresas contadas nas bolsas americanas. Mas não sabemos se uma Volkswagen é ou não aberta. Ou será que a Ferrari tem ações na bolsa?
Em primeiro lugar é bom saber onde é que há bolsas na Europa com volume razoável. Temos a bolsa de Londres, a de Paris, de Frankfurt, de Milão dentre as mais líquidas. Não espere liquidez como a da bolsa de Nova Iorque, mas há liquidez suficiente para grandes movimentações.
E quais empresas? Aí é que começam as surpresas. A maior empresa europeia com ações em bolsa é a holandesa ASML, uma das maiores do mundo na área de semicondutores. Quem disse que tecnologia é monopólio americano? O market cap (capitalização de mercado) da ASML é de USD 430 bi. 140% de alta nos últimos 5 anos. Surpreso com os valores? Pois é, conhecimento é tudo na área de investimentos.
Acredita que luxo é um bom investimento? A francesa LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton, Dior, Moet Chandon, Dom Pérignon e mais outras 70 marcas, sempre de luxo é a 2ª maior empresa em market cap da Europa com USD 360 bi.
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A próxima da lista é a SAP, líder em softwares empresariais. Alemã com market cap igual a USD 280 bi.
Aí temos a holandesa Prosus. Nunca ouviu falar? A OLX Brasil é investida deles. A Prosus é uma empresa que investe em negócios promissores, sobretudo em tecnologia e tem um portfolio enorme de investidas. 115 atualmente. Market cap de USD 264 bi.
Hermes e L’Oreal, novamente no segmento luxo, seguem. Market caps respectivamente de USD 260 bi e USD 230 bi.
Novo Nordisk? Market cap de USD 210 bi? Nunca ouviu falar? É uma enorme empresa farmacêutica dinamarquesa que tem como foco o tratamento de diabetes.
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Em seguida temos a nossa conhecida Siemens com Market Cap igual a USD 207 bi. É o maior conglomerado industrial da Europa atuando em automação, digitalização e eletrificação. Além de material elétrico, eletrodomésticos, vigilância, serviços financeiros, autopeças etc.
Inditex, você conhece bem. Ela é dona da Zara, Massimo Dutti, Stradivarius, Oysho e outras marcas no setor têxtil. É uma empresa espanhola com market cap igual a USD 195 bi.
Para fechar as 10 maiores empresas em bolsa da Europa temos a Airbus. Market cap igual a USD 183 bi, atuando no setor aeroespacial com destaque para defesa e transporte aéreo.
Só para dar mais dois exemplos na França, temos a Eramet mineradora e a Saint Gobain, líder mundial na fabricação de vidros e fundada em 1665.
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Muitas oportunidades, muitas estratégias. E não só em ações, todas essas empresas também emitem corporate bonds, muitos deles denominados em euros.
Uma estratégia que contemple investimentos em empresas europeias é muito interessante, já que temos países com elevado nível de segurança jurídica, empresas sólidas, mercado consumidor imenso e ainda com a vantagem de diversificação geográfica e cambial.
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