Comportamento

Aluguel de 2021 sobe 3,16% em SP e recupera perdas da pandemia no Rio

Os dados mostram que o mercado segue a tendência de aquecimento registrada nos últimos meses do ano

Em São Paulo, apesar da valorização, o mercado ainda não conseguiu reverter os resultados do período. Foto: Rafael Arbex/Estadão
  • Em São Paulo, apesar da valorização, o mercado ainda não conseguiu reverter os resultados do período. O preço médio do aluguel segue 6,4% abaixo dos valores praticados em março de 2020, antes da crise sanitária começar

(Luíza Lanza – Especial para o E-Investidor) – O preço médio do aluguel residencial na cidade de São Paulo valorizou 3,16% em 2021 se comparado ao ano de 2020. Na cidade do Rio de Janeiro, o setor já se recupera das perdas causadas pela pandemia: os aluguéis fecharam o último ano com alta de 6,22%, suficiente para reverter o baque de 2% em 2020.

Os dados, divulgados pelo Índice QuintoAndar de Aluguel, mostram que o mercado segue a tendência de aquecimento registrada nos últimos meses de 2021. Na capital paulista, o preço do metro quadrado subiu pelo quinto mês consecutivo – uma alta de 1,58% de novembro para dezembro, atingindo R$ 36,55 o metro quadrado. No Rio, a alta no mesmo período foi de 0,78%, encerrando o ano em R$ 30,91.

O ano de 2021 foi o primeiro de alta nos preços residenciais desde o início da pandemia da covid-19, que afetou fortemente o setor.

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Em São Paulo, apesar da valorização, o mercado ainda não conseguiu reverter os resultados do período. O preço médio do aluguel segue 6,4% abaixo dos valores praticados em março de 2020, antes da crise sanitária começar.

Esse resultado é influenciado principalmente pelo preço médio dos studios e apartamentos de apenas um quarto, que estão 13,4% mais baratos. No Rio de Janeiro, onde o setor teve uma recuperação mais acentuada, os valores estão 2,2% acima dos registrados em março de 2020.

Em SP, Zona Leste valorizou mais

O Índice QuintoAndar mostra que nas duas cidades há bairros em diferentes estágios de valorização. Em SP, Vila Nova Conceição e Itaim Bibi ainda sofrem para recuperar as perdas da pandemia, enquanto regiões como Jardim Anália Franco, Vila Carrão e Mandaqui registram preços recordes.

De acordo com o levantamento, os bairros da Zona Leste da capital Paulista são os que mais valorizaram em 2021. O campeão, Jardim Anália Franco, está com novos empreendimentos imobiliários desde o último ano, e apresentou uma valorização de 17,1% em 12 meses.

Neste mesmo período, o espaço situado entre as zonas Sul e Oeste de SP são os que mais desvalorizaram. O preço do metro quadrado no bairro de Santo Amaro, na região Sul, recuou 16,1% e é o pior resultado em toda a cidade. Já o Centro e a Vila Nova Conceição registraram desvalorização de 14,1% e 13,1% em 2021, respectivamente.

No RJ, 2021 foi o ano da Zona Oeste

No Rio, sete dos 10 bairros que mais valorizaram em 2021 estão localizados na Zona Oeste. O principal é o Recreio, que, com um aumento de 23,4%, chegou a R$ 20,67/m² de preço médio. A região do Jardim Oceânico e da Barra da Tijuca valorizaram 19,9% e 18,2%, respectivamente.

Do outro lado, o pior resultado de preço do metro quadrado está em Santa Tereza, na região Sul, que recuou 15,1% entre 2020 e 2021, chegando a R$ 28,97. Já o Centro e Laranjeiras registraram desvalorização na ordem de 9,1% e 5,3%, respectivamente.