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- Warren Buffett é um dos mais famosos e bem-sucedidos investidores do planeta
- Com 90 anos de idade, o megaempresário está à frente do conglomerado americano Berkshire Hathaway há quase cinco décadas
- No final do ano passado, o lendário investidor montou posições grandes nas empresas Verizon Communications, de telecomunicações, e Chevron Corp, do segmento de petróleo
Warren Buffett é um dos mais famosos e bem-sucedidos investidores do planeta. Com 90 anos de idade, o megaempresário está à frente do conglomerado americano Berkshire Hathaway há quase cinco décadas. Nesse período, conseguiu manter um quase inabalável retorno anual de dois dígitos no seu portfólio de investimentos – o que lhe rendeu diversos apelidos, como o ‘Oráculo de Omaha’, em referência à cidade natal do executivo.
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Devido à importância do bilionário para o mercado financeiro e o histórico de decisões inteligentes e estratégicas, cada mudança na carteira de investimentos do Buffett é acompanhada de perto. No final do ano passado, por exemplo, o lendário investidor fez algumas alterações importantes: montou grandes posições nas empresas Verizon Communications, de telecomunicações, e Chevron Corp, do segmento de petróleo.
Ele acrescentou 146,7 milhões de ações na Verizon, totalizando US$ 8,6 bilhões, e 48,5 milhões na petrolífera, no valor de US$ 4,1 bilhões. Em menor proporção, o bilionário também montou uma posição com 4 milhões de ações da Marsh&Mclennan, firma especializada em seguros e investimentos.
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Por outro lado, Buffett vendeu totalmente a participação em empresas como o banco JP Morgan e a Pfizer, farmacêutica responsável pelo desenvolvimento de uma das vacinas contra o coronavírus.
De acordo com Guilherme Zanin, estrategista da Avenue, essas atualizações mandam três mensagens claras ao mercado sobre a visão de futuro de Warren Buffett. “É como se ele tivesse retornando às raízes, ao estilo de investimento que ele tinha no passado”, explica o especialista. Veja os recados do Oráculo de Omaha aos investidores:
De volta às raízes: busca de empresas baratas e dividendos
Um dos principais recados que Buffett passa ao mercado é que ele voltou a buscar empresas baratas e que pagam bons dividendos. Segundo Zanin, nos últimos meses a performance do empresário estava aquém dos principais indicadores.
“Isso aconteceu porque o mercado estava subindo muito em função do desempenho de companhias de tecnologia, que não são a especialidade dele”, explica o especialista. “Ele chegou a fazer uma aquisição ano passado em Snowflake, do segmento de dados em nuvem, e tem uma grande participação em Apple, mas não são ativos tradicionais da carteira dele.”
Nesse sentido, a aquisição de Verizon faz sentido, já que a empresa é tradicionalmente uma boa pagadora de dividendos. “Buffett está voltando para o setor de telecomunicações e a Verizon está expandindo para o mercado de 5G, o que pode ser bem importante”, explica Zanin.
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No caso da gigante Chevron, do segmento de petróleo, o que pesou foram os preços. “O petróleo caiu 40% no ano passado e várias empresas do setor ficaram bem depreciadas. E mesmo com o mercado indo para os carros elétricos, Buffett acredita que há espaço para crescimento para as ações de petroleiras. É uma retomada do perfil de investidor dele do passado.”
Setor financeiro e de tecnologia não são prioridades para ele
Como parte dessa aparente tendência a ‘retornar às raízes’, Buffett começou a diminuir a participação em empresas de tecnologia. Na Apple, por exemplo, a venda foi de US$ 57,2 milhões em ações – ainda assim, os investimentos na companhia da maçã vermelha representam 43.60% da carteira.
Em relação ao setor financeiro, além de zerar a participação em JP Morgan e PNC Financial Services, o Oráculo de Omaha diminuiu posições nas instituições financeiras Wells Frago e U.S Bancorp. “No ano passado, as ações da Apple subiram bastante e agora ele está colocando o lucro no bolso”, diz Zanin. “O mesmo com os bancos, ele já ganhou bastante dinheiro com eles no passado, na crise de 2008, por exemplo. Agora, está se desfazendo.”
Segmento de saúde tem espaço para expansão
Apesar de ter vendido toda a participação na Pfizer, Buffett aumentou a posição no segmento de saúde e biotecnologia, o que mostra que o setor ainda pode ser muito demandado no processo de superação da pandemia. As fabricantes de remédios Merck & Co, Abbvie e Bristol-Myers são alguns exemplos de companhias em que Buffett elevou a exposição. “Buffet agora está diversificando em empresas mais tradicionais e ligadas à retomada econômica”, explica Zanin.