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Comportamento

O dinheiro pode, sim, comprar felicidade, aponta estudo americano

Quanto maior a renda, maior a chance de as pessoas se definirem como "muito felizes", segundo pesquisa

O dinheiro pode, sim, comprar felicidade, aponta estudo americano
Banco de imagens: Pixabay
O que este conteúdo fez por você?
  • Pessoas acima de 30 anos tendem a ser mais felizes à medida que têm renda maior
  • Educação universitária é outro fator que torna as pessoas mais ou menos felizes
  • Aumento de desigualdade e custos com moradia e educação são fatores que tornam as pessoas mais infelizes

(The Washington Post/ Bloomberg) – Um novo estudo constata que, nas últimas décadas, ter mais dinheiro se tornou cada vez mais associado a uma maior felicidade.

A pesquisa “Expanded Class Divide in Happiness in the United States – 1972-2016”, publicada na semana passada na revista Emotion, descobriu que entre as pessoas com 30 anos ou mais, a correlação entre renda e felicidade tem aumentado constantemente ao longo dos anos.

O estudo utilizou dados da Pesquisa Social Geral, uma das pesquisas mais representativas em nível nacional de adultos nos EUA, com 44.198 participantes entre 1972 e 2016. Constatou uma crescente divisão de classe na felicidade, com a felicidade dos brancos sem educação universitária em declínio constante desde 1972, enquanto a felicidade dos brancos com educação universitária permaneceu constante.

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Para os afro-americanos, os resultados foram diferentes, mas ainda refletiam uma crescente correlação entre dinheiro e felicidade: os níveis de felicidade dos negros sem educação universitária permanecem estáveis ​​desde 1972, enquanto a felicidade dos negros com educação universitária aumentou. Para os entrevistados brancos e negros, a diferença de felicidade na educação aumentou.

Estudo de 2010 dissociava aumento de renda da felicidade

As descobertas desafiam o ditado “O dinheiro não pode comprar felicidade”, apoiado por outros estudos, incluindo um relatório de 2010 da Universidade de Princeton, amplamente citado, mostrando que em níveis superiores a US$ 75.000, um aumento na renda não está associado a uma maior felicidade.

A Pesquisa Social Geral não fez exatamente a mesma pergunta usada pelo estudo de Princeton, que perguntou aos participantes como eles se sentiam no dia anterior e se eles estavam vivendo a melhor vida possível para eles.

A Pesquisa perguntou: “Como você diria que as coisas estão hoje em dia? Você diria que está muito feliz, muito feliz ou não muito feliz?” O novo estudo dividiu os entrevistados em cinco faixas (quintis) e dez faixas (deciles) com base na renda e analisou como eles responderam a essa pergunta ao longo de várias décadas.

Os adultos em 2016 que estavam no decil superior da renda familiar (US$ 108.410 ou mais) tinham 5% mais chances de dizer que estavam “muito felizes” do que as pessoas no nono decil. O novo estudo não encontrou nenhuma evidência de que a felicidade diminua após um certo ponto de renda, embora não tenha estudado a renda no decil superior para verificar se a correlação felicidade-renda continuou a aumentar para aqueles que ganham mais de US$ 108.410.

Vínculo entre renda e felicidade se tornou mais forte

“O vínculo (entre renda e felicidade) é mais forte agora que nas décadas anteriores”, disse ao jornal The Washington Post Jean Twenge, acrescentando que a diminuição da felicidade entre pessoas de baixa renda pode ser resultado do aumento da desigualdade, disparada dos custos imobiliários e diminuição da capacidade de pagar pela educação.

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“O que você diz aos seus filhos quando tem desigualdade de renda é: ‘Você consegue fazer isso ou não, então é melhor fazer'”, disse Twenge.

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