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- Intitulada ‘Agenda ASG e o Mercado de Capitais - uma análise das iniciativas em andamento, desafios e oportunidades para futuras reflexões da CVM’, a pesquisa foi realizada entre 16 de novembro e 10 de dezembro de 2021, com 263 participantes
- Destes, 93,9% tinham algum conhecimento sobre o tema, sendo que 87% afirmaram ter um nível de conhecimento de médio a alto
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou nesta quinta-feira (26) um estudo sobre como os investidores brasileiros encaram a agenda ‘ASG’ (ou ESG, em inglês) nos investimentos. A sigla se refere a boas práticas ambientais, sociais e de governança das empresas.
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Intitulada ‘Agenda ASG e o Mercado de Capitais – uma análise das iniciativas em andamento, desafios e oportunidades para futuras reflexões da CVM’, a pesquisa foi realizada entre 16 de novembro e 10 de dezembro de 2021, com 263 participantes. Destes, 93,9% tinham algum conhecimento sobre o tema, sendo que 87% afirmaram ter um nível de conhecimento de médio a alto.
Por outro lado, entre os que conheciam o assunto, 64% consideravam as questões ESG para selecionar investimentos. Os outros 36% não consideravam os critérios de boas práticas e sustentabilidade para decidir aplicações, principalmente por falta de confiança nas informações divulgadas pelas empresas a respeito (39,3%) ou por dificuldade em obter esses dados (39,3%).
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Mesmo entre os investidores que consideram os critérios ESG para investir, a ausência de clareza dos conteúdos divulgados pelas companhias se destaca como um fator de preocupação.
As principais fontes de informação sobre boas práticas entre os investidores que utilizam ESG são os relatórios de sustentabilidade (72%). Ainda assim, a maioria desses investidores (75,3%) destacou que os emissores/participantes do mercado (empresas e fundos) não divulgam de forma adequada as informações a respeito dos riscos ambientais, sociais e de governança que possam afetar seus modelos de negócio.
Na pergunta aberta aos entrevistados sobre os principais desafios ou obstáculos enfrentados pelos investidores na escolha de investimentos ESG, os fatores apontados foram novamente relacionados à falta de transparência e confiabilidade em relação aos dados – o que alimenta desconfianças em relação ao que se chama de greenwashing, termo utilizado para definir empresas que tentam se passar por sustentáveis, mas que não o são.
Uma das medidas apontadas pelos investidores para melhorar esse quadro é a necessidade de padronização das informações ambientais, sociais e de governança. Além disso, os respondentes reafirmaram a importância de que a CVM faça um controle rígido das métricas divulgadas.
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“De acordo com os investidores isso facilitaria a análise e comparabilidade entre as organizações, aumentando a confiabilidade e transparência das informações divulgadas, além de, possivelmente, reduzir a assimetria de informação”, afirma a CVM, em relatório.
Parte dos investidores do varejo (78,7% das respostas) também salientou a falta de opções de ativos que atendam aos critérios ESG disponíveis para esse público.
O órgão regulador afirma estar em consonância com as iniciativas observadas no âmbito internacional, mas que o estudo traz subsídios para ações futuras no âmbito da regulação.
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