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Comportamento

Quanto o home office impacta o orçamento das empresas?

Especialista explica que o orçamento não se baseia apenas na estrutura física dela. Veja a simulação

Quanto o home office impacta o orçamento das empresas?
Para obter economia com o home office, a empresa precisa estruturar uma política inteligente de gestão de pessoas. (Fonte: Shutterstock)
  • O home office virou realidade para muitas empresas e gerou economia para as organizações quando se fala em estrutura física.
  • O orçamento empresarial não considera somente estrutura física, equipamentos e despesas rotineiras da organização.
  • O principal desafio orçamentário do home office é a compreensão de que existe uma gestão dos custos remotos para a empresa e que ter a equipe trabalhando em casa não é sinônimo de isenção de responsabilidades por parte do empregador.

Com a pandemia, o home office virou realidade para muitas empresas, gerando economia para as organizações quando se fala em estrutura física. Mas até que ponto isso é vantajoso?

Para entender melhor o impacto do home office no orçamento das empresas, o E-Investidor conversou com a especialista em gestão de empresas digitais Ellen Salomão, autora do livro Gestão digital.

O impacto financeiro do home office

Para a especialista, é preciso se atentar a aspectos que não estão tão óbvios nessa conta. Quando se fala em home office e orçamento, pensa-se na estrutura presencial que é economizada, como energia, água, internet e espaço físico que não será mais necessário. “Também precisamos analisar os impactos que as mudanças geram na produtividade dos colaboradores”, afirma Salomão.

Orçamento empresarial não é baseado somente na estrutura física. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Nessa linha, além de verificar o perfil dos funcionários e promover estratégias de adaptação para o novo cenário, a companhia deve prever ajustes estruturais para quem vai trabalhar de casa. Isso porque o orçamento empresarial não considera somente estrutura física, equipamentos e despesas rotineiras da organização, sendo fortemente determinado pelo fato de a equipe ter ou não a mesma estrutura em casa ou maturidade para realizar as entregas a distância, por exemplo.

“Só depois de verificar se todos se adaptaram a esse formato e se a produtividade continua é que o gestor pode analisar se o custo-benefício realmente está trazendo mais economia para a empresa”, afirma Salomão.

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A especialista lembra também que o home office foi promovido às pressas por causa da pandemia. Implementado por necessidade e sem planejamento em muitas organizações, acabou gerando gastos não previstos, como a compra de equipamentos, móveis e cadeiras para os colaboradores poderem atuar com um mínimo de estrutura em casa — e isso deve ser colocado na ponta do lápis.

Além disso, como naquele cenário de incertezas não se sabia em quanto tempo seria possível voltar aos escritórios, muitas organizações não abriram mão do espaço físico. Dessa forma, o aluguel continuou sendo uma despesa.

O home office diminuiu despesas físicas de empresas, como contas de água, luz e internet. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Para organizações que fecharam os escritórios e dispensaram o trabalho presencial, o home office diminuiu as contas físicas. Os custos com água, luz e internet, por exemplo, caíram para zero.

Salomão cita ainda o exemplo da estimativa de corte de custos feita pela Prefeitura de São Paulo, que optou pelo trabalho remoto para alguns servidores em funções administrativas. Segundo o levantamento, ao cortar custos com o aluguel de salas e escritórios, o município prevê economia de R$ 1 bilhão em sete anos.

Quanto uma empresa economiza com o home office?

Atendendo a um pedido do E-Investidor, a especialista simulou quanto uma empresa pode economizar com o home office. Salomão estimou despesas e receitas de uma microempresa paulistana, considerando a média de aluguel de uma sala comercial de 30 metros quadrados por R$ 1.370,40 por mês, de acordo com o Índice FipeZap Comercial. Há ainda os custos de condomínio, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), manutenção, contas de água, internet e luz.

Analisando todas essas despesas, dá para dizer que a economia média fica em torno de R$ 5 mil por mês. “Para uma microempresa, a economia faz muita diferença no orçamento. Os gastos fixos aumentam em empresas maiores, mas vale ressaltar que a economia será equivalente”, reforça a especialista.

O principal desafio orçamentário do home office é entender que existe a gestão dos custos remotos para a empresa. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Por outro lado, é importante prever a estrutura necessária para os profissionais trabalharem de casa. O principal desafio orçamentário do home office é entender que existe a gestão dos custos remotos para a empresa e que ter a equipe trabalhando a distância não é sinônimo de isenção de responsabilidades por parte do empregador.

“É como montar uma miniestação de trabalho na casa de cada colaborador”, argumenta Salomão. Ou seja, a empresa deve adequar a estrutura para o formato de home office e considerar todos esses gastos na hora de optar pelo modelo.

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