- Para Lima, existe a possibilidade de uma reforma tributária ainda esse ano
- Segundo o analista, não há expectativa de uma reforma administrativa ainda em 2023
- Para o analista, o governo hoje está mais forte do que ele estava antes das eleições
Segundo Mário Lima, analista de política e economia Medley Advisors, o governo está mais forte hoje, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do que antes, quando era comandado por Jair Messias Bolsonaro (PL).
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Durante uma live com o E-Investidor nesta sexta-feira (12), o analista destacou os acertos da equipe econômica do terceiro mandato de Lula. Segundo ele, a expectativa é de que o governo apresente medidas ainda em 2023 sobre um novo arcabouço fiscal e uma reforma tributária para o país.
“Nesses primeiros anos de governo, esperamos que seja feito um novo arcabouço fiscal e uma reforma tributária. A reforma tributária em si busca ser neutra em termos fiscais, que você pode ter uma perda de receita em um ou outro tributo ou ganho com outras cobranças”, disse.
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Lima ainda comentou sobre as medidas recentes de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, que, em curto prazo, podem reduzir o déficit nas contas causado pelo furo do Teto de Gastos no ano anterior.
“Eu diria que o governo ainda não dá sinais de resolver as dívidas. O que o Haddad apresentou é o como vamos diminuir o déficit nesse primeiro ano. Ela não resolve, mas mostra comprometimento, mas ainda tem a pedra da despesa”, disse Lima. “Uma reforma administrativa seria muito interessante, mas eu não consigo ver isso sendo feito, pelo menos não nesse primeiro ano.”
Durante a conversa, o especialista também recordou a instabilidade no mercado em função da invasão em Brasília na última semana, mas explicou que a reação da Bolsa não foi ruim, já que o mercado não acredita que a possibilidade de um golpe seja algo concreto.
O analista ainda completou dizendo que o governo atual está mais forte do que o anterior. “O que o investidor acha é que o risco de golpe é muito baixo. O que acontece é que o governo hoje está mais forte do que ele estava antes das eleições”, disse.
E as estatais?
Questionado durante a live sobre a situação das estatais na B3, o analista destacou que o primeiro trimestre de 2023 será marcado por mais volatilidade nesses ativos, com o governo tentando implantar medidas e o Congresso barrar algumas.
“Essa volatilidade vai perdurar um pouco mais. Não diria para vender ações de estatais, mas não falaria para aumentar muito sua posição”, completou.
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Confira a Live na íntegra: