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Comportamento

O que preço da fralda Pampers revela sobre as diferenças entre os países da União Europeia

Variações no valor de produtos idênticos mostram que as fronteiras continuam vivas

Por E-Investidor

28/08/2020 | 20:31 Atualização: 08/12/2023 | 17:36

Fralda Pampers à venda em comércio na Suíça (Foto: Arnd Wiegmann/Reuters)
Fralda Pampers à venda em comércio na Suíça (Foto: Arnd Wiegmann/Reuters)

(The Economist) – Pais de bebês recém-nascidos não costumam ter momentos de folga. Se forem europeus, no entanto, pode valer a pena dedicar alguns minutos a pesquisar preços de fraldas. No site da Amazon espanhola, três caixas gigantes de Pampers custam 168 euros. O mesmíssimo produto, na mesma quantidade, sai por 74 euros na Amazon britânica– e mesmo com o frete exorbitante, a economia em relação à Espanha ainda é de 42 euros.

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Privados de muitas horas de sono, esses pais podem estar grogues demais para calcular quanto economizariam num ano. Talvez seja o caso, portanto, de comprar uma nova máquina de café expresso. O modelo mais incrementado da Nespresso está anunciado a 460 euros na Amazon francesa, enquanto no site alemão da varejista pode ser encontrado por 301 euros.

Depois, seria possível se gabar de ter encontrado a melhor oferta pelo novo celular Samsung, cuja etiqueta varia em até 300 euros, dependendo do domínio de onde se acessa a Amazon.

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A União Europeia (EU) pode até ter um mercado comum, mas não há grande semelhança entre os preços praticados em diferentes países. Num contexto integrado, seria de se esperar que os valores ficassem mais ou menos alinhados com o passar do tempo.

Entretanto, esse processo empacou na Europa. Ainda existe uma distância considerável entre produtos iguais, mesmo entre as nações mais ricas. É uma tendência de longo prazo: desde 2008 os preços pararam de andar de mãos dadas.

Passos importantes para a integração, como a introdução da moeda comum, ajudaram a colocar os países no mesmo ritmo – mas iniciativas como essa são cada vez mais raras. Na Europa do leste, o aumento nos salários perdeu o impulso e a velocidade que já teve no passado.

Um grande naco da economia da União Europeia é composto por serviços, mais difíceis de serem comercializados entre fronteiras. Em alguns setores, o cenário ainda é dominado por empresas mal-acostumadas e mimadas. Não é incomum ver pessoas fazendo estoque de analgésicos na Holanda – onde eles podem ser comprados em qualquer supermercado – antes de tomar um trem para a Bélgica, onde as farmácias têm um monopólio e jogam os preços para cima.

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É claro que algumas divergências são inevitáveis. Uma loja no centro de Paris provavelmente vai cobrar mais por um determinado produto do que um hipermercado nos arredores de uma cidade de médio porte. Em alguns cenários, as divergências podem até ser necessárias numa região que abarca tanto a Alemanha (PIB per capta: 39.130,00 euros) quanto a Bulgária (8.237,00 euros).

Considerando que o varejo no bloco ainda é dominado por lojas físicas e seus respectivos sites, esses mercados teimam em permanecer nacionais, mesmo no universo do e-commerce. A vantagem? Uma variação de 20% nos preços de eletrônicos e de até 40% em peças de vestuário entre países, de acordo com um estudo.

Porém, no caso das fraldas – que podem ser compradas pela internet em qualquer lugar da Europa – essa inconsistência é particularmente estranha. A unidade oscila entre 11 e 61 centavos de euro, segundo uma pesquisa.

A revista The Economist usa o Big Mac para comparar o poder de compra das moedas do mundo. Num mercado comum, é possível aplicar um raciocínio semelhante – que poderia ser batizado de “índice Pampers”: uma medida aproximada mostrando em quais países o cidadão paga mais do que deveria.

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Livrar-se de tamanho desequilíbrio não é tarefa simples. As fronteiras têm um grande impacto no comércio exterior e continuam vivas na União Europeia.

Para a maioria das empresas, quase nada muda ao cruzar a divisa entre dois estados americanos. Entretanto, a linha que separa dois países europeus altera regimes jurídicos, idiomas e culturas de consumo. Para o consumidor, aliás, o processo também não é fácil. Uma coisa é usar o Google Tradutor para entender um artigo no jornal; outra bem diferente é descobrir o significado de zur kasse gehen antes de fechar uma compra de mil euros.

As autoridades europeias suspiram: poxa, os Estados Unidos são tão mais integrados. O resultado é que grandes varejistas on-line como a Amazon cobram exatamente o mesmo no Alabama e na Califórnia.

Já na União Europeia, até o frete flutua brutalmente – conforme pais espanhóis com algum discernimento já devem ter percebido. Comprar um produto num país onde ele é barato e enviá-lo para um país onde ele é caro costuma ser um processo lento ou de valor proibitivo – sobretudo quando o pacote é trambolhudo como uma caixa com várias embalagens de fraldas.

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Nos países pequenos, a situação é ainda pior. (Certa vez este correspondente da The Economist despachou a discografia completa dos Rolling Stones, em vinil, de Londres para Bruxelas, só para ajudar um amigo de uma nação do Báltico a evitar 110 euros de frete). Os fornecedores tampouco se sentem incentivados a resolver a questão, e os vendedores não gostam da ideia de que produtos de países baratos viagem para nações caras.

Mas a EU decidiu agir. Atualmente, os sites são proibidos de bloquear usuários de outros países sem uma justificativa convincente. Essa regra surgiu depois que as autoridades compraram uma briga com a Disney, diante da notícia de que a Disneyland de Paris barrava o acesso de consumidores de fora da França a ofertas e promoções.

Além disso, o mercado comum criou um banco de dados com as taxas cobradas pelas transportadoras que fazem as entregas, na esperança de que o e-commerce consulte a lista e ajude a empurrar os preços para baixo. As medidas parecem ter surtido efeito.

Em 2010, menos de um a cada dez cidadãos europeus tinha o hábito de comprar em sites de outros países. Em 2018, 28% já faziam isso. O bloco, contudo, poderia ir mais longe.

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Na verdade, em vez de facilitar a circulação de caminhões entre fronteiras, recentemente a UE restringiu as regras, numa tentativa de acalmar países da Europa Ocidental que reclamavam da concorrência desleal causada por diferenças na legislação trabalhista. Em resposta, estados do Leste Europeu acusaram as autoridades de protecionismo.

Em tempos de crise, pode parecer tacanho perder tempo discutindo assimetria de preços. A União Europeia atravessa a pior recessão de sua história. A pandemia trouxe à tona graves falhas na estrutura do bloco, e no momento a prioridade é resolver esses problemas.

Mas a EU sempre foi uma mistura de metas ambiciosas (paz continental) com coisas menores (voos baratos). Nos últimos tempos, os interesses geopolíticos do grupo parecem estar ocupando um bom tempo de seus líderes – mais do que temas pedestres como o comércio entre fronteiras.

O mercado comum, porém, não pode se tornar um filho esquecido pela integração europeia. O número registrado na etiqueta da fralda Pampers é tão importante quanto grandes decisões políticas.

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Os consumidores também precisam fazer sua parte. Há quem critique a UE por ser uma instituição excessivamente hierárquica, que confunde o eleitorado com projetos grandiosos mas não necessariamente desejados pela população.

A mudança pode estar em lugares inesperados. Cada país tem uma versão própria do que os britânicos chamam de “booze cruise”: uma excursão de turistas ingleses que invadem a França em busca de vinho por um preço mais camarada.

Moradores de Luxemburgo frequentam supermercados alemães em busca de pechinchas. E os suecos vão à Noruega comprar estoques de… fraldas baratas. Fazer isso pela internet representaria uma economia ainda maior, mas a maioria das pessoas não se dá ao trabalho de renovar hábitos.

A arbitragem on-line pode se tornar um improvável impulso para a integração europeia, só que esse movimento cabe aos cidadãos. É igual fralda em bumbum de bebê: algumas coisas vêm de baixo.

(Tradução: Beatriz Velloso)

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