- O UBS está contestando a multa de 4,5 bilhões de euros vinculada às acusações de que o credor suíço também ajudou clientes a lavar fundos por meio de contas numeradas e fundos que deveriam ter sido declarados aos fisco francês
- Jean-Frédéric de Leusse, CEO do UBS na França, não sabia dizer ao certo onde os documentos para abrir (a história aconteceu há 15 anos) a conta foram assinados - em Bordeaux ou em outro lugar
(Gaspard Sebag/WP Bloomberg) – A maneira como o UBS Group lidou com o caso de um cliente em potencial em Bordeaux que acabara de ganhar 26 milhões de euros (US$ 31 milhões) jogando na loteria incomodou um juiz de Paris que avaliava o recurso do banco contra o pagamento de uma multa recorde.
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O juiz Hervé Robert citou uma carta enviada por um banqueiro do UBS na Suíça, após uma reunião com o vencedor de um jogo de loteria em Bordeaux, fornecendo ao ganhador um número de conta na Suíça. Uma lei de 2003 proíbe banqueiros suíços do UBS de buscar novos clientes na França.
O UBS está contestando a multa de 4,5 bilhões de euros vinculada às acusações de que o credor suíço também ajudou clientes a lavar fundos por meio de contas numeradas e fundos que deveriam ter sido declarados aos fisco francês. Cinco ex-banqueiros do UBS também foram condenados em 2019.
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Jean-Frédéric de Leusse, CEO do UBS na França, não sabia dizer ao certo onde os documentos para abrir (a história aconteceu há 15 anos) a conta foram assinados – em Bordeaux ou em outro lugar – mas disse que foi o cliente em potencial que pediu para abrir uma conta na Suíça, além de uma na França.
“Não acho que isso se refira a uma situação ilegal”, disse de Leusse aos juízes no tribunal de apelações de Paris durante a semana final do julgamento. “Não acho que a lei exigisse a criação de duas reuniões distintas” para lidar com a abertura das contas na França e na Suíça.
Robert também disse que a carta listava as credenciais do banqueiro suíço do UBS no cabeçalho e as da unidade francesa no rodapé, acrescentando que considera “um dos documentos mais problemáticos” no caso.
De Leusse sugeriu que era “provavelmente um erro de impressão”. O UBS França foi acusado de servir como veículo para ajudar sua empresa-mãe a recrutar ilegalmente os endinheirados franceses.
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