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Comportamento

Tensão geopolítica não atrapalha aproximação entre Wall Street e China

Muitos estão atentos ao afastamento entre EUA e China, mas o mercado enxerga uma tendência de aproximação

Por E-Investidor

04/09/2020 | 19:53 Atualização: 08/12/2023 | 17:36

Os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) em encontro de líderes do G20 realizado em 2019 em Osaka (Japão) (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)
Os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) em encontro de líderes do G20 realizado em 2019 em Osaka (Japão) (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

(The Economist) – Quer um jeito garantido de levar um “não” na cara? Peça uma entrevista a qualquer banco ocidental sobre o impacto das tensões geopolíticas em suas estratégias de expansão na China. “É um assunto delicado”, explica uma instituição. “Não podemos correr o risco de ir parar num tweet do Trump”, justifica outra. A Economist tentou falar com 15 bancos, seguradoras e gestoras globais. Todas se recusaram a dar declarações – e só concordaram em se pronunciar de forma anônima.

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A timidez dos titãs do mundo financeiro, famosos pela arrogância, é reveladora. O tema em questão é território desconhecido e incerto. Durante anos, o governo americano negociou com autoridades chinesas a abertura do país ao capital estrangeiro e a China avançou a passos de lesma. De uma hora para outra, os papéis se inverteram. O governo Trump quer que as instituições financeiras internacionais se retirem do gigante asiático, enquanto a China tenta seduzi-las com oportunidades até pouco tempo inimagináveis.

A situação criou um descompasso entre as arenas política e financeira. Muitos observadores estão atentos ao afastamento entre Estados Unidos e China, mas os responsáveis por administrar os trilhões que circulam diariamente nos mercados globais enxergam uma tendência de aproximação.

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Só no semestre passado foram registrados os seguintes movimentos de bancos de investimento ou de varejo: Goldman Sachs e Morgan Stanley assumiram controle majoritário sobre seus braços de valores mobiliários na China; HSBC adquiriu controle total sobre seu negócio de seguros de vida no país; Citi recebeu uma cobiçada licença para atender investidores institucionais locais. Entre as gestoras, a BlackRock foi autorizada a vender fundos mútuos próprios por lá, e a Vanguard decidiu transferir sua sede asiática para Xangai.

O fluxo de dinheiro é ainda mais impressionante. Ao longo dos últimos 12 meses, cerca de US$ 200 bilhões saíram do exterior para entrar no mercado de capital chinês. No final de junho, a participação estrangeira sobre ações e títulos do país estava, respectivamente, 50% e 28% mais alta do que um ano antes. Em parte, isso reflete um movimento inevitável, causado pela entrada de ativos chineses em índices globais como aquele compilado pela MSCI.

Os gestores de fundos, que rastreiam constantemente esses índices, acabam alocando recursos de acordo com os pesos dados aos papéis que compõem o pacote. A questão, porém, é mais ampla. A China facilitou imensamente a entrada de forasteiros em seu mercado, e oferece um par de ingredientes que andam escassos no mundo atual: crescimento do PIB e taxas de juros maiores do que zero.

Embora muito se fale sobre uma nova guerra fria, existem dois motivos para crer que o melhor termo para descrever os laços financeiros entre Estados Unidos e China continuará sendo “aproximação”, e não “afastamento”.

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O primeiro motivo são as atitudes da China, que vem trilhando um caminho descrito pelo respeitado economista Yu Yongding como “estratégia de ligação” – ou a busca por estabelecer mais conexões com empresas estrangeiras. Desde o fim de 2019 o governo tem derrubado limites antes impostos à participação internacional em gestoras, empresas de valores mobiliários e seguradoras. Recentemente, as autoridades permitiram à MasterCard e à PayPal entrar no setor de meios de pagamento, e aumentaram o número de companhias chinesas avaliadas por agências internacionais de classificação de risco.

Mesmo sem a tal estratégia de ligação, a China tem grandes incentivos para abrir ainda mais o sistema financeiro. Ao longo da última década, seu superávit em conta corrente passou a representar uma porcentagem cada vez menor do PIB (embora este ano essa proporção vá disparar, impulsionada pelos efeitos da pandemia).

Isso pressiona a nação a trabalhar para atrair mais capital. Ao mesmo tempo, autoridades reformistas defendem mais participação externa no sistema financeiro. Zhou Xiaochuan, por exemplo, ex-presidente do banco central chinês, afirma que a indústria financeira local pode se beneficiar de um aumento na concorrência – assim como a chegada de fábricas internacionais ajudou a manufatura local a atingir um novo patamar de qualidade. Os reguladores desejam também que as empresas obtenham mais capital emitindo títulos e ações – e, consequentemente, reduzindo a dependência do crédito bancário.

O relaxamento das regras chinesas caminha de mãos dadas com o segundo motivo: o interesse das empresas estrangeiras. O mercado chinês é grande demais para ser ignorado. Os recursos de clientes do varejo disponíveis para investimento devem saltar de US$ 24 trilhões em 2018 para US$ 41 trilhões em 2023, conforme cálculos da consultoria Oliver Wyman. O cenário é atraente, e mesmo assim existem poucas gestoras sofisticadas e globais operando na China hoje.

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Nessa altura, as instituições externas já aprenderam que a simples escala da economia não é garantia certa de negócios. No início dos anos 2000, o país começou a abrir os bancos de varejo para marcas internacionais. Mas sua participação de mercado, que sempre foi minúscula, diminuiu com o tempo, e hoje equivale a apenas 1% dos ativos domésticos. No filme chinês, os bancos internacionais são meros coadjuvantes.

No entanto, os forasteiros podem se sair melhor em searas recém-abertas para eles. Nenhum banco global consegue competir por depósitos contra concorrentes do calibre do Banco Comercial da China, que conta com 15.700 agências. Entretanto, para os bancos de investimento o sucesso está mais atrelado à experiência do que à dimensão. Será que aquele consultor é capaz de estruturar uma aquisição em outro país? Será que o gestor consegue oferecer o swap correto de taxas de juros para proteger contra o risco cambial? “As empresas estrangeiras podem ter vantagem em áreas como essas”, diz Mark Austen, diretor da Asia Securities Industry and Financial Markets Association (associação asiática de valores mobiliários e mercado financeiro, grupo que representa várias grandes instituições do setor).

Não que a China vá facilitar. A aprovação concedida à BlackRock para tocar uma gestora de fundos no país deixou claro os obstáculos enfrentados pelas empresas. Ao contrário de aprovações anteriores, que beneficiaram companhias locais, desta vez o órgão regulador acrescentou uma condição: seria preciso aderir à lei local de segurança na internet. Isso significa que a BlackRock terá de armazenar os dados de seus clientes dentro da China e as autoridades poderão solicitar acesso às informações – o que provavelmente vai obrigar a gestora a ter um sistema específico, separado do resto do mundo.

Além disso, companhias estrangeiras se veem diante da possibilidade de uma batalha sangrenta com as concorrentes domésticas, num campo de batalha que favorece os times da casa. “É claro que eles nunca vão aceitar totalmente a nossa entrada e a derrocada de empresas locais”, afirma um banqueiro.

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As estatais vão continuar reservando os contratos mais suculentos para os bancos chineses. O governo está estruturando fusões para criar o que chama de “banco de investimentos porta-aviões”, uma instituição capaz de assustar os recém-chegados. E as gestoras internacionais não terão muita escolha a não ser distribuir seus produtos por meio de bancos e plataformas tecnológicas nacionais.

Chantal Grinderslev, fundadora da consultoria Majtildig, com sede em Xangai, enxerga uma divisão entre empresas externas interessadas em investir na China a longo prazo e outras menos pacientes.“Quem quiser dar lucro em três anos ou menos deve procurar outra freguesia”, alerta. Ela ressalta que o JP Morgan se prepara para desembolsar US$ 1 bilhão para comprar seu parceiro chinês de gestão de ativos – ágio de 50% em relação ao valor de mercado da empresa. A operação vai sair caro, o que demonstra o peso das fichas apostadas por Jamie Dimon, chefão do banco, no país. “Ele quer construir um negócio de verdade”, afirma Chantal.

Sobre essas decisões corporativas, paira a disputa política entre Estados Unidos e China. O CEO da filial local de um grande banco americano revela: “o pessoal da sede nos pediu projeções otimistas, realistas e pessimistas. Me deu vontade de rir, porque nem vale a pena considerar a hipótese de que as coisas vão melhorar. Trata-se de uma situação binária: ou a gente continua na China ou a gente sai”. Até o momento, o pêndulo sem dúvida cai para o lado “ficar na China”. As medidas financeiras adotadas pelos americanos contra os chineses podem até ter jogado areia na engrenagem – mas ela continua girando.

Para os Estados Unidos, o maior prejuízo seria pago pelo próprio país. Deixar os dólares fora da China seria ruim não apenas para os bancos chineses, mas também para empresas com negócios por lá, que representam mais de um décimo das exportações mundiais. Esse cenário poderia conduzir ao colapso do comércio mundial, a rupturas na cadeia de fornecimento e até a um aprofundamento da recessão global.

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Os legisladores americanos têm de avaliar essas consequências, e o argumento favorece a estratégia de ligação descrita por Yu Yongding. “A única opção é ampliar, e não reduzir a troca”, acredita Larry Hu, diretor do setor de economia chinesa do Macquarie Group em Hong Kong. “É preciso criar uma situação na qual a outra parte tenha mais a perder”. Por mais estranho que possa parecer, isso é música para os ouvidos dos estrangeiros que trabalham no mercado financeiro chinês.

(Tradução: Beatriz Velloso)

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