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- Diante do atual cenário, será que os amantes de vinhos conseguirão economizar na aquisição de rótulos? Para especialistas ouvidos pelo E-Investidor, isso será possível desde que haja uma boa pesquisa antes de sair às compras
- Para fechar um bom negócio, os especialistas recomendam observar os preços praticados antes da Black Friday, a reputação dos vendedores, entre outros fatores
- Vicente Jorge, sommelier brasileiro que viaja pelo mundo em busca de vinhos a serem importados para o Brasil, também lembra que é preciso se atentar às informações dos rótulos
(Isaac de Oliveira, especial para o E-Investidor) – Mais uma Black Friday se aproxima, trazendo para os consumidores a expectativa da tradicional oferta de produtos e serviços com super descontos. Quando aliamos isso às festas de fim de ano, a certeza é a de começar os preparativos quanto antes e economizar.
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Diante do atual cenário, será que os amantes de vinhos conseguirão economizar na aquisição de rótulos? Para especialistas ouvidos pelo E-Investidor, isso será possível desde que haja uma boa pesquisa antes de sair às compras.
Para fechar um bom negócio, os especialistas recomendam observar os preços praticados antes da Black Friday, a reputação dos vendedores, o valor do frete e de outras taxas, além de informações sobre os vinhos, como vinícola e safra.
Black Friday e vinhos em 2022
O apetite dos brasileiros para comprar em 2022 existe. Além da própria força já existente no período da Black Friday, a Copa do Mundo promete agitar um pouco mais as coisas – de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google, 71% dos entrevistados disseram que pretendem gastar no período.
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O crescimento das vendas online visto em 2021 deverá se manter neste ano, conforme um estudo divulgado pela HostGator.
A plataforma estima que as vendas podem chegar a R$ 4,5 bilhões no período, com um ticket médio de R$ 460 por comprador. Um dos setores que pode encabeçar essas vendas segundo o levantamento é o alimentício, fazendo dessa uma boa Black Friday para vinhos.
Felipe Galtaroça, CEO da Ideal Consulting, diz que, assim como em outros setores, o nicho de vinhos tem na Black Friday uma oportunidade de reduzir estoque, tanto de empresas importadoras como produtoras.
“Tivemos alta na comercialização durante a pandemia. Com a retomada das atividades presenciais, há uma desaceleração desse consumo e isso provoca um volume maior de estoque no mercado”, diz ele.
Montando uma reserva para brindar sossegado
Para aqueles que estão procurando expandir a adega particular ou garantir um vinho para as festas de fim de ano, o período da Black Friday costuma oferecer boas oportunidades.
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Carlos Duarte, planejador financeiro CFP pela Planejar, diz que os vinhos podem ser adquiridos com um orçamento já pré-estabelecido para essa finalidade. O ideal seria já ter montado uma reserva, com aportes mensais de 5% a 7,5% do orçamento pessoal para a compra das bebidas.
Para quem não se preparou, uma possibilidade é a compra parcelada no cartão de crédito.
Se o consumidor já tem um orçamento para a compra de bebidas das comemorações de final de ano, como Natal e Réveillon, também seria possível se antecipar para garantir os descontos. “De repente, é possível comprar a mesma quantidade por preços menores e até sobrar algum recurso para adquirir um rótulo que deseja”, diz Duarte.
Cuidados antes de fechar a compra
Outro ponto a se considerar é fazer uma lista de desejos, com os rótulos, as vinícolas e as safras tão sonhadas.
Com a lista em mãos, deve-se pesquisar o preço atual para que, no momento em que surgirem as ofertas de Black Friday, se possa ter uma noção real se o desconto existe.
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A reputação do site ou da plataforma que vende os vinhos é outro ponto de alerta.
A dica do planejador é verificar, por exemplo, informações e relatos sobre o cumprimento do prazo de entrega, se os produtos entregues não estão danificados por mau armazenamento.
Vicente Jorge, sommelier brasileiro que viaja pelo mundo em busca de vinhos a serem importados para o Brasil, também lembra que é preciso se atentar às informações dos rótulos. “Veja a ficha técnica desse vinho, quem o produz, de qual vinícola que é. Se tiver um nome que você nunca viu na vida, não vale muito a pena”, diz.
Segundo o sommelier, neste período é comum a entrada no mercado de rótulos criados apenas para esse período e que não vêm de vinícolas, mas de empresas engarrafadoras, e a qualidade do produto não seria a mesma.
Fuja de promoções absurdas
“Se você está acostumado a comprar um vinho o ano inteiro por R$ 150 e ele está sendo vendido por R$ 120, esse é um desconto bacana de Black Friday. Mas não ache que você vai pagar por este mesmo vinho R$ 70 ou R$ 50, porque, se estiver neste preço, está acontecendo alguma coisa de errado”, ressalta Jorge. Dessa forma, fique de olho para fugir de golpes.
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Pela sua experiência negociando com vinícolas de diversos países, o sommelier diz que os descontos possíveis para os rótulos mais comercializados no Brasil são de até 30%.
Acima disso, as importadoras estariam tendo prejuízo. “Vinhos de até R$ 500, vai ter desconto de no máximo 20% a 25%, que é uma margem de importadora”.
Duarte, da Planejar, reforça a recomendação de desconfiar de super promoções. “Vinho advém de um negócio caro. A produção, o armazenamento e o transporte são caros. Se tiver uma promoção muito grande e você não conhece o fornecedor, tome muito cuidado, pesquise ainda mais sobre a reputação dele, porque pode estar correndo risco de fraude ou de o produto ser objeto de desvio ou de mau acondicionamento”, alerta.