Comportamento

WhatsApp libera pagamentos pelo app; como evitar golpes

Lançamento de opção de pagamentos por meio do aplicativo pode gerar receios

WhatsApp libera pagamentos pelo app; como evitar golpes
Identificar e evitar cair em golpes é possível. Entenda como. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

O WhatsApp liberou nesta terça-feira (11) a funcionalidade de pagamentos de pessoas a empresas por meio do próprio aplicativo. Com o novo serviço, os consumidores podem utilizar cartões de crédito, de débito ou pré-pagos.

Segundo o Meta, dono do aplicativo, as novas mudanças não devem gerar problemas de segurança. Ao Broadcast, Guilherme Horn, chefe do WhatsApp na América Latina, disse que “não fica nenhum dado no celular, é tudo tokenizado pelas bandeiras”. A empresa diz que os métodos de segurança são similares aos de outras formas de pagamentos via cartão.

“É uma transação tokenizada, no qual o cliente coloca o cartão dentro da solução e esse número é transformado em um número que só pode ser utilizado dentro da solução. Então ele tem toda a segurança de uma transação tokenizada”, aponta o vice-presidente sênior de produtos e soluções da Mastercard, Leonardo Linares.

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Mas a ampliação dos serviços de pagamento oferecidas pela empresa podem gerar receio em usuários. Mesmo que sejam seguras, pode haver preocupação na confusão entre os métodos oficiais do aplicativo de mensagens e possíveis golpes.

Segundo a empresa de segurança digital Kaspersky, o Brasil foi o líder mundial em ataques de phishing — técnica de fraude eletrônica para conseguir informações confidenciais de terceiros — por meio do WhatsApp.

Diante desse cenário, usuários devem se atentar aos riscos e saber quais comportamentos são suspeitos e o que evitar. Confira as dicas.

Reconheça golpes

Golpes podem ser rebuscados e levar a confusões. Mas, na maioria das vezes, há possibilidade de identificá-los e evitar prejuízos financeiros.

A Serasa explica que uma forma comum de abordagem de golpistas é por meio da duplicação de identidade. Nessas ocasiões, quem tenta aplicar o golpe conseguiu ter acesso a algumas informações de um determinado perfil, como sua foto, descrição e lista de contatos. Em posse delas, ele cria um perfil no WhatsApp quase idêntico ao da pessoa.

Com acesso à lista de contatos do dono do perfil, os criminosos enviam mensagens se passando por ele para familiares, amigos ou colegas de trabalho, por exemplo, afirmando uma troca de número e solicitando dinheiro sob alguma justificativa — que às vezes pode parecer convincente.

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Esse contexto de ações e diálogos são um indicativo de que algo pode estar errado. Para confirmar, uma boa alternativa é entrar em contato com o número antigo, seja por ligação ou nova mensagem.

As coisas se complicam um pouco quando o WhatsApp é clonado. Nessas ocasiões, aponta o Serasa, uma pessoa pode receber, por exemplo, um link malicioso ou uma ligação por telefone.

“A conversa pode envolver a oferta de um produto, de um prêmio ou apenas uma confirmação de cadastro. Funciona assim: o criminoso vai solicitar um código de confirmação enviado por SMS, e esses números permitem ao estelionatário sequestrar a conta de WhatsApp”, aponta a Serasa.

Com posse do acesso ao WhatsApp, o golpista não precisa simular que é a pessoa. Ele passa a poder utilizar a sua conta, então os contatos recebem a mensagem pelo mesmo histórico que já possuía com a pessoa.

Nesses casos, uma alternativa é fazer uma ligação comum — não pelo WhatsApp — para a pessoa que se suspeita que tenha sido clonada.

Como evitar ter o perfil invadido

Além de saber como evitar cair em golpes de WhatsApp, conhecer métodos para evitar que o perfil seja usado para esse fim também pode ser uma alternativa.

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Primeiro, sempre desconfie de links suspeitos, mesmo que eles venham de pessoas conhecidas. Ele pode estar sendo enviado por meio de um vírus ou mesmo alguém com o perfil clonado. O mesmo vale para ligações, SMS pedindo resposta ou qualquer outro compartilhamento de dado sugerido em outros meios.

No caso de links, tente confirmar se o endereço recebido é o mesmo do site oficial da empresa. Para ligações, os golpistas muitas vezes vão se passar por bancos, empresas de água, luz, internet ou mesmo varejistas e empresas de prêmios. Procurar pelos canais de contato da empresa em que a pessoa que fez a ligação diz ser representante é uma boa alternativa.

Segundo a Serasa, uma importante ferramenta de segurança é ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp, além de sempre manter senhas fortes e complexas. Trocar essas senhas por mensagens ou mantê-las no celular deve ser evitado.

Também é importante não compartilhar com desconhecidos senhas, os números de confirmação em duas etapas ou códigos de resgate enviados por aplicativos por meio de SMS.

A Serasa recomenda que em qualquer caso de golpe utilizando sua identidade no WhatsApp, é preciso fazer um boletim de ocorrência e entra em contato com o suporte da empresa para reaver a conta e bloquear o usuário. Indique que amigos e familiares abordados pelo golpista também o denunciem por meio do aplicativo.

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