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Bitcoin alcança a temida “Cruz da Morte” e põe investidor em alerta. Entenda

Analistas explicam por que temem a marca e dizem o que o investidor deve fazer; cripto não alcança os US$ 30 mil

Bitcoin alcança a temida “Cruz da Morte” e põe investidor em alerta. Entenda
O bitcoin é a criptomoeda com o maior valor de mercado (Foto: Envato Elements)
  • Segundo analistas, o evento "Cruz da Morte" acontece quando a média móvel dos 50 dias fica abaixo da média móvel dos 200 dias
  • Quando esse "encontro" acontece, a probabilidade de uma tendência de quedas mais acentuadas aumenta

O bitcoin (BTC) não consegue alcançar os US$ 30 mil desde o dia 23 de julho e a dúvida sobre uma recuperação nas próximas semanas ainda atormenta os investidores. Na manhã desta sexta-feira (8), a maior criptomoeda em valor de mercado estava sendo negociada a US$ 25,9 mil ao registrar uma valorização de 1% nas últimas 24h. O fôlego não foi o suficiente para gerar ânimo, porque o preço do BTC atingiu um indicador técnico conhecido como “Cruz da Morte”. 

Segundo Günay Caymaz, analista do Investing.com, os traders de cripto costumam observar duas médias móveis para a tomada de decisão de investimento: a média móvel (MM) dos 50 dias e a média móvel (MM) de 200 dias. Quando a média móvel de curto prazo (50 dias) fica abaixo da média móvel de longo prazo (200 dias), os especialistas afirmam que a perspectiva de uma rentabilidade atrativa se torna incerta. Por isso, denominam esse evento como de “Cruz da Morte”.

O temido movimento já se concretizou nesta sexta-feira (8). Segundo dados do Investing.com, a atual MM dos 50 dias é de US$ 25.897, enquanto a MM dos 200 dias ficou em US$ 25.913. A diferença, mesmo que pequena, traz um alerta para os analistas sobre uma eventual desvalorização acentuada nas próximas semanas. “Com base em dados históricos em uma possível transição, pode-se pensar que a probabilidade de o preço do Bitcoin cair ainda mais aumentará”, diz Caymaz.

O cenário atual se deve ao contexto macroeconômico, que ainda segue desafiador com a política de aperto monetário nos mercados globais, especialmente a dos Estados Unidos. “O ambiente de juros elevados e um desincentivo para a exposição a risco continua a resultar em baixos volumes de negociação em cripto ativos, principalmente no mercado spot (à vista)”, diz Luísa Pires, head de criptoativos da Levante. 

No entanto, nem sempre a tendência de queda se concretiza quando o BTC alcança o patamar da “Cruz da Morte”. Pires conta que em março de 2020 e junho de 2021, quando houve o registro deste evento no mercado, o BTC apresentou uma alta de 35,5% e de 33,1%, respectivamente, no acumulado de três meses.

Veja a performance do BTC após a “Cruz da Morte”

Data da Cruz da Morte Performance em 3 meses consecutivos Performance em 6 meses consecutivos
28/09/2011 -12,10% 0,4%
07/04/2014 39,20% -24,6%
04/09/2014 -24,20% -44,2%
14/09/2015 91,30% 80%
30/03/2018 -6,50% -3,9%
26/09/2019 -7,20% -16,8%
26/03/2020 35,50% 58,9%
19/06/2021 33,10% 31,6%
14/01/2022 -7,20% -52,2%
Fonte: Levante Crypto

O que os investidores devem fazer?

A tendência de queda no curto prazo para o BTC não afeta os fundamentos de investimento da criptomoeda. Segundo Luísa Pires, head de criptoativos da Levante, há um otimismo geral para o setor com a previsão de eventos importantes para o bitcoin no próximo ano e a perspectiva de melhora no cenário macroeconômico.

“O ano de 2024 aparenta exercer o alinhamento entre grandes eventos benéficos para o bitcoin, sendo eles a inversão da política monetária global, a viabilização da entrada de capital institucional por meio dos ETFs (fundo que busca retorno semelhante a um índice de referência) e o próprio halving (redução planejada de recompensa aos mineradores) do bitcoin”, diz Pires. A concretização desses eventos deve levar o patamar de preço da moeda, tornando a atual faixa de preço uma oportunidade de entrada para os investidores com perspectiva de longo prazo. 

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No curto prazo, as perspectivas não são boas. “Não há nenhuma sinalização que aponte que há uma oportunidade no curto prazo. A grande maioria das criptomoedas não performou bem neste ano e, no curto prazo, estamos com um volume baixo de liquidez”, diz Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move.

Pela manhã, por volta das 11h, o BTC apresentou uma alta de 1%. Já durante a tarde, às 14h30, ficou estável com uma leve desvalorização de 0,09%. A tendência de queda também esteve presente no ether, criptomoeda da rede ethereum. No mesmo intervalo de tempo, o ativo caiu 0,27%, sendo negociado a US$ 1,6 mil.

Veja a performance das principais criptomoedas às 14h30

Ativo Ticker Cotação Variação em 24h Variação dos últimos 7 dias
Bitcoin BTC USD 25.808,53 ▼ 0,09% ▲ 1,49%
Ethereum ETH USD 1.627,94 ▼ 0,27% ▲ 1,37%
Tether USDt USDT USD 1,00 ▲ 0,03% ▲ 0,0%
BNB BNB USD 214,07 ▼ 0,34% ▲ 0,93%
XRP XRP USD 0,50 ▲ 0,32% ▲ 1,71%
Fonte: Portal do Bitcoin

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