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Leilão de NFTs vai destinar valores arrecadados para terra indígena

Mais de 95% dos ganhos serão destinados à conservação de uma área de 13 mil hectares de floresta

Leilão de NFTs vai destinar valores arrecadados para terra indígena
Foto Liberdade de Sentir, da ativista indígena Walelasoepilemãn Suruí (Pí Suruí), faz parte do Leilão (Foto: Pí Suruí)
  • O projeto é liderado pelo povo Paiter Suruí e pela Associação Metareilá, da Terra Indígena Sete de Setembro, localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso
  • Estão disponíveis no leilão 12 obras, entre fotografias, desenhos e colagens de artistas indígenas

Começou na quarta-feira (26) o leilão ‘NTFs de Impacto’, parceria do Mercado Bitcoin com a Tropix, que vai reverter 95,5% da venda dos criptoativos à causa indígena no País. O projeto é liderado pelo povo Paiter Suruí e pela Associação Metareilá, da Terra Indígena Sete de Setembro, localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.

Estão disponíveis no leilão 12 obras dos artistas Paula Klien, Denilson Baniwa, Moara Tupinambá, Walelasoepilemãn Suruí, Renata Tupinambá, Marcos Vinícius Rego Barbosa, Sallisa Rosa e Nelson Porto. Os valores mínimos vão de R$ 100 a R$ 5.000. São fotografias, desenhos e colagens de artistas indígenas de diferentes povos, cada um com suas expressões da realidade na floresta.

O valor arrecadado no leilão dos tokens vai ser destinado à conservação de uma área de 13 mil hectares de floresta no território da terra indígena, ameaçado por invasões, extração ilegal de madeira e desmatamento. Para isso, equipamentos de GPS e fotografia financiados pelo leilão vão percorrer a área, emitindo alertas para as autoridades se identificarem qualquer irregularidade ou ameaça.

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Ao promover a proteção ambiental, a iniciativa também quer evitar a emissão de cerca de 7 milhões de toneladas de CO2 até 2038.

Para o Cacique Almir Suruí, representante do povo Paiter Suruí e Cacique Geral da Terra Sete de Setembro, os instrumentos tecnológicos do projeto mostram a importância da solidariedade para a autonomia de um povo. “Vai ajudar a continuarmos protegendo e preservando nosso território, nossa cultura, e assim contribuir com o meio ambiente para o equilíbrio climático e econômico”, afirmou em comunicado.

A atuação das lideranças indígenas na defesa do território Paiter Suruí já tinha destaque internacional: o Cacique Almir Suruí foi nomeado “herói da floresta” pela ONU em 2013. Sua filha é Txaí Suruí, a jovem ativista na luta dos povos originários que discursou na abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) no final de 2021.

Os interessados em participar têm até o dia 15 de fevereiro para dar lances na plataforma do Mercado Bitcoin, onde é necessário criar uma conta para adquirir as NTFs.

Aproximação da pauta ESG

A iniciativa faz parte de um movimento do Mercado Bitcoin de compensar a emissão de gases poluentes dentro do mercado de NTFs – os tokens não fungíveis, endereçados em blockchain. O projeto NTFs de Impacto, parceria com a plataforma de criptoarte Tropix, quer incluir artistas racializados no mercado e levantar a pauta do carbono zero.

“Estamos apostando na possibilidade do mercado de NFTs se converter em uma oportunidade de renovação para o financiamento filantrópico e de impacto no Brasil. A compra de NFTs de Impacto é também um caminho importante para que o setor cripto realize seu potencial de impacto ESG”, diz Iara Vicente, CEO da Nossa Terra Firme, empresa de consultoria envolvida no projeto.

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