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- A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode reduzir as bandeiras tarifárias em até 36,9%, seguindo proposta da área técnica da instituição
- As bandeiras tarifárias são os valores cobrados adicionalmente à conta de luz e variam de acordo com as condições de geração de energia no País
- Segundo os planejadores financeiros, a alocação de recursos extra provenientes da economia nas contas sempre depende de qual é a situação financeira atual da pessoa
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode reduzir as bandeiras tarifárias em até 36,9%, seguindo proposta da área técnica da instituição. A sugestão está em nota técnica que embasa o voto a ser apresentado pelo relator do processo, diretor Fernando Mosna. Segundo apurou o Broadcast Energia, Mosna deve seguir a recomendação feita pela equipe.
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As bandeiras tarifárias são os valores cobrados adicionalmente à conta de luz e variam de acordo com as condições de geração de energia no País.
A bandeira verde, por exemplo, representa o cenário de geração de energia mais favorável e nenhuma tarifa é adicionada à conta. Por outro lado, a bandeira vermelha patamar 2, aplicada quando as condições de geração de energia estão mais custosas, representam uma tarifa adicional de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Segundo o Estadão, a nota técnica que embasou o voto de Mosna prevê uma redução de 36,9% para a bandeira amarela, passando de R$ 2,989 para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Já a bandeira vermelha 1 passaria de R$ 6,500 para R$ 4,463, uma redução de 31,3%. E a bandeira vermelha 2 de R$ 9,795 para R$ 7,877, uma diferença de 19,6%. Os percentuais podem ser alterados após análise das contribuições encaminhadas à Aneel durante a consulta pública.
Como aproveitar uma redução inesperada no custo de vida
Caso aprovada, a proposta reduz os custos com energia elétrica para a população, mesmo quando as condições de geração de energia estão acima da bandeira verde. A boa notícia pode ser uma oportunidade para organizar a vida financeira.
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Segundo Hugo Ferraz, planejador financeiro CFP pela Planejar, pessoas que possuem um déficit orçamentário mensal podem aproveitar a redução de custos para eliminar suas dívidas e, caso o orçamento esteja superavitário — com dinheiro sobrando no fim do mês —, os valores reduzidos de custo de vida podem ajudar a turbinar a poupança.
Para descobrir se a atual situação financeira está gerando déficit ou superávit, o cidadão deve possuir um bom planejamento financeiro mensal, anotando todas as suas despesas mensais. O planejamento dos gastos futuros também contribui para manter as contas em dia.
Assim, uma redução nos custos de vida pode representar uma oportunidade para que a pessoa cumpra seus objetivos pessoais. “Evite compras por impulsos, defina um objetivo claro de quanto deseja atingir poupando determinado valor por mês, automatize o investimento para que seja feito assim que receber os recursos”, indica Rafael Santos Carvalho, planejador financeiro CFP e assessor da Blue3 Investimentos.
Onde alocar os valores adicionais
Segundo especialistas procurados pelo E-Investidor, a alocação do recurso economizado dependerá sempre de qual é a situação financeira atual da pessoa que se beneficiou dessa diminuição no valor das contas.
Para quem ainda não possui uma reserva de emergência ou precisa completá-la, a indicação costuma ser focar nesse investimento. O valor serve para lidar com imprevistos na vida financeira e deve ser o equivalente a cerca de seis meses somados das despesas atuais da pessoa. “Ter uma reserva de emergência é muito importante para eventualidades, como a perda do emprego”, diz Ferraz.
Para uma reserva de emergência, os especialistas recomendam que o dinheiro seja aplicado em investimentos com boa liquidez (facilidade de transformar o ativo em dinheiro) e baixo risco, como poupança, Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
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Mas nem sempre a reserva de emergência é prioridade. Pessoas que possuem contas atrasadas devem sempre preferir sanar essa dívida. “A prioridade deve ser pagar contas atrasadas sempre, caso tenha”, aponta Carvalho. “Se a pessoa possui dívidas que são consideráveis saudáveis, pois cabem no orçamento e não possuem taxa de juros abusiva, pode usar essa sobra para investir si mesma, seja para criar uma reserva de emergência ou investir em educação”, aponta.