O que este conteúdo fez por você?
- Praticamente todos os produtos relacionados à Copa tiveram o aumento de 15% a 100% em comparação a 2018
- Uma nova TV custa, em média, 17% a mais do que na Copa da Rússia
- A camisa oficial da seleção brasileira custa R$ 349,99, 40% acima do valor pago em 2018
A Copa do Mundo no Catar pode trazer algumas complicações para os torcedores no mês de novembro, de acordo com levantamento da XP Investimentos. Praticamente todos os produtos relacionados ao evento tiveram aumento de 15% a 100% em comparação à Copa da Rússia, que ocorreu em 2018.
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Os preços dos pacotes de figurinha aumentaram 100% em relação ao período do último mundial. Já o valor do álbum subiu 16,5%, a cerveja 18,4% e a carne para churrasco 79%, em média.
Quem quiser ver os jogos em um bar terá que gastar 15% a mais para comprar cerveja e 20% a mais para água e refrigerante. “A inflação é levemente menor em comparação à compra no supermercado, mas vale lembrar que, na média, consumir fora do domicílio é 15% mais caro”, lembra a economista Tatiana Nogueira, responsável pelo levantamento.
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Caso o brasileiro queira uma nova TV maior e melhor para acompanhar os jogos, terá que desembolsar em média 17% a mais do que na copa anterior. Nogueira afirma que este é o único item da lista a registrar quedas consistentes de preço desde 2006, por conta dos ganhos de produtividade e mudança rápida na tecnologia. “Com os efeitos da pandemia, porém, o aumento da demanda e o setor severamente impactado pela disrupção da cadeia global de suprimentos, os preços passaram a subir”, explica.
Quem quiser adquirir uma camisa oficial da seleção brasileira precisa desembolsar R$ 349,99, preço do site oficial da Nike, 40% acima do valor pago pelo mesmo produto em 2018, e bem acima da inflação acumulada no período (26,8%).
“Em relação a isso, é importante lembrar que o setor de vestuário vem batendo seus recordes para variação em 12 meses – a maior desde 1995, em meio ao Plano Real – e chegou a alcançar 16,66% em julho em decorrência de dois fatores: desajustes nas cadeias que fornecem matéria prima para o setor, forçando o repasse do aumento de custos para os consumidores e retomada do consumo com a reabertura da economia em meio ao motivo anterior. Por fim, o aumento e volatilidade do câmbio tem parte nisso, dado que o produto é tabelado (tem o mesmo valor em dólares para todo o mundo)”, ressalta Nogueira.