- As operações do programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil têm início nesta segunda-feira (17) e prometem ajudar cerca de 30 milhões de brasileiros com a medida
- Na avaliação de especialistas em educação financeira, os consumidores devem aproveitar a oportunidade para organizar as finanças pessoais
As operações do programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil têm início nesta segunda-feira (17) e prometem ajudar cerca de 30 milhões de brasileiros com a medida.
Leia também
Na avaliação de especialistas em educação financeira, os consumidores devem aproveitar a oportunidade para organizar as finanças pessoais.
O primeiro passo a ser feito, na avaliação de Fernando Bueno, especialista em investimentos da Ágora, é optar por uma parcela de renegociação que não pese no orçamento da pessoa. Segundo ele, a tentativa de manter as contas no azul pode ser em vão sem essa análise. “Não adianta entrar em renegociação que a pessoa não consiga pagar para que não vire outra bola de neve”, diz Bueno.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Os consumidores precisam adotar um planejamento financeiro, no qual possa anotar as suas receitas mensais, os custos fixos e as despesas variáveis. O exercício serve para que o consumidor tenha o controle do próprio orçamento. “Dentro dos custos fixos mensais, deve entrar a parcela fixa da renegociação. Dessa forma, as pessoas vão conseguir incluir no orçamento esses valores e não irão se endividar novamente”, diz Daniel Carraretto, educador financeiro e criador do canal Meu Dinheiro Ativo, no Youtube.
Essa organização pode ser feita por meio do método 50, 30 e 20 que consiste em destinar 50% dos recursos para o pagamento de dívidas essenciais, 30% para os gastos variáveis e 20% para a construção da reserva de emergência. “Isso evita que atrasem a dívida por desorganização financeira ou façam mais dívidas por falta de organização financeira”, ressalta Carraretto.
Segundo o Ministério da Fazenda, poderão participar do programa apenas aqueles que possuem dívidas inscritas em cadastros de inadimplentes, fornecidos por birôs de crédito (como Serasa e SPC) até o dia 31 de dezembro de 2022.
As pessoas com dívidas de até R$ 100 serão desnegativadas pelos bancos e poderão voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, caso não tenham outras dívidas negativas. A operação prevê beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.
O Desenrola Brasil vai permitir aos brasileiros com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640 hoje) ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com dívidas até R$ 5 mil renegociarem os débitos em aberto com taxas de juros de até 1,99% ao mês.
Publicidade