- Juntar as escovas de dentes com o companheiro ou companheira é um sonho de diversos casais, mas que pode se transformar em pesadelo se não houver planejamento
- Antes de dar esse passo é preciso se organizar para que essas questões sejam tratadas de forma harmônica e não gerem conflitos para o casal
- Definir o orçamento do casal, estabelecer regras, contribuir conforme a renda, separar as contas individuais e pensar no patrimônio familiar são algumas dicas que podem ajudar nesse processo
Juntar as escovas de dentes com o companheiro ou companheira é um sonho de diversos casais, mas que pode se transformar em pesadelo se não houver planejamento. Morar junto envolve assumir responsabilidades e tocar em assuntos comumente evitados, como finanças e renda pessoal.
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A situação fica ainda mais desafiadora para o casal que anteriormente morava com os pais, o que, muitas vezes, pressupõe menos encargos e responsabilidades. “Estamos falando de novos compromissos como aluguel ou financiamento de um imóvel, todos os gastos de moradia, alimentação, entre outros custos. É o momento em que as pessoas assumem grandes responsabilidades”, explica Florence Corrêa, planejadora financeira da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar).
- Veja também: Quanto custa morar sozinho no Brasil?
De qualquer maneira, antes de dar esse passo é preciso se organizar para que essas questões sejam tratadas de forma harmônica e não gerem conflitos para o casal. Para te ajudar nesse processo, o E-Investidor pediu dicas para alguns especialistas sobre o assunto. Confira:
1. Definir o orçamento do casal
O primeiro passo para morar junto com o seu parceiro envolve arregaçar as mangas e calcular quais serão os principais gastos, as despesas da casa, como aluguel, contas de água e luz, alimentação e os itens de bem-estar e lazer do casal. Assim, o casal consegue chegar a um valor de orçamento necessário para ambos.
2. Estabelecer regras
Nessa etapa a chave está na comunicação, já que em conjunto o casal irá discutir como serão administradas as despesas nessa nova fase do relacionamento. O casal vai juntar os salários, pagar todas as despesas, investir e depois dividir o que sobrar? Cada um vai contribuir com um valor independente da sua renda?
A planejadora financeira da Planejar e sócia do HCI Invest, Nayra Sombra, explica que não existe certo ou errado nesse momento, mas a responsabilidade de planejamento financeiro deve ser dividida entre o casal para que não haja sobrecarga de nenhuma das partes. “Deixar essas decisões nas costas de apenas um companheiro pode ser muito pesado e desgastar a relação”, explica.
3. Contribuir conforme a renda
Para Henrique Garcia, assessor de investimento com certificação CFP, a melhor opção consiste em dividir o orçamento do casal de forma proporcional à renda de cada um. “Assim, cada parte consegue contribuir de acordo com as suas capacidades e de forma que as suas particularidades sejam atendidas”.
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O especialista dá um exemplo de um casal em que um ganha R$ 3 mil e o outro R$ 5 mil por mês e cujo o orçamento familiar foi estipulado em R$4 mil. Neste caso, segundo ele, o ideal seria que aquele que ganha menos pague R$1.600 (40%) do total das despesas e aquele ganha mais, R$ 2.400 (60%).
4. Separar as contas individuais do casal
Garcia sugere também que seja criada uma conta do casal. Segundo ele, dessa forma, as finanças ficarão mais organizadas e haverá menos dúvidas sobre quais despesas pertencem a cada um individualmente e o que é do casal.
5. Pensar no patrimônio familiar
Por fim, a mesma lógica de poupar para o futuro deve ser usada nas finanças do casal. “Incluir 5% da renda, por exemplo, na economia do patrimônio do casal poderá ser útil em situações futuras que envolvem ambos, como a compra de um carro, um investimento em conjunto ou uma mudança”, explica.