Educação Financeira

Conta de luz alta? Descubra se a energia solar vale a pena

A instalação de painéis de energia solar vale a pena em diferentes contextos, seja em uma residência, um condomínio ou um ambiente empresarial

Conta de luz alta? Descubra se a energia solar vale a pena
Intalação de placas fotovoltáicas é estratégia usada para economizar na conta de energia Foto: Divulgação Holu
  • Por conta do aumento da inflação e a baixa reserva de água nas hidrelétricas, as alternativas para economizar com os gastos elétricos estão sendo procuradas cada vez mais, especialmente entre as fontes renováveis
  • Segundo as empresas consultadas, as placas possuem eficiência de 30 anos, o que gera uma diminuição de gastos para o longo prazo
  • O valor médio embolsado por sistemas residenciais é de R$ 13 mil, valor que pode ser financiado por meio de bancos tradicionais e fintechs

Com o aumento das tarifas na conta de energia, muitos brasileiros buscam novas possibilidades para tentar diminuir o impacto no orçamento.

Uma das estratégias é a instalação de placas de geração de energia solar. Apesar de atraentes, é necessário pesquisar e colocar no papel os custos e benefícios. Em geral, o retorno é bastante atrativo.

A alta das buscas por energia solar

O aumento da inflação e a baixa reserva de água nas hidrelétricas impulsionaram a procura por alternativas para economizar com os gastos com energia.

Entre as opções, o destaque fica com as fontes renováveis. Muitos se questionam se a energia solar vale a pena, mas há quem já está indo além e aderindo à opção, não se restringindo a pequenas economias domésticas.

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É o caso da família de Patrick Gigilas, 22, de Campinas. Com gasto total aproximado de R$ 37 mil, ele diz que a decisão de instalar as placas foi resultado da pesquisa feita e da influência do noticiário sobre mudanças climáticas e aumento dos custos das operadoras de energia.

Gigilas explica que a decisão pelo pagamento foi o financiamento em 42 meses. O pagamento da mensalidade seria semelhante ao valor já gasto normalmente, ou seja, não haveria mudança no orçamento familiar.

Não desembolsamos nada antecipadamente e conseguimos fazer tudo de forma eletrônica, sem contato presencial, o que facilitou todo o processo”, diz.

Segundo ele, mesmo com algumas estratégias para economia doméstica, como a troca de lâmpadas incandescentes por LED, a demanda de eletricidade na residência aumenta com a compra de novos aparelhos.

Mesmo assim, a instalação calculou “sobras” na capacidade de geração no final do mês, o que deixa a família mais confortável quanto ao uso da energia elétrica. Assim, mesmo que adquiram um equipamento com uso mais intenso, como ar condicionado, as placas ainda conseguem abranger a necessidade.

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“Daqui a quatro anos, quando quitarmos, teremos praticamente um salário mínimo extra para o orçamento doméstico, mesmo pagando o valor mínimo de imposto e iluminação pública da mensalidade”, destaca.

Segundo as empresas consultadas, as placas possuem eficiência de 30 anos, o que gera uma diminuição de gastos para o longo prazo.

Cada casa, dependendo da quantidade, tipo e horas de uso de equipamentos elétricos, tem o seu perfil particular de demanda energética, explica Kleber Pinho, CEO da Sou Energy. Por conta das particularidades, é preciso dimensionar o sistema para cada realidade.

O valor médio embolsado por sistemas residenciais é de R$ 13 mil, valor que pode ser financiado por meio de bancos tradicionais ou fintechs. Pinho explica que o pagamento acontece com taxas de juros competitivas e pode até ser pago sem juros no cartão de crédito.

Custos e simulação

De acordo com simulação de financiamento da Energytech Holu, para uma residência com custo médio mensal de energia de R$ 500, o indicado é a aplicação de 12 painéis solares, o que custaria 72 mensalidades de R$ 644.

Considerado que o preço mensal da conta estivesse mantido a R$ 500 durante 30 anos, a família pagaria R$ 180 mil no período. Com a instalação dos painéis solares, o custo final de R$ 46 mil seria pago em seis anos.

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Em uma segunda simulação, feita pelo Santander para um imóvel com consumo mensal de R$ 322, o valor do projeto é calculado em R$ 16,5 mil à vista. O financiamento, orçado em 48 parcelas mensais, seria de R$ 426,49, totalizando R$ 20,4 mil. Caso o custo fosse mantido a R$ 322, a família pagaria R$ 115,9 mil nos 30 anos.

Ou seja, em quatro anos pagando cerca de R$ 100 a mais que a conta usual, a pessoa pode quitar os custos e continuar utilizando a fonte solar por outros 26 anos. Segundo o banco, o custo anual passaria de R$ 3.857,00 para R$ 192,85, já que os gastos obrigatórios como impostos e iluminação pública não podem ser isentados.

Pelo cálculo do Banco BV, o preço médio da instalação de 8 painéis, que geram energia para residências com custo mensal de R$ 300, custaria R$ 22.159,78. O pagamento vai de 84 parcelas de R$ 539,24 a 12 parcelas de R$ 2.071,46, com taxas entre 0,75% a.m. e 0,98 a.m.

Para ambientes comerciais, segundo explica o líder da Sou Energy, uma empresa do ramo de alimentação com custo mensal com energia elétrica em torno de R$ 6 mil passou a pagar R$ 90 mensais após as placas solares.

O investimento foi de cerca de R$ 360 mil. Ou seja: em aproximadamente cinco anos a empresa gastaria o mesmo valor.

O que levar em consideração para aplicação

Rodrigo Freire, CEO da Energytech Holu, explica que qualquer lugar com exposição solar no telhado ou em solo pode receber as placas. Entretanto, para quem mora em condomínio, o espaço disponível pode não ser suficiente para atender todos os moradores.

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Mesmo assim, pode contribuir para a diminuição dos gastos em comum dos moradores como iluminação, rede de segurança e elevadores. Um ponto que já mostra que a energia solar vale a pena.

“A instalação depende basicamente de um lugar ao sol. Além disso, existem alguns requisitos técnicos a serem cumpridos que podem demandar uma troca de fiação ou interruptores que, ainda assim, é um cálculo menor se observado o integral”, explica Freire.

Ele também ressalta que é indicada a instalação de placas que produzam mais energia que o consumido.

Isso acontece porque o uso de aparelhos eletrônicos é crescente e, com a instalação, as pessoas costumam ficar mais despreocupadas com o controle de energia.

Com as inovações e a maior digitalização das formas de pagamento, os contratantes podem pagar à vista, financiar ou até mesmo pagar no cartão de crédito sem o acréscimo de juros.

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