No entanto, de acordo com José Carlos da Fonseca, responsável pelo programa do IR 2023, quem utiliza a declaração pré-preenchida não está livre de cair na malha fina da Receita Federal. Em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (27), ele enfatizou que os contribuintes devem sempre conferir as informações.
“Enviar a pré-preenchida não significa que aquele contribuinte está livre da malha, mas é um bom começo. Ao perceber que tem alguma informação errada, o ideal é que o cidadão comece a solicitar a correção dos dados”, disse.
O sistema ajuda a evitar erros de digitação que possam gerar informações incorretas sobre valores, por exemplo. Mas a ferramenta depende de números fornecidos por terceiros, como fontes pagadoras, imobiliárias ou serviços médicos, que podem divulgar dados errados.
A declaração pré-preenchida pode ser utilizada tanto pelo Programa Gerador de Declaração (PGD), via computador, quanto pela solução Meu Imposto de Renda, on-line ou em aplicativo para iOS ou Android. Para 2023, a opção conta com novidades, como a inclusão de informações relativas a criptoativos declarados pelas exchanges.
“A disponibilização da declaração pré-preenchida exige um esforço de tecnologia de cruzamento de informações internas enorme. É uma atividade que as áreas de tecnologia da Receita estão fazendo, algumas quase que manualmente, para que tenhamos o máximo possível de informação pronta para o cidadão”, apontou Juliano da Justa Neves, subsecretário de Gestão Corporativa, na coletiva realizada na segunda.
A Receita espera receber de 38,5 milhões a 39,5 milhões de declarações entre os dias 15 de março e 31 de maior, com uso estimado da declaração pré-preenchida por cerca de 25% dos contribuintes.