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Educação Financeira

Deixou para a véspera? Como economizar com os presentes de Natal

Comércio eletrônico e pagamentos à vista podem ser fortes aliados na economia na compra dos presentes

Deixou para a véspera? Como economizar com os presentes de Natal
Nesta época do ano, as pessoas costumam presentear amigos e familiares (Foto: Envato Elements)
  • Segundo especialistas em educação financeira, antes de ir às compras, as pessoas precisam estabelecer uma média de gastos que esteja adequado ao orçamento
  • Além disso, os consumidores precisam ficar atentos as despesas do início do ano, como IPTU e IPVA, que devem comprometer ainda mais o poder de compra
  • Para este Natal, a maioria dos brasileiros deve até R$ 500 na compra dos presentes, segundo pesquisa da Binds.co, plataforma de monitoramento de experiências de clientes do Brasil

O Natal se aproxima e muitas pessoas deixaram para ir às compras na véspera da data comemorativa. Os últimos dias não são os melhores para quem busca economizar por causa do intenso fluxo de consumidores nas lojas e a falta de produtos no estoque com preços mais baixos.

Mas há dicas fundamentais que podem ajudar a tornar essa “missão” ainda mais eficiente e não extrapolar o orçamento nesta reta final de 2022.

Não faltam motivos para economizar nas compras para as festas de fim de ano. Além da alta dos preços de 5,9% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros precisam preparar o orçamento para as despesas “clássicas” de início do ano, como IPVA e IPTU. Se tiver filhos, a organização deve ser ainda maior devido aos custos de material escolar e despesas com matrículas.

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Todos esses fatores exigem dos consumidores uma educação financeira para estabelecer uma média de gasto para a compra dos presentes. “As pessoas precisam estabelecer o que é prioridade no seu orçamento e apenas o que sobrar deve ser destinado para as compras de fim de ano”, afirma Márcio Landin, analista financeiro. assessor de investimentos da SWM.

Desta forma, com o orçamento mais apertado e tendo em vista as despesas em janeiro de 2023, o consumidor deve evitar parcelamentos. O ideal é buscar realizar o pagamento dos presentes à vista para não comprometer ainda mais o orçamento nos meses seguintes, além de conseguir mais descontos.

Já as compras parceladas só devem ser consideradas quando não há o risco de comprometer o orçamento do consumidor nos meses seguintes e principalmente quando não há juros embutidos no pagamento.

A outra recomendação é evitar outros gastos supérfluos durante esse período. “O consumidor ainda pode deixar de lado nesse mês gastos supérfluos que tenha, como saídas noturnas, restaurantes, bares etc., para poder presentear seus entes queridos”, afirma Fabiano Braun, CEA e sócio da Matriz Capital.

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Pesquisar os preços dos produtos em vários estabelecimentos antes de realizar qualquer compra pode ser uma alternativa interessante para quem busca gastar menos nesse período.

Isso porque essa “análise” prévia ajuda a encontrar as lojas que oferecem o melhor custo-benefício ao consumidores e os sites de e-commerce podem ser uma aliada importante nesse processo. Há até o “risco” de encontrar uma promoção pouco divulgada durante a pesquisa.

“As lojas virtuais normalmente possuem preços mais acessíveis do que as lojas físicas. Então, se você conseguir comprar por meio delas e que ofereçam um prazo de entrega antes da data”, diz Landin, da SWM.

E o décimo terceiro?

O pagamento da segunda parcela do décimo terceiro aconteceu nesta terça-feira (20), para os trabalhadores com carteira assinada. A renda extra traz uma folga para os consumidores nesta época do ano. No entanto, o uso desse dinheiro deve ser feito de forma racional ao ponto de não prejudicar o orçamento nos meses seguintes. Veja nesta reportagem as dicas de como utilizar o décimo terceiro salário com sabedoria.

“É preciso lembrar dos gastos de início de ano, como material escolar, IPTU, entre tantos outros. Dessa forma, o importante é não impactar de maneira negativa o novo ano que vem por aí”, diz Braun, da Matriz Capital.

Poder de compra do consumidor

Uma pesquisa realizada pela Binds.co, plataforma de monitoramento de experiências de clientes do Brasil, enviados com exclusividade ao E-Investidor, aponta que 30% dos entrevistados pretendem gastar entre R$ 201 a R$ 500 com presentes de Natal e outros 12% disseram que não pretendem gastar mais do que R$ 100 nessas compras de fim de ano.

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Em comparação aos outros anos, a intenção de gastos dos brasileiros para esta época do ano reduziu entre os públicos dispostos a desembolsar valores maiores. Ainda de acordo com os dados da Binds.co, as pessoas com a intenção de gastar acima de R$ 1 mil reduziram 5% em relação ao mesmo período do ano passado e aqueles que pretendiam desembolsar entre R$ 501 a R$ 1 mil reduziram 3%.

“Esse comparativo valida a afirmação de que os consumidores estão mais cautelosos e considerando ter um final de ano mais comedido, além do que aconteceu na última Black Friday, com o volume de transações e valor movimentado em 2021 e 2022 praticamente estagnado”, afirma Lucio Tezotto, COO da binds.co e head das pesquisas setoriais da startup.

A realização da Copa do Mundo nos meses de novembro e dezembro também ajudou a reduzir o orçamento dos brasileiros. “Para assistir aos jogos, o brasileiro comprou camiseta, foi a bares, fez churrasco, então o consumo aumentou durante esse período”, acrescenta.

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