- No final do ano passado, o Banco Central publicou a Resolução Conjunta nº 8, junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que passou a exigir que as instituições reguladas pelo órgão ofereçam ações de educação financeira a seus clientes
- A regulamentação passa a valer a partir de 1° de julho deste ano e promete prevenir a inadimplência e o superendividamento
- Diante desse cenário, o E-Investidor conversou com diferentes instituições brasileiras para entender o que elas têm feito em prol da educação financeira de seus clientes
Juros altos, falta de transparência, cobrança de taxas ocultas – esses termos costumam estar no imaginário popular quando se tratam de bancos. As instituições financeiras são, muitas vezes, encaradas como “vilãs” do endividamento pelos consumidores. Mas uma nova regra do Banco Central (BC) pode contribuir para mudar esse cenário.
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Em dezembro de 2023, o BC publicou a Resolução Conjunta nº 8, junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que passou a exigir que as instituições reguladas pelo órgão ofereçam ações de educação financeira a seus clientes. A regulamentação, que passa a valer a partir de hoje (1° de julho), prevê que sejam disponibilizadas medidas para a organização e o planejamento do orçamento pessoal e familiar dos consumidores.
Outro foco é o desenvolvimento de ferramentas que proporcionem aos clientes a formação de poupança e resiliência financeira (capacidade de se recuperar de dificuldades financeiras momentâneas), prevenindo não só a inadimplência, como também o superendividamento – situação mais crítica que ocorre quando a pessoa passa a ter dificuldades de suprir suas necessidades básicas, como alimentação e moradia, por falta de dinheiro.
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Para Pedro Leite, especialista em investimentos do Grupo Fractal, as novas regras do BC podem contribuir para melhorar a imagem dos bancos com a população em geral. “A transparência e a preocupação com a formação financeira dos consumidores devem ajudar a reduzir a percepção negativa associada aos juros altos e outras práticas bancárias. Quando os clientes se sentem mais informados e empoderados para tomar decisões financeiras, a confiança na instituição tende a aumentar”, destaca.
Já Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), pondera que, mesmo com os avanços na garantia de medidas de educação financeira, essas ações não devem se transformar no core business (negócio principal) das instituições. “O banco tem o papel de cuidar do dinheiro, mas não de cuidar do comportamento do cliente. Precisamos ter o banco como aliado, mas ele não vai virar uma escola”, afirma.
Na opinião de Domingos, no entanto, essas instituições não podem ser consideradas “vilãs”, já que são uma peça-chave para fazer a economia rodar. “O sistema financeiro é necessário. Crédito é uma dádiva, não é algo ruim. O que nós precisamos é entender que, assim como a água em excesso faz mal, o crédito em excesso e mal administrado também prejudica as pessoas”, diz ele.
A agenda de educação financeira do BC
A Resolução Conjunta nº 8 surgiu como uma resposta à Lei nº 14.690, de 2023, que estabeleceu o programa Desenrola Brasil, criado para fomentar a renegociação de dívidas pelos brasileiros. “O Legislativo foi quem determinou que o BC iria em conjunto com o CMN regular a ação de educação financeira por parte das instituições”, explica Luis Gustavo Mansur Siqueira, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC.
A agenda do órgão em prol da educação financeira, porém, não começou agora. Em 2019, o BC publicou o comunicado n° 34.201, que já ressaltava a importância de as instituições assumirem a responsabilidade pela promoção efetiva de ações de educação financeira. Mansur afirma que, desde essa época, a autoridade vem monitorando as medidas disponibilizadas pelos principais players do mercado.
“A gente realizou um mapeamento em 2022 e constatou que 96% das instituições já tinham alguma atuação em educação financeira, seja uma plataforma ou um curso online. A novidade da Resolução Conjunta nº 8 não é o fato das instituições terem ou não ações de educação financeira, mas sim a indicação de que essas ações não podem mais ser genéricas”, pontua Mansur.
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A ideia é que as medidas sejam personalizadas e integradas em toda a jornada do cliente ao contratar um serviço ou produto financeiro. Dessa forma, ferramentas tradicionais de educação, como páginas de conteúdos ou cursos online, podem não ser suficientes para atender à Resolução, que exige medidas mais adaptadas aos diferentes perfis de usuários.
Mansur dá um exemplo de como a ação poderia ser colocada em prática: “Vamos supor que o cliente chegue na instituição e busque crédito. Nessa hora, a gente quer que o consumidor seja orientado sobre o impacto daquela operação na sua renda. Depois, a instituição deve estudar junto com o cliente e dar a ferramenta para que ele possa avaliar se determinado financiamento é o correto para a sua necessidade”.
A Resolução também determina que os bancos estabeleçam uma política propriamente dita voltada à educação financeira, de forma a evitar que as medidas sejam fornecidas de forma isolada. A iniciativa exige ainda a indicação de um diretor responsável por essa política em cada instituição, além de mecanismos de acompanhamento das atividades desenvolvidas.
Na visão de Pedro Leite, do Grupo Fractal, a obrigatoriedade de oferecer esse tipo de serviço pode democratizar o acesso a informações essenciais para o controle das finanças pessoais. “Contudo, a eficácia da regra dependerá de como as instituições financeiras irão implementar essas medidas. Elas deverão abordar mais do que simples dicas, mas sim levar em conta o comportamento financeiro de cada indivíduo”.
Domingos, da ABEFIN, vê a Resolução de forma positiva, mas pondera que o texto da regulamentação não é tão claro ao definir o que é educação financeira. “O BC tomou uma decisão certa, mas ainda não está com a direção totalmente calibrada. Precisa ampliar o alcance das medidas para combater efetivamente as causas do endividamento descontrolado e envolver toda a família dos consumidores nessas ações”, observa.
Cooperativas de crédito X bancos tradicionais
Quando o assunto é educação financeira, as cooperativas de crédito tendem a sair na frente dos grandes bancos. Isso porque essas instituições são formadas pela associação de pessoas que prestam serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Dessa forma, os cooperados são, ao mesmo tempo, donos e usuários da cooperativa.
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Luiz Edson Feltrim, superintendente de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob, afirma que a educação financeira está entre os princípios que guiam essas instituições. “Está dentro do nosso DNA, porque somos sociedades de pessoas. Nós carregamos essa vocação, porque a gente olha o território e tem uma alta capilaridade. Todo o sistema financeiro tem se movimentado segundo a diretriz do regulador, mas nós temos algumas vantagens. Enquanto você vê os bancos reduzindo as suas agências físicas, as cooperativas estão ampliando as redes”, diz.
O BC também nota a educação financeira como um pilar forte do cooperativismo, mas entende que mesmo essas instituições precisavam estruturar melhorar suas ações de educação financeira antes da publicação da Resolução Conjunta nº 8. “Muitas vezes, as cooperativas de crédito tinham um grande número de medidas, mas essas ações não estavam necessariamente integradas na jornada de relacionamento do cliente”.
Domingos, da ABEFIN, acredita que a nova regra do BC pode ajudar os bancos a se aproximarem das práticas das cooperativas. O profissional enfatiza, no entanto, que essas instituições ainda não são os melhores exemplos de educação financeira. “O tema está intrínseco dentro dos estatutos das cooperativas, mas não necessariamente está sendo desenvolvido da melhor forma. Nós temos muita inadimplência também no cooperativismo”.
Buscando entender se as mudanças na regulamentação trouxeram efeitos práticos para o sistema financeiro, o E-Investidor conversou com diferentes instituições brasileiras, incluindo bancos tradicionais, fintechs e cooperativas de crédito. O objetivo foi verificar o que cada uma tem feito em prol da educação financeira de seus clientes. Veja a seguir:
Banco do Brasil
O Banco do Brasil informou que disponibilizou neste mês, na sua página de Relações com Investidores (RI), a “Política Específica de Educação Financeira” da instituição para clientes pessoa física e empresários individuais. A medida atende à Resolução Conjunta nº 8 e deve ser revisada, no mínimo, a cada três anos.
O banco destacou que já atua no tema há mais de cinco anos, disponibilizando aos clientes ferramentas de apoio à gestão financeira. Além disso, desenvolve modelos analíticos de gerenciador financeiro pessoal, que promovem orientações mais assertivas de acordo com o momento de vida do cliente – medida que segue o princípio de personalização exigido pelo BC em sua nova Resolução.
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Na frente de investimentos, o Banco do Brasil destaca o portal InvestTalk, que traz conteúdos para descomplicar o universo das aplicações. Na seção “Onde Investir”, são publicadas mensalmente as carteiras temáticas de renda variável. Já na aba “Quero Aprender”, estão disponíveis conteúdos que procuram ensinar, de forma lúdica, como se tornar um investidor.
Existe também o Blog BB, com publicações periódicas de matérias relacionadas à educação financeira. Para o público jovem, a instituição lançou ainda o movimento de educação financeira “Rolê que Rende” – uma espécie de jogo digital que estimula os mais novos a tomarem decisões financeiras a cada rodada.
Bradesco
O Bradesco é outro banco que afirma ter começado a trabalhar com ações de educação financeira antes da nova Resolução do BC. A instituição procura disponibilizar ferramentas que vão além dos tradicionais cursos e palestras, buscando desenvolver jornadas, produtos e serviços voltados à gestão financeira de seus clientes.
Pensando no futuro, o banco planeja aprimorar suas ações digitais com novas tecnologias e Inteligência Artificial (IA). “A Resolução chega para fortalecer e dar velocidade às ações que já eram realizadas na organização, ganhando maior amplitude e alcance para nossos clientes”, afirma Affonso Correia Taciro Junior, diretor do Departamento de Compliance, Conduta e Ética do Bradesco.
Além dos conteúdos de educação financeira disponibilizados em sua página institucional, o banco fornece ferramentas para facilitar o planejamento financeiro dos clientes. Uma das opções é o “Meus Bancos”, gerenciador presente no aplicativo do Bradesco, que permite acompanhar as movimentações de todas as contas do usuário no banco e em outras instituições participantes do Open Finance.
Existe ainda o app Invest+, que consolida a visão de todas as carteiras do investidor, facilitando a gestão financeira do dia a dia. Outra iniciativa envolve a Universidade corporativa do Bradesco, a Unibrad, que lidera programas de educação financeira para populações ribeirinhas na região amazônica, refugiados, jovens e populações de baixa renda.
C6 Bank
Desde o seu lançamento, em 2019, o C6 Bank desenvolve iniciativas para clientes e o público em geral, com o intuito de ajudar as pessoas a despertarem uma consciência financeira. O banco disponibiliza conteúdos gratuitos, workshops e cursos sobre temas da área.
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Recentemente, a instituição afirma também ter lançado iniciativas que vão ao encontro da nova regulamentação do BC. O chat de atendimento do app, por exemplo, foi atualizado. Agora, caso pessoas físicas ou Microempreendedores Individuais (MEIs) procurem por termos como “educação financeira” e “finanças pessoais”, eles são direcionados para conteúdos voltados para esses temas.
O mesmo ocorre quando há procura por produtos de crédito como cheque especial e financiamentos. Nesses casos, além da orientação sobre o melhor uso do produto, o C6 também direciona os usuários para conteúdos que auxiliam na tomada de decisões financeiras de forma mais consciente.
Outra medida recente do banco foi a criação de playlists específicas no YouTube (“Saindo do vermelho”, “Começando a investir” e “Organizando as contas”), para tornar mais fácil a busca pelos vídeos de educação financeira por clientes e o público em geral.
Creditas
A Creditas atua com educação financeira desde 2018. Antes da Resolução Conjunta nº 8, no entanto, o foco era em uma base específica de clientes que estava em processo de contratação dos produtos da instituição. Agora, com a nova determinação do BC, as iniciativas foram expandidas para fora dessa base, com conteúdos abertos no aplicativo da fintech e webinars.
Somente em 2024, já foram realizadas cinco campanhas sazonais e três seminários on-line dentro do tema, voltadas para todos os usuários da Creditas. Desde março, também foram introduzidas trilhas educativas sobre finanças, que estão disponíveis no app, alinhadas aos assuntos das campanhas. Além disso, há diferentes módulos na plataforma, com conteúdos sobre princípios de economia, investimentos e finanças comportamentais.
“Queremos ajudar as pessoas não só com o pagamento de dívidas, mas a utilizar o dinheiro para investir em seus sonhos, seja para uma viagem, estudos ou empreender. Tudo isso passa por uma boa orientação sobre organização do orçamento”, explica Ana Virgínia, head de negócios da Creditas Benefícios.
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As orientações durante a contratação de crédito com a instituição seguem sendo praticadas. Na fase pré-contratual, a fintech busca entender o objetivo do cliente com o empréstimo a ser contratado. Já na próxima etapa, o objetivo é detalhar as taxas de juros praticadas e oferecer um glossário de siglas para que o cliente não tenha nenhuma dúvida durante a contratação do produto. Após o procedimento ser concluído, os consumidores podem contar ainda com o atendimento dos consultores, via chat e telefone, para tirar dúvidas.
Itaú
O Itaú afirmou que a educação financeira faz parte da estratégia de sustentabilidade do banco e precede o novo normativo do BC. Na visão da instituição, um cliente bem informado faz melhores escolhas financeiras, fortalecendo seu bem-estar no presente e no futuro, o que aumenta seu engajamento com a organização e gera resultados no longo prazo.
A agenda de trabalho do Itaú nessa frente busca desenvolver novas iniciativas de educação financeira integradas à jornada do cliente, com foco na prevenção do superendividamento. “Nesse sentido, o novo normativo contribuirá para o aprimoramento e o fortalecimento dos esforços que o Itaú já vem realizando, reforçando o papel das diferentes áreas do banco nessa jornada”, destaca o Itaú em nota.
A instituição reforçou que suas ações de educação financeira são estabelecidas e avaliadas desde a pesquisa até a pós-contratação de cada produto, de modo a ajudar os clientes a realizar escolhas conscientes. Para isso, o banco desenvolve iniciativas de comunicação em diferentes momentos da jornada do usuário. A cada etapa, o Itaú procura estimular a reflexão sobre a contratação do produto financeiro, apresentando informações sobre o melhor uso de cada modalidade de crédito.
Nubank
O Nubank disse que atua de forma permanente com educação financeira desde a sua criação, há 11 anos. “Vale ressaltar que, paralelamente a todas as iniciativas que já temos nessa frente, atenderemos à nova resolução do BC, assim como cumprimos com todas as obrigações regulatórias vigentes”, ressaltou a fintech em nota.
A instituição apresenta um blog dedicado a falar não só dos produtos e serviços oferecidos pelo próprio Nubank, como também de conteúdos não relacionados à marca. Há matérias sobre dúvidas básicas do público, que envolvem assuntos como juros do cartão de crédito até opções de investimentos.
A empresa também lança campanhas sobre educação financeira nas redes sociais, além de ter disponibilizado a ação “Parece, mas não é o Nubank”, com foco em prevenção à fraude. Há ainda a NuCommunity, comunidade digital para clientes do banco trocarem informações e dicas.
Além disso, a fintech usa critérios de educação financeira no desenvolvimento dos seus produtos e serviços, seja incluindo conteúdos sobre o tema ou acrescentando funcionalidades específicas, como notificações de interesse do cliente. Exemplos nesse contexto são as “Caixinhas”, ferramentas para guardar dinheiro de acordo com diferentes objetivos, e o “Assistente de Pagamentos”, que auxilia a pagar contas sem atrasos.
Santander
Para o Santader, a grande mudança da nova Resolução é a obrigatoriedade de estabelecer uma política propriamente dita de educação financeira. O banco já desenvolvia ações específicas para seus clientes e conteúdos para o público em geral. A diferença é que agora essas iniciativas estão amparadas por um regulamento e contam com a supervisão de um diretor.
A instituição já apresenta um processo de segmentação de persona. Dessa forma, consegue entender qual é o perfil de cada usuário e verificar que tipo de informação é relevante para determinado cliente, já que as orientações são diferentes se uma pessoa é superendividada ou se tem as finanças sob controle, por exemplo.
Outra ferramenta é a plataforma Santander On, disponível no app do banco, que realiza uma verificação completa da saúde financeira do cliente, identificando a situação do seu CPF. A instituição também já testou enviar mensagens personalizadas na plataforma. “No nosso projeto piloto, dependendo da operação que o cliente contratava, a gente inseria uma mensagem de educação financeira, perguntando se ele tinha certeza de que queria fazer aquilo”, afirma Gabriela Bertol, head de sustentabilidade do Santander.
Além das ações digitais, o banco também oferece programas presenciais de educação financeira. Um exemplo é o “Educar para Prosperar”, voltado para usuários do Prospera, plataforma da instituição que atende microempreendedores. “Se a gente consegue ter uma uma uma população mais financeiramente saudável, todo o sistema financeiro se beneficia”, ressalta Bertol.
Sicoob
Desde a publicação do comunicado n° 34.201 do BC, em 2019, o Sicoob começou a se preparar para a agenda de educação financeira. A instituição afirma ter realizado pesquisas qualitativas e mapeado as ações que precisavam ser realizadas para auxiliar os cooperados. Houve ainda um compromisso de certificar os funcionários para terem condições de serem consultores na hora de oferecer serviços financeiros.
“Quando veio a nova Resolução do BC, nós praticamente já estávamos adequados a todo esse procedimento. Foram necessários apenas ajustes pontuais. Por exemplo, nós não tínhamos o diretor responsável por essa agenda. Com isso, precisamos fazer essa adequação”, ressalta Luiz Edson Feltrim, superintendente de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob.
A cooperativa oferece ainda o site Se liga Finanças, que oferece conteúdo gratuito e acessível sobre o tema para jovens de 15 a 29 anos e MEIs. Feltrim anuncia ainda uma outra novidade nessa frente: a partir de julho, quando o usuário fizer a associação com a cooperativa de forma digital, o Sicoob também já vai inserir uma orientação de educação financeira diretamente na plataforma.
Sicredi
Desde 2016, o Sicredi realiza ações de educação financeira com associados e não associados. “Nesse contexto, a Resolução Conjunta nº 8 do BC incentiva ainda mais as práticas da instituição e traz um olhar para a qualificação do monitoramento e da mensuração das medidas realizadas”, destaca Cristiane Amaral, gerente de Inclusão e Educação Financeira da cooperativa.
Dentre as suas iniciativas, a instituição destaca o programa de educação financeira “Cooperação na Ponta do Lápis”, que possui conteúdos para diversos públicos: pessoa física, pessoa jurídica, adolescentes, público agro e crianças. As principais ações são oficinas e palestras, na maioria das vezes presenciais, com conteúdo simples e exercícios práticos, que levam boas práticas para uma vida financeira sustentável.
Em 2024, o Sicredi lançou um site de educação financeira que concentra diversos conteúdos sobre o tema, com cursos, materiais em vídeo e e-books. Para os associados da cooperativa, também está disponível um diagnóstico sobre sua saúde financeira por meio do Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), criado pela Febraban.
Para o futuro, a instituição iniciou um projeto que visa conectar a educação financeira com a jornada de produtos e serviços dos associados. “O objetivo é integrar esse tema em diversos canais, fazendo parte do dia a dia de atendimento das necessidades financeiras dos associados. Isso representa a evolução das ações que hoje são realizadas e a expectativa é aumentar o impacto da nossa atuação nessa frente”, afirma Amaral.