- Pix já tem mais de 3,5 milhões de pessoas habilitadas para utilizar o serviço. Porém, modalidade também atrai atenção de golpistas
- Dados da Kaspersky apontam para mais de 30 sites com domínios falsos com o termo 'Pix' só no primeiro dia de cadastramento do serviço
- Especialistas recomendam às pessoas que não cedam informações bancárias em hipótese nenhuma e não realizem transações a chaves e QR Codes que não sejam de canais oficiais
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Começou na segunda-feira (5) o cadastramento para o novo serviço de transações e transferências do Banco Central, o Pix. Segundo o BC, em três dias, 16,6 milhões de chaves já foram habilitadas para a novidade – concorrente direta do TED (Transferência Eletrônica Disponível) e do DOC (Documento de Ordem de Crédito). O serviço entra no ar a partir do dia 16 de novembro.
As vantagens do Pix justificam a alta procura. Ele é gratuito para pessoas físicas, funcionará 24 horas por dia e sete dias por semana e os valores transferidos cairão na conta do destinatário em questão de segundos. Além de digitar o número da chave, também será possível realizar pagamentos via QR Code.
Porém, quem utilizar o Pix deve ficar atento para não cair em golpes. Isso porque os crimes cibernéticos envolvendo transações financeiras são cada vez mais comuns no País e a falta de conhecimento com relação a um novo serviço pode virar uma armadilha para muitos.
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Como prova disso, a Kaspersky, empresa de soluções em cibersegurança, detectou mais de 30 domínios falsos com o termo “Pix” só no primeiro dia para o cadastramento da chave. “Há golpes com boletos, vimos muitos com o auxílio emergencial e com o Pix não será diferente”, diz José Antonio Milagre, advogado e perito em crimes cibernéticos.
Como se proteger usando o Pix?
Segundo especialistas, o ponto de partida para não cair em golpes envolvendo o Pix é estar ciente de que as chaves só podem ser cadastradas via site ou aplicativo oficial dos 667 bancos, fintechs ou cooperativas cadastradas para oferecer o serviço. Dessa forma, a pessoa deve ignorar informações que receber por e-mail, SMS ou pelo WhatsApps pedindo dados bancários para criar uma chave.
“Nenhuma instituição financeira tem o direito de solicitar essas informações e nem é possível realizar alguma funcionalidade do Pix fora do site/aplicativo delas”, afirma Ivo Mósca, coordenador da subcomissão de pagamentos instantâneos e porta voz do grupo de segurança da Febraban.
Portanto, em hipótese nenhuma os dados devem ser cedidos para solicitações de canais suspeitos para criação de chave. “Não confie mesmo se a identidade visual for igual”, comenta Milagre.
Além disso, é necessário ficar atento na hora de realizar pagamentos e transferências pelo serviço. Afinal, para realizar a transação, o destinatário deverá mandar o código da chave ou o QR Code do estabelecimento
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A recomendação para se proteger na hora da operação é a mesma: não confie em contatos feitos por canais suspeitos e pague apenas via chave ou QR Code enviados diretamente de endereços oficiais da instituição onde o produto foi adquirido.
Outras sugestões de especialistas são: sempre alterar suas senhas para evitar ser hackeado, manter o aplicativo e o smartphone atualizado e não realizar transações via internet pública. “É importante se proteger de todas as formas no mundo digital”, diz o advogado e perito em crimes cibernéticos.