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- A maior parte dos brasileiros compartilha do sonho de se tornar um milionário, por isso a popularidade de sorteios como o da Mega Sena nesta época do ano
- Contudo, para quem não for contemplado com o bilhete premiado, ainda há como trilhar o caminho em direção aos sete dígitos
- O primeiro passo é fazer um “raio X” da sua situação financeira, analisar rendimentos e gastos, para que consiga mensalmente reservar uma parcela do pagamento para investir
A maior parte dos brasileiros compartilha do sonho de se tornar um milionário, por isso a popularidade de sorteios como o da Mega-Sena da Virada nesta época do ano. Contudo, para quem não for contemplado com o bilhete premiado – caso da imensa maioria dos apostadores –, ainda há como trilhar o caminho em direção aos sete dígitos na conta bancária.
Com disciplina, planejamento e paciência, a meta do primeiro R$ 1 milhão pode ser alcançada após alguns anos de poupança. O primeiro passo consiste em fazer um raio X da situação financeira, ou seja, analisar rendimentos e gastos para que o investidor consiga mensalmente direcionar uma parcela do pagamento a investimentos.
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“Algumas regrinhas de bolso indicam que de todo o salário que o trabalhador recebe, 60% deveriam ser destinados para gastos essenciais, como aluguel, luz e água, 30% para investimentos, e outros 10% para lazer”, afirma Lucas Rufino, CEO e fundador da Simpla Invest.
Rufino ressalta que, para acumular qualquer capital, é necessário constância nos aportes. “Não adianta investir em um mês e no outro parar. Além disso, é preciso ter em mente que o que vai te enriquecer também será o seu trabalho. Ou seja, dê foco em se aprimorar como profissional para ir subindo o salário. Consequentemente, com um salário maior, a parcela de 30% poupada também vai subir em valor bruto”, diz o executivo.
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O segundo ponto a ter em mente é: quanto maior o prazo de investimento, menor o valor dos aportes mensais para chegar ao primeiro R$ 1 milhão. Por isso especialistas recomendam começar a investir cedo. Da mesma forma, quanto maior for o rendimento da aplicação financeira escolhida, menor será o tempo para conquistar a cifra – mas também maior será o risco de ter que arcar com algum prejuízo no caminho.
Por último, é preciso considerar os efeitos da inflação sobre a poupança. “O que R$ 1 milhão compra hoje não vai ser a mesma coisa que R$ 1 milhão comprará daqui a 10 ou 20 anos”, afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos e cofundador da Escola de Investimentos. “É importante entender isso.”
Aportes mensais
O planejador financeiro CFP pela Planejar, Carlos Castro, calculou os aportes mensais necessários para chegar ao primeiro R$ 1 milhão no prazo de 10 e 20 anos. O especialista considerou os “juros reais” de uma carteira conservadora, moderada ou arrojada – isto é, quanto o investidor ganharia acima da inflação.
“Se não levarmos em consideração a inflação, em 10 ou 20 anos, o R$ 1 milhão perderia o poder de compra de hoje. Utilizando nas projeções os juros reais (rentabilidade nominal menos inflação), o poder de compra desse dinheiro fica preservado”, afirma Castro. “As projeções de juro real estão levando em conta os dados do Boletim Focus, com ponderações em relação aos ciclos econômicos.”
Segundo os cálculos de Castro, um portfólio conservador de renda fixa com ativos pós-fixados, prefixados, títulos atrelados à inflação e uma pequena parcela de fundos multimercados faria com que o investidor chegasse a R$ 1 milhão em dez anos, desde que houvessem aportes mensais de R$ 6,3 mil. Em um horizonte mais longo, de 20 anos, esses aportes caem para R$ 2,3 mil.
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Na carteira moderada, o investidor deveria desembolsar mensalmente R$ 5,8 mil para ter R$ 1 milhão em 10 anos, ou R$ 1,9 mil para ter a quantia em 20 anos. Já a carteira agressiva, com rendimento real de 12,31% ao ano, seriam necessários aportes mensais de R$ 4,4 mil, para R$ 1 milhão em 10 anos, ou R$ 1 mil, para R$ 1 milhão em 20 anos.
“Para um planejamento de investimentos, é importante que o investidor saiba seu perfil de risco. Se é conservador (não aceita risco), moderado (tolera um certo nível de risco nos investimentos) ou agressivo (aceita um risco maior na renda variável)”, afirma Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar.