A caderneta de poupança é a aplicação favorita dos brasileiros. A constatação é do estudo Raio X do Investidor 2023, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). De 2021 para 2022, o porcentual de investidores que optaram pela caderneta cresceu de 23% para 26% dos consultados.
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Mas quanto rende a poupança? Vale a pena aplicar nela? Existem alternativas mais rentáveis? É possível responder e demonstrar cada um dos pontos levantados.
Antes de mais nada, a poupança é um tipo de investimento de renda fixa e seu rendimento está previsto em lei. A fórmula prevê que quando a taxa básica de juros do País, a Selic, for menor ou igual a 8,5% ao ano (aa), o retorno da poupança será 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
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Se a taxa de juros estiver acima de 8,5%, como é o caso atualmente, a fórmula é outra. A poupança passa a render 0,5% ao mês (am), ou 6,17% aa, somado à TR.
A Selic se encontra hoje no patamar de 13,25% aa. Além disso, o retorno da poupança registrado nos últimos 12 meses foi de 8,38%.
Com os números mencionados, se um investidor aplicar R$ 1 milhão na caderneta de poupança, pelo período de seis meses, seu retorno será cerca de R$ 40 mil. Se dobrar o tempo da aplicação, receberá cerca de R$ 80 mil ao fim de 12 meses.
Mas para chegar ao rendimento real da poupança, é preciso descontar a desvalorização da moeda no período, causada pela inflação.
E o CDB?
Vale lembrar que a rentabilidade da caderneta de poupança fica aquém quando comparada à de outros investimentos de renda fixa com baixos riscos ao investidor. Se em vez da poupança o valor fosse aplicado a um Certificado de Depósito Bancário (CDB) por seis meses, o retorno seria cerca de R$ 65 mil. Ao dobrar o período em que o valor ficaria investido, o rendimento seria superior a R$ 140 mil, ao fim de 12 meses.
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