

Os investidores da Bolsa de Valores devem ficar atentos a cobranças, como a taxa de corretagem, que podem diminuir a lucratividade das operações. Para atrair mais clientes, muitos bancos e corretoras oferecem uma redução e até a isenção da cobrança.
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Os investidores da Bolsa de Valores devem ficar atentos a cobranças, como a taxa de corretagem, que podem diminuir a lucratividade das operações. Para atrair mais clientes, muitos bancos e corretoras oferecem uma redução e até a isenção da cobrança.
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Antes de realizar uma operação de compra e venda de ações, é fundamental conhecer todas as taxas e impostos embutidos no mercado de capitais. “É muito importante considerar os custos de uma transação, já que devem ser abatidos no resultado bruto para se entender a viabilidade de tal operação”, considera Sidney Lima, analista da Top Gain.
Os encargos podem tornar desfavorável a relação risco x retorno. “No primeiro momento, pode ser compensatório, mas depois de pagar as custas, podem acabar em prejuízo”, alerta Matheus Eid Lubrani, analista na Vallus Capital. Nas operações com volume mais baixo, os custos que não variam de acordo com o valor podem ser proporcionalmente mais caros.
A taxa de corretagem é um valor pago a uma instituição responsável pela intermediação referente à compra e venda de ativos financeiros, como ações na bolsa de valores ou investimentos em Tesouro Direto em operações acima de R$ 10 mil. Ou seja, é uma comissão que os intermediários cobram sobre as transações, independente se há lucro ou prejuízo na operação.
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A cobrança é uma espécie de remuneração pela prestação de serviços de análises técnicas e execução das ordens no pregão. O encargo é importante para financiar a manutenção da estrutura operacional e administrativa das instituições e toda a tecnologia necessária para realizar as transações.
A cobrança da taxa de corretagem varia de acordo com o perfil da corretora e de seu público-alvo. A cobrança pode ser classificada em três tipos:
Os bancos e as corretoras também podem estabelecer regras para estimular os investidores a realizarem mais compra e venda de ativos. “Muitas instituições também cobram taxas decrescentes, de acordo com o número de transações realizadas pelo cliente ao longo do mês”, ressalta Lima.
Além da taxa de corretagem, os seguintes custos também são cobrados nas operações junto à Bolsa de Valores:
É comum as corretoras não cobrarem taxa de corretagem para as negociações, uma vez que existem inúmeras formas de se gerar receita. “Elas acabam ganhando dinheiro através do Retail Liquidity Provider (RLP), em que a própria corretora faz a ligação entre dois clientes”, explica o analista da Top Gain.
Nesse caso, o foco acaba sendo o alto volume de transações, o que pode ser interessante para a instituição financeira, já que tais movimentos são feitos por algoritmos em milésimos de segundos. O banco ou a corretora também podem oferecer produtos como estruturas de especulação e acabam recebendo uma comissão.
Nem sempre a dispensa da cobrança representa uma vantagem para o investidor. Alguns intermediários isentam a taxa de corretagem, porém acabam supervalorizando os demais encargos. “Devemos ficar atentos para verificarmos se houve a redução do custo da transação da operação ou se foi uma estratégia de marketing”, alerta Lubrani.
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